Puerto Natales começa a ficar movimentado com a chegada dos atletas da Ultra Fiord 2017 – Adventuremag

A movimentação na cidade de Puerto Natales começa a aumentar com a chegada dos participantes da Ultra Fiord 2017. Serão 250 participantes vindos de 25 países dispostos a enfrentar uma das corridas mais difíceis do mundo.

Tive a oportunidade de viajar desde São Paulo com os atletas Fernando Nazário e Marcelo Sinoca, ambos referência brasileira no mundo do trail running e experiêntes participantes na prova. Sinoca vai enfrentar as 100 milhas e Nazário, os 50 Km.

A viagem é longa e cansativa. Após a escala em Santiago, partimos em outro vôo para Punta Arenas, porta de entrada para a região de Magalhães. Ali nos encontramos com outros jornalista vindos também de todo o mundo e seguimos de van até a cidade de Puerto Natales que serve de base para o evento.

No caminho os atletas brasileiras foram passando algumas dicas do percurso, mostrando as alterações em relação ao ano passado e pontuando os locais mais críticos. Mas essa seriedade não durou todo o trajeto. Na maior parte do tempo o clima foi de descontração com direito a brincadeiras e piadas.

 

 

 

 

 

Tivemos também uma primeira reunião com o organizador Stejpan Pavicic, que falou um pouco sobre mudanças no percurso e na organização geral do evento para garantir a segurança de todos os participantes. Entre eles:

– Melhora no sistema de comunicaçao entre os staff, incluindo a montagem de uma base em Puerto Natales;
– Um helicóptero estará de prontidão para qualquer emergência, baseada a aproximadamente 7 minutos dos pontos mais criticos da prova. Isso garante que uma pequena janela no clima permite que a aeronave decole e faça o resgate;
– Staff especializados em montanha, incluindo Jordi Tosas, experiente montanhista e parceiro de Kilian Jornet em seus projetos de travessias;

A previsão é que haja pouco vento durante os dias de prova e o clima pode piorar no sábado, mas neste momento os competiores já estarão na parte baixa e mais segura da prova. O inverno mais seco melhorou as condições no glaciar em relação à segurança, pois não neve que possam esconder fendas e outros perigos.

"As rotas de 100 milhas e 100 Km foram alteradas para iniciar mais próximo da montanha", disse Stjepan. Isso fará com que os competidores passem nos pontos mais criticos ainda no começo da prova, com mais energia e animados psicologicamente.