Ano: 2015

Relato: 80 Km entre Ibertioga e Janela do Céu – a Ultra do Céu – Adventuremag

Hoje depois de comer uma pizza inteira e já totalmente recuperado, sento para escrever o que foi uma das coisas mais intensas que já vivi na minha vida!

A Ultra do Céu me causava um pouco de apreensão quando decidi repeti-la. Estava treinando por minha conta e sabia que precisaria de um preparo profissional para percorrer os 80 km que separam a cidade de Ibertioga à Janela do Céu, localizada dentro do Parque Estadual de Ibitipoca, no município de Conceição de Ibitipoca, em Minas Gerais. E este foi o primeiro ponto que fez toda diferença.

Em contato com meu amigo e técnico Geraldo Abreu, ele topou de cara e ainda por cima disse que sua assessoria esportiva, Funcional Trainer, iria me patrocinar com a suplementação TOP para endurance. Confesso que se não tivesse este suporte, tanto de treinamento quanto de suplementação, este desafio teria ficado só no papel.

Com o treinamento em dia (3 maratonas na última semana antes da Ultra) me senti realmente preparado e não via a hora de calçar meu tênis e partir para este desafio.

Consegui mudar meu horário biológico indo dormir às 19h e acordando 3h da madruga todos os dias; então, no dia eu dormi bem e levantei à 1h da madruga para me aprontar e às 2h já estava a caminho de Ibertioga, ponto de partida.

Chegamos por volta das 3h e após a conferência de pressão e saturação, parti muito tranquilo e relaxado. A cidade estava quase totalmente deserta, não fosse uns e outros bebendo na praça. Meu treinador e sua esposa Fran estavam no carro de apoio e me seguiram durante os primeiros quilômetros.

Não dava para ver nada se não fosse a headlamp e lanterna de mão, mas não era preciso paisagem para me incentivar ou distrair, bastava olhar para cima. Órion se pondo no horizonte e do outro lado, Escorpião nascendo. Estas citadas são constelações que vemos quando o céu está muito escuro, mas é difícil vê-las ao mesmo tempo e isso foi motivador demais.

Apagava as lanternas para apreciar por um instante tudo aquilo. Via muitas estrelas, nebulosas, aglomerados de estrelas, as nuvens de Magalhães muito nítidas, Sírius imponente com seu brilho que rouba a atenção de nosso olhar a todo instante… assim segui o percurso de terra batida até que cheguei no asfalto e sabia que estava perto de Sta Rita de Ibitipoca. Mais alguns quilômetros e lá estava eu na praça da cidade. Me lembrei muito da última vez que havia ido até lá correndo, na ocasião fiquei muito tempo deitado na grama da praça com a perna apoiada na árvore e agora eu iria tirar umas fotos, fazer um vídeo e seguir para o vilarejo dos Moreiras.

Já era notável o céu mais claro, mas o sol ainda não se fazia presente. Me sentia muito forte e bem focado, sabia que até os Moreiras eram mais 10km com muita subida e já tinha acumulado 25km até lá… aproveitei para dar uma hidratada extra e segui meu curso no mesmo ritmo, com passadas cadenciadas e firmes. O tempo ficou geladinho no ponto certo, ficava muito feliz quando a brisa refrescava meu rosto e imaginava o sol, que não demoraria a nascer, forte que me acompanharia dentro do Parque.

Chegando no Vilarejo dos Moreiras o dia já estava claro. Tirei a headlamp e coloquei os óculos escuros e sem parada, fui adiante até a entrada do parque. Já tinha 35km’s nas pernas e até o parque dariam uns 15km. Me sentia muito bem, sem bolhas ou dores musculares, segui forte e enfim chegamos ao Parque. Tiramos umas fotos, conversamos com a responsável, Rose Belcavelo, que foi muitíssimo simpática e atenciosa e nos deixou entrar e acertei na quilometragem: deram 50km bem no restaurante do Parque, redondinho mesmo, com uns 1.250m de desnível positivo acumulado. A felicidade era gigantesca, fiz 50km mantendo o ritmo e estava dentro do Parque. Faltaria, em tese, mais 30km dentro do Parque.

Segui o meu plano e desci pelo circuito das águas muito feliz em estar ali, fui filmando tudo. Passei pelo lago das miragens, fui até a ponte de pedra, voltei e vi que tinha me perdido do meu treinador. O detalhe é que ele iria fazer todo percurso dentro do parque comigo e como era sua primeira vez, eu tinha que guia-lo. Voltei novamente para encontrar com ele, mas não o encontrei e decidi partir sozinho. Fui até a Cachoeira dos Macacos e lá estava ele. Nos encontramos e fomos direto para o Pico do Peão, a primeira subida que dá na prainha. Deu para ir tranquilo, mas sugou toda minha energia e quando começamos a subir para o Peão, eu estava muito cansado.

Correr não dava, já tinha percorrido quase 60km e era praticamente só subidas muito fortes pela frente. Lembro do meu treinador dizendo, “Você quer ir no Peão só pra aumentar a quilometragem ou tem que passar por lá?” Eu respondi: “Não tem que passar por lá, eu que quero mesmo fazer o percurso inteiro, vale cada passo até lá!”

Confesso que tive que parar um pouco, sentar e quase desisti. A subida estava acabando comigo e eu me sentia mal, mas segui e chegamos lá. Admiramos a vista por uns instantes, tiramos fotos e fomos para a Janela do Céu.

A descida técnica não ajudava a desenvolver a corrida, mas descemos rápido e pegamos o caminho. Mais subidas, brandas, mas eram mais quase 5km assim, subindo, até que pegamos uma trilha mais tranquila que nos levou direto para a parte de cima da Cachoerinha, ponto famoso também. Descemos e tomamos um bom banho na queda d’água, nos alimentamos, hidratamos, tentamos passar por um caminho novo que sairia direto na Janela, mas não teve jeito, voltamos pelo mesmo caminho. A Cachoeirinha ficou para trás e na nossa frente estava o ponto mais emocionante da jornada, a Janela do Céu.

Chegamos lá e o lugar parece mágico mesmo. Me sentia privilegiado por estar ali, por ter completado o desafio, por poder admirar aquilo tudo na companhia de meu amigo e treinador. Ainda encontrei uma amiga de escola, Ana Carolina Chaffer, que me prometeu uma cerveja à minha escolha (vou cobrar)! Conversamos um pouco e fomos embora.

Depois do banho nas águas da Janela do Céu dei uma revigorada absurda, me sentia novo, pernas sem dor alguma e muita vontade de correr!

Saímos da Janela rumo ao ponto mais alto da Serra, a Lombada, como estava me sentindo novo, subi correndo e meu treinador acabou ficando. Cheguei no alto da Lombada muito forte e fiquei um tempo admirando a paisagem, já que estava a 1774m de altitude. Tudo parece pequeno de lá, como o Geraldo disse “parece que estamos no Google Earth” e realmente parecia isso. Isso porque ele ainda não viu a vista de cima do Capim Amarelo, na Serra Fina.

Eu quis esperar meu treinador, mas minhas panturrilhas começaram a incomodar e pensei em ir embora para continuar com a corrida, porém meu treinador apontou no horizonte. Fiquei feliz demais e descemos juntos, ele muito feliz por ter corrido/caminhado 20km com 1.300m de desnível positivo acumulado e eu por ter completado o desafio que me propus, a Ultra do Céu, em 10h 34′ 01”! Um sonho realizado, um pedaço de tempo que aproveitei cada passo. Fui feliz demais e hoje está na história.

Me pego pensando se voltarei a fazer essa prova e a resposta não demora uma fração de segundo para vir a cabeça: “SIM, CLARO QUE SIM!” e com toda a certeza não será sozinho, a felicidade só é plena quando compartilhada e isto que vivi merece ser compartilhado.

 

Tecnologia francesa chega ao Brasil para auxiliar a cicatrização de bolhas nos pés, desenvolvido à base de hidrocoloide – Adventuremag

Silenciosamente elas vão surgindo nos pés e nos casos mais graves podem tirar uma pessoa da prova. Muitas são as receitas para evitar sua formação e nos cuidados quando se percebe que algo está incomodando os pés e não é possivel mais andar ou correr normalmente.

Mercurochrome, curativo para bolhas

Quando usamos sapatos fechados e tênis com meias é comum os pés transpirarem e a umidade formada aumenta as forças de fricção. Esse atrito repetitivo da pele contra o calçado separa as células da epiderme do tecido, formando as bolhas. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, as bolhas nunca devem ser estouradas e nem ter a pele que as recobrem retiradas. Somente nos casos de bolhas infeccionadas recomenda-se que ela seja rompida por um profissional da saúde. O correto é protegê-la com um curativo capaz de promover a rápida cicatrização.

No Brasil, acaba de chegar a marca Mercurochrome, do grupo francês VivaSanté, especializada em curativos e no segmento de primeiros socorros. A empresa está lançando o produto Bolhas Alta Resistência com tecnologia hidrocoloide, que é um mecanismo de ação resultante da composição em duas camadas: uma externa, que evita a passagem de bactérias e líquidos, porém possibilita a ventilação do calo ou bolha; e um interna, feita de partículas de hidrocoloide e apresenta uma composição que acelera o processo de cicatrização. É um curativo primário, estéril, transparente e impermeável à agua e bactérias que funciona como uma ‘segunda pele’, isolando a bolha da pressão do atrito e aliviando a dor imediatamente.

Desenvolvidos com material flexível, o curativo se adapta discretamente na pele, protegendo adequadamente a bolha para potencializar a cicatrização. A VivaSanté oferece curativos em embalagens diferenciadas para público feminino e masculino.

O curativo para bolhas de alta resistência é vendido nas redes de drogarias e principais farmácias do Brasil. O preço final sugerido para o consumidor é: R$ 29,90.