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Um teste diferente: resolvemos comparar as distâncias medidas por 3 relógios com GPS numa mesma trilha. O objetivo era reproduzir, na prática, e com algumas especificidades, um outro teste parecido, realizado pelo site Corrida no Ar, no qual dois relógios (um Garmin e um TomTom) foram deixados parados diante de uma câmera por 1 minuto e, mesmo assim, registraram movimentação.
Para a nossa versão, fomos ao ‘campo de testes’ da subida da Pedra Grande, no Parque Estadual da Serra da Cantareira, em São Paulo. A ideia era comparar não apenas a distância registrada, mas também outros parâmetros. A subida da Pedra Grande da Cantareira é toda em asfalto, com uma distância de aproximadamente 3 km para cerca de 200 metros de desnível.
Levamos três equipamentos: TomTom Adventurer, Suunto Spartan Sport Wrist e Polar RC3.
O vídeo do comparativo, você confere abaixo:
Resultados
Como mencionamos no vídeo, os relógios registraram pequenas diferenças não apenas na distância registrada (3,06km no Polar, 3,15km no TomTom e 3,1km no Suunto) como também no ritmo – 14 min/km no Polar, 15 min/km no TomTom e 13 min/km no Suunto.
Explicando
O GPS – sigla para Global Position System ou em bom português Sistema de Posicionamento Global – funciona com base em satélites que, lá do espaço (cerca de 20 mil km de altitude), enviam sinais para o seu relógio aqui na Terra. Como são no mínimo três satélites ao mesmo tempo mandando sinais (e, por isso, a base do sistema é chamada de ‘trilateração’), o cruzamento dos dados realizado nos chips de seu relógio forma três círculos cuja interseção indica sua localização exata.
O sistema foi lançado oficialmente pelos Estados Unidos em 1991, na Guerra do Golfo, com um investimento de US$ 14 bilhões. A ideia era facilitar o deslocamento dos soldados na imensidão do deserto do Iraque. Passadas quase 3 décadas, o mercado civil de GPS’s movimenta 3 vezes mais dinheiro que o militar. E além da rede de satélites americana, existem outras, como a da Rússia, a do Japão e a da China, todas elas enviando sinais que são usados por nossos relógios.
Mas por que ocorrem os erros? Existem, segundo os especialistas, diversos fatores. Um deles é o fato de que a propagação das ondas entre o satélite e seu relógio não é perfeita e sofre micro desvios. Como o equipamento toma por base o tempo que o sinal leva para chegar até ele, qualquer diferença, por menor que seja, altera os resultados dos cálculos. Os erros também ocorrem porque os satélites não voam exatamente na trajetória programada. Há, ainda, os reflexos dos sinais que ocorre por conta de anteparos como prédios, rochas e montanhas, que confunde o GPS. Um vídeo da Trimble, empresa americana especializada em georreferenciamento, (abaixo) mostra com detalhes esses erros.
Enfim, como mencionamos, os GPSs não são 100% precisos. Mas eles são, sim, bastante confiáveis e devem servir de base para monitorar sua performance nas provas.
Abaixo, você confere nossos três reviews para escolher um aparelho que se encaixe em suas necessidades e em seu bolso.
Registro
O vídeo do teste menciona a Suunto. A empresa nos cedeu o relógio para teste, informando que o preço do produto era de R$ 2.999. Após a publicação, voltou a entrar em contato solicitando a correção do preço, que era de R$ 2.699.
Review TomTom Adventurer:
https://www.adventuremag.com.br/noticias/equipamentos/5533/Review—TomTom-Adventurer.html
Review Suunto Spartan:
https://www.adventuremag.com.br/noticias/trailrunning/5590/Review-Suunto-Spartan-Sport-Wrist-HR.html
Review Garmin Foreruner 935:
https://www.adventuremag.com.br/noticias/equipamentos/5463/Review++Garmin+Forerunner+935.html
Vídeo do History Channel explicando como funciona o GPS:
https://www.youtube.com/watch?v=zHZO4Nfhy-I
Teste do Corrida no Ar:
https://www.youtube.com/watch?v=o99wiKG00MQ
Vídeo da Trimble:
https://www.youtube.com/channel/UC3nxV1DbFCosAY4Hhaeulaw
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