Acostumada aos percursos duros das corridas em montanhas, inclusive já tendo vencido as principais competições desta modalidade no Brasil, a goiana Sul Rosa, de 24 anos, atleta da equipe DX3/Saucony/Água Boa, viaja para o Chile no próximo dia 18 de outubro, para disputar no dia 20, o primeiro Campeonato Sul Americano de Corrida com Obstáculos, que será realizada pela Spartan Race Chile.
Sul Rosa tem um histórico interessante na modalidade de OCR (sigla em inglês, como é conhecida as corridas com obstáculos mundo a fora, Obstacle Course Racing). Em 2013 participou da primeira prova oficial da modalidade no Brasil, que foi a Xtreme Race, disputada em Atibaia-SP, onde conquistou a segunda colocação na época.
De lá pra cá já soma o título de vicecampeã da Spartan Race Brasil, em Itaipava-RJ, em 2016 e o título de campeã da Spartan Race Brasil, no Rio de Janeiro-RJ em 2017.
Corridas de Obstáculos
E para quem não conhece esse tipo de prova, tem origem no meio militar, nos Estados Unidos, ainda na década de 20, e mistura corridas em trilhas com transposição de obstáculos que exigem muita força de membros superiores e inferiores.
Inclusive com provas que atingem mais de 4.000m de altimetria acumulada, como foi o caso do Campeonato Mundial acontecido no último dia 30 de setembro na Califórnia/EUA.
No Chile, Sul Rosa terá pela frente, um percurso de 5km, com cerca de 25 obstáculos, em trilhas com bastante variação altimétrica, pois o local do evento é aos pés da Cordilheira dos Andes, na Hacienda Santa Martina, a uma hora de carro de Santiago.
16 países confirmaram presença no evento, que além de Sul-americanos receberão atletas dos Estados Unidos, Canadá e países da Europa.
Oportunidade de carreira internacional
Sobre a participação neste evento, uma marco histórico pra modalidade na América do Sul, ela deixou o seu recado: “Eu já estava inscrita numa outra competição nesta mesma data aqui no Brasil, e tive que mudar tudo quando anunciaram que o evento no Chile será o Campeonato Sul Americano. Pensei, não posso ficar de fora. É uma excelente oportunidade para iniciar uma carreira internacional.
E estou indo acreditando que conseguirei uma medalha para o Brasil. O desejo é o de vencer sempre, mas será uma prova muito difícil, tem outras brasileiras fortes inscritas na prova, inclusive a Kelle Freire que mora e treina nos Estados Unidos. Mas a espectativa é sim de um bom resultado. E espero contar com a torcida do brasileiros. Mandem boas energias.” comenta.