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Assita abaixo ao video de …
O Brasil marcará presença no VI Trail World Championship, mundial de UltraTrail que se realizará entre os dias 25 e 30 de outubro em Portugal, percorrendo as trilhas do Parque Nacional Peneda-Gerês, num total de cerca de 85 Km, com um desnível positivo de 4500 metros.
A prova é chancelada pela IAAF, órgão que rege o atletismo mundial, e Braga será a cidade base do evento.
A organização está a cargo de Carlos Sá, ultramaratonista português que conta com resultados, dos quais se destacam: o 1º lugar na Badwater Ultra Marathon 217km non stop (Califórnia – EUA) em 2013; o World Record Aconcágua 6962m (Argentina) em 2013; 4º lugar na Marathon des Sables – 250 km’s em autossuficiência (Marrocos) – 1º melhor não Africano em 2012; assim como várias vezes top 6 no Ultra-Trail du Mont Blanc – 160 km’s (França).
O Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) abrange um território de 22 freguesias distribuídas pelos concelhos de Arcos de Valdevez, Melgaço, Montalegre, Ponte da Barca e Terras de Bouro. Esta Área Protegida forma um conjunto com o parque natural espanhol da Baixa Limia – serra do Xurés, constituindo com este, desde 1997, o Parque Transfronteiriço Gerês-Xurés e a Reserva da Biosfera com o mesmo nome (declarada pela Unesco em 27 de Maio de 2009).
Está será será a primeira participação do Brasil em um mundial de Ultra Trail e a delegação será composta pelos seguintes atletas:
– Chico Santos/RJ
– Cleverson Del Sechi /PR
– Hamilton Miaragaia /SP
– Iazaldir Feitosa / RJ
– Cynthia Terra / SP
– Ligia Almeida /SP
Chefe delegação : Prof. Mariano
Técnico : Prof. Sidney Togumi
Toda a organização da participação da equipe Brasil no mundial está a cargo da ABU – Associação Brasileira de Ultramaratona que possui a chancela da CBAt – Confederação Brasileira de Atletismo para o mesmo.
Em razão da participação do Brasil ter sido confirmada em cima da hora, alguns atletas convidados confirmaram suas presenças em razão de conflito de calendário esportivo profissional já assumidos anteriormente.
Todos os componentes da delegação serão responsáveis pelos custos envolvidos na sua participação e algumas ações com o objetivo de angariar fundos serão realizadas sem breve.
Assista abaixo ao video de apresentação do evento:
A temporada tem sido intensa para o atleta fluminense Henrique Avancini. Atual bicampeão brasileiro na elite do MTB Cross Country Olímpico (XCO), o ciclista acaba de fazer sua estreia no principal evento esportivo do mundo, a Rio 2016, encerrando sua participação na 23ª colocação. Avancini também estreou neste ano na Cape Epic, na África do Sul. Apesar de não ser um ciclista de Maratona (XCM), Henrique teve no Brasil a competição perfeita para se preparar para o desafio africano: a principal ultramaratona de MTB das Américas, Brasil Ride, disputada em quatro oportunidades por ele, com três títulos, um na Open e dois da categoria América.
Henrique pode assim comparar a estrutura das duas ultramaratonas. “A Brasil Ride é mais de raiz do mountain bike. Ambas são grandes experiências na vida de um biker. Talvez minha opinião tenha influência do coração brasileiro, mas eu diria que a Brasil Ride é uma experiência um pouquinho mais especial”, avalia Henrique. “Fiquei impressionado com as proporções da Cape Epic. É um evento gigantesco e extremamente profissional. Talvez tenha se tornado grande demais e isso acaba limitando a ideia de curtir e desfrutar na prova”, completa.
© Ney Evangelista / Brasil Ride
O ciclista avaliou também o percurso nas duas provas, com suas peculiaridades. “Na Brasil Ride temos condições e um percurso muito, mas muito mesmo, mais duro e exigente. Há menos trilhas e os trechos são mais naturais, o que torna a pilotagem mais desgastante. O que eu gosto demais na Brasil Ride é a variação de perfil das etapas. Temos etapas mais curtas, mais duras, mais longas, com menos ou mais subidas ou com quantidade maior ou menor de trilhas. Possibilita diferentes combinações de resultados o que deixa a competição mais imprevisível e isso é ótimo”, conta.
“O da Cape Epic tem um bom equilíbrio entre trechos de transição (longas subidas, planos, estradões) e trilhas técnicas muito bem construídas. O formato é divertido, mesmo competindo no pelotão da frente as etapas ficam prazerosas e não são tão extremas. Assim, na minha visão na Cape Epic as etapas são mais lineares, ou seja, o perfil de dia a dia não é tão variável. A duração e perfil não mudam muito”, complementa.
Marcação de pista – Quando o assunto é marcação no decorrer do percurso, o atleta não esconde sua preferência entre as duas provas. “Se existe um ponto que poderia ser bem melhor na disputa sul-africana é a marcação de percurso e sinalização dos fiscais. Na Brasil Ride temos uma marcação muito boa e isso faz uma diferença absurda principalmente para os atletas da ponta que geralmente passam nas trilhas ainda sem rastros”, analisa.
Organização – Considerando-se um “cabo eleitoral” da ultramaratona, como Henrique costuma afirmar, por ser uma competição que segundo ele “valoriza os atletas de elite e isso eleva a visibilidade da prova a um outro patamar”, o ciclista não poupa elogios a organização do evento brasileiro e faz as ponderações necessárias:
“A Brasil Ride passa por constante evolução, principalmente pelo fato de a equipe organizadora ser muito aberta para receber críticas construtivas, desde que sejam fundamentadas. É de longe a competição que faz a melhor comunicação no País, porém ainda fica muita aquém se comparada com a Cape Epic. É um ponto positivo que pode e deve ser melhorado. Ano passado a Brasil Ride alcançou um nível de organização excelente, sem nenhum erro médio ou grave. A Cape Epic é mais consolidada, já alcançou um nível de profissionalismo que é referência para qualquer outra”, destaca.
© Armin Kuestenbruck
O clima – Por fim, o bicampeão brasileiro conta como é o clima em cada uma das duas provas entre os participantes. “Entre os atletas de elite é bem diferente. Existem muitos atletas que dependem de um resultado na Cape Epic para garantir um contrato. Algumas equipes são especializadas exclusivamente na competição, e isso a deixa com uma atmosfera mais tensa, entre os atletas de elite”, afirma.
“Na Brasil Ride o clima na competição é mais tranquilo, apesar de os brasileiros geralmente não respeitarem, ou não conhecerem, as ‘regras’ éticas desse tipo de prova, o que geralmente deixa os gringos bem irritados. Fora do percurso a Brasil Ride é infinitamente mais amistosa. A chance de você cruzar com um atleta pro na Cape Epic é mínima, já na Brasil Ride os atletas da elite estão nas ruas, nos jantares ou dando entrevistas. É final de temporada e a maioria já cumpriu seu dever profissional ao longo do ano, e o objetivo é só acelerar e curtir dia a dia. Os atletas estão sempre muito mais relaxados e acessíveis”, finaliza.
Mudança de região – Após ser realizada entre os anos de 2010 até 2015 na Chapada Diamantina, com base nas cidades de Mucugê e Rio de Contas, a competição seguirá na Bahia, porém mudando para a Costa do Descobrimento, no Sul do estado. A cidade de Porto Seguro, mais precisamente em Arraial d’Ajuda, abrigará uma das vilas da Brasil Ride, enquanto a outra vila ficará em uma fazenda no município de Guaratinga e será o segundo local de acampamento para os 500 participantes.
Inscrições para a Brasil Ride 2016 – As duplas que não se imaginam fora dessa festa das duas rodas não devem perder tempo e garantir logo a participação na sétima edição da principal ultramaratona de MTB das Américas. Todos os detalhes estão disponíveis no site oficial da Brasil Ride: www.brasilride.com.br, clicando em “Prova” e em seguida no link “Pacote de inscrição”. Como nas edições anteriores, serão disponibilizadas 500 vagas para 250 duplas de diversos locais do País e do mundo.
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