Desnível acumulado e corrida fora do asfalto diferenciam o Canada Man/Woman
As distâncias são as mesmas de um Ironman – 3,8 Km de natação, 180 Km de ciclismo e 42 Km de corrida – mas não se engane, o Canada Man/Woman é um triatlon que exige ainda mais dos participantes, principalmente pelo desnível acumulado e a corrida fora do asfalto. Objetivo: chegar antes da meia-noite no observatório do Monte Mégantic
Veja neste link quem foram os campeões da edição 2018
A prova tem como base a cidade de Lac-Mégantic. Com cerca de 6.000 habitantes, a cidade localizada na província de Quebec (aproximadamente 3 horas de Montreal e a 30 quilômetros da fronteira com o estado de Maine, nos Estados Unidos) foi formada e desenvolveu-se a partir da linha férrea criada para ligar Montreal ao oceano Atlântico.
E por ironia do destino, foi essa mesma linha férrea que 5 anos atrás marcou a cidade com um dos maiores acidentes ferroviários da estória canadense, quando o descarrilhamento de um trem desgovernado destruiu o centro da cidade.
E um dos objetivos da organização Endurance Aventure, responsável também pela corrida de aventura Raid Gaspésie, é mostrar o potencial da região para os esportes de aventura e ajudar na revitalização da cidade, que aos poucos vêm se recuperando e tem o turismo com uma das fontes de renda.
A corrida pode ser feita individualmente ou revezamento em equipe e independente da formação, todos devem ter um equipe de apoio que o ajudará nas transições e o acompanhará durante todo o percurso.
A corrida
A largada aconteceu na madrugada de domingo, mas antes houve uma concentração no Centro Esportivo onde foram passadas as últimas instruções e uma caminhada simbólica em homenagem aos mortos no acidente ferroviário até o Parque dos Veteranos, às margens do Lago Mégantic.
Aos poucos os participantes foram entrando na água gelada do lago para se acostumar com a temperatura. No dia anterior, a organização informou no briefing que estaria muito frio e recomendou o uso de duas tocas para tentar manter o corpo aquecido. E por questão de segurança, todos foram obrigados a utilizar uma luz vermelha presa à cabeça.
Às 04h30 foi dada a largada e aos poucos as luzes foram se espalhando pelo lago. Enquanto isso as equipes de apoio se preparavam para seguir para a transição e aproveitavam o tempo para tomar um café. Uma grande fila de carros e de gente se formou na Tim Hortons, um dos poucos lugares abertos àquela hora.
O sol começava a aparecer quando os primeiros atletas saíram da água e iniciaram a seção de ciclismo. Os longos 180 quilômetros possuem poucos trechos planos e os participantes estão constantemente subindo ou descendo.
É nesse momento que a estratégia das equipes de apoio fazem bastante diferença, pois elas podem parar em qualquer lugar (mas que esteja de acordo com as leis de trânsito). A comunicação com o atleta e saber se o espera no alto da subida ou na parte baixa do caminho é essencial para seu rendimento.
E um dos diferenciais é a seção final de corrida onde os participantes correm no asfalto, estrada de terra e trilhas, encarando trechos bastante técnicos na longa subida até o topo do Monte Mégantic.
A próxima edição está agendada para acontecer nos dias 06 e 07 de julho de 2019.
Mais informações: www.caxtri.com