Autor: Adventuremag

Sempre em busca das estórias mais interessantes, provas desafiadoras e paisagens de tirar o fôlego.

Madeira Island Ultra Trail tem um terço das vagas preenchidas em 24 horas – Adventuremag

Em pouco mais de 24 horas após a abertura de inscrições no MIUT® – Madeira Island Ultra Trail, que acontecerá no dia 23 de abril de 2016, um terço das vagas já foi preenchido, ou seja, das 1900 vagas disponíveis, 653 atletas oriundos de 20 nações já fizeram questão de efetivar o seu registo, “afirmando” que não querem perder a ocasião de marcar presença naquele que é indubitavelmente o maior evento turístico desportivo regional de trail running, organizado pelo Clube de Montanha do Funchal, desde 2008.

Madeira Island Ultra Trail

“Esta adesão massiva, traduzida já pelo expressivo número de inscritos e nacionalidades, não nos surpreende totalmente, na medida em que acreditamos que este ‘voto de confiança’ dado pelos participantes reflete a tónica da qualidade e profissionalismo que atribuímos às nossas organizações e, obviamente, as excelentes condições da nossa ilha para a prática desta modalidade. É a prova cabal de que estamos bem orientados e julgamos ter efetivamente consolidado um trabalho de equipe que leva já alguns anos de experiência nesta área, um projeto que abraçamos de corpo e alma, visando única e exclusivamente o interesse público regional de promoção desta linda ilha”, afirma Nuno Gonçalves, diretor de prova da 8ª
Edição MIUT que refere, ainda, o carácter “sui generis” da competição que torna possível esse acontecimento.

“Só uma prova como o MIUT® pode efetivamente levar um evento de referência a locais como a Fajã do Barro, Curral Falso, Levada dos Cedros, Cavaca, Terra Chã, Caramujo,
Relvinha, Fajã Escura, Boca das Torrinhas, Ruivo, Areeiro, Funduras, Degolada, Larano, Boca do Risco, numa travessia que não é conhecida do grande público.”

Por outro lado, chama também a atenção para os valores das taxas de inscrição praticados. “Atendendo ao enorme custo organizacional do evento e logística associada, com todas as condições que oferecemos aos participantes, mesmo assim, fizemos um grande esforço para não onerar os valores relativamente à última edição, mas, nos períodos extraordinários, terão, obviamente, um agravamento significativo. Este ano, associamo-nos com todo o gosto à causa social da Liga Portuguesa contra o Cancro, contribuindo com 1€ por cada inscrição efetivada.”

 

Maiores campeões da Brasil Ride, Abraão Azevedo e Ivonne Kraft buscam o sexto título na Bahia – Adventuremag

Rei e Rainha da Brasil Ride, Abraão Azevedo e Ivonne Kraft, da Alemanha, disputam neste mês, entre os dias 17 e 24, a sexta edição da principal ultramaratona de MTB das Américas. Em comum aos dois ciclistas, o fato deles terem 100% de aproveitamento na prova, com vitórias em todas as edições. Abraão teve quatro companheiros diferentes nos últimos cinco anos na máster, os brasileiros Plínio Souza, Paulo Freitas e Paulo Borges, entre 2010 e 2012, e o holandês Bart Brentjens, lenda do esporte. Já Ivonne disputou a primeira edição com a portuguesa Celina Carpinteiro, e outras quatro com o tetracampeão da prova, o piracicabano Mateus Ferraz.

Ivonne Kraft tem cinco títulos (Pedro Cury / Pedal)
Ivonne Kraft tem cinco títulos (Pedro Cury / Pedal)

Pelo terceiro ano seguido, Abraão pedalará ao lado de Bart Brentjens nas trilhas e estradas de terra da Chapada Diamantina, entre os municípios de Mucugê e Rio de Contas. O fato de Bart ser campeão mundial de Cross Country de 1995 e medalha de ouro olímpico de 1996, em Atlanta, não assusta o atleta goiano. “Gosto muito de correr com ele. É um grande parceiro e estou sempre aprendendo com um pouco em cada prova. Tive a honra de ser escolhido por ele e sei o tamanho da responsabilidade. Por isso, sigo treinando forte para chegar na competição e estarmos bem equilibrados e em sintonia”, conta Abraão.

Nascido em Formosa (GO), mas morando em Brasília nos últimos 30 anos, Abraão Azevedo dá conselhos para quem vai encarar a Brasil Ride e elogia a prova. “É fundamental ter um bom acompanhamento durante a preparação, mas acima de tudo saber controlar o ritmo a cada dia. As vezes você quer andar forte demais e não consegue prosseguir. Hidratação, ingestão de carboidrato, massagem, gelo, são só algumas das coisas que fazemos para aguentar os sete dias, além de uma boa alimentação e dormir bem todas as noites”, destaca. “Independente dos títulos, é uma prova muito bacana. Oportunidade para encontrar os amigos em uma grande festa do esporte. Sendo ou não campeão, fico muito feliz de participar, porque sei da ótima estrutura que a ultramaratona tem”, conclui.

Dupla formada por Abraão Azevedo e Bart Brentjens (Fabio Piva / Brasil Ride)
Dupla formada por Abraão Azevedo e Bart Brentjens (Fabio Piva / Brasil Ride)

Alemã com sede de vitórias – Ao lado de Abraão Azevedo como maior campeã da história da Brasil Ride, a alemã Ivonne Kraft destaca que para ela cada campeonato conquistado teve um sabor especial. “Sempre quando me perguntam como me sinto sendo a maior campeã da história, respondo ‘igual ao Abraão’. É ótimo ter meu nome eternizado na prova. Cada ano foi um grande desafio e cada ano era um gosto especial quando vencemos, seja com a Celina ou com o Mateus”, relembra Ivonne.

A ciclista alemã detalha os principais desafios da ultramaratona Brasil Ride e conta quais são as diferenças entre pedalar com uma mulher ou com um homem. “Lutar contra as próprias dores para ajudar o seu parceiro e acreditar que ele fará o mesmo por você. Esse é um dos desafios, bem como concentrar-se na alimentação correta, recuperação suficiente após as etapas e o foco na corrida. Às vezes não é fácil. Desde que sua dupla esteja ao seu lado e você sinta boas vibrações, aí facilita tudo. Mas, quando sente-se que a cabeça de seu parceiros está em outro lugar e não com você, aí percebemos isso e então fica realmente difícil para concluir a prova e quase impossível de se vencer”, avalia.

“Competir com outra mulher pode ser mais fácil fisicamente, se as duas se entendem bem. Mas, também pode ser difícil. As mulheres têm as mesmas dores, mas cada uma tem uma forma de reagir. É mais fácil dizer a um homem quando sua dor está forte e ele irá te ajudar. Já a mulher te responde para você lutar mais, porque ela sabe que nós aguentamos mais as dores”, analisa Ivonne. “Os homens desistem mais facilmente. Para mim, correr em dupla mista é fisicamente mais difícil, porque o homem é mais forte e difícil de ser seguido em um bom ritmo no plano. Mas, às vezes, nas partes técnicas acabo tendo que esperar meu companheiro. Por outro lado, rapazes se pressionam menos e entendem quando está difícil para a mulher. Deve ser por isso que muitas duplas femininas chegam a brigar nas etapas e não terminam, e normalmente as mistas vão até o final”, completa.

Hans Becking e Jiri Novak na Brasil Ride 2014 (Fabio Piva / Brasil Ride)
Hans Becking e Jiri Novak na Brasil Ride 2014 (Fabio Piva / Brasil Ride)

Campeões 2014 da elite masculina confirmados – Vencedores da Brasil Ride em 2014, o holandês Hans Becking e o tcheco Jiri Novak estarão competindo na Chapada Diamantina mais uma vez, em busca do bicampeonato na principal categoria da prova. “Será outra vez uma corrida muito difícil. Já temos uma certa experiência na competição após disputá-la três vezes, mas esperamos uma batalha muito dura e emocionante pela camiseta amarela”, conta Hans. “A Brasil Ride é realmente um desafio. Já é duro para terminar a competição uma vez, imagina então o quão difícil é para tentar novamente. De qualquer forma, estamos prontos para lutar com força os sete dias. Acredito que o maior desafio está na recuperação após cada estágio. Por isso, alimentar-se bem e dormir bem são pontos determinantes para atingir o sucesso”, completa o holandês.