Há muitos circuitos mundiais de diferentes esportes, mas ter a oportunidade de conhecer paisagens e culturas em primeira mão e explorar realmente novos lugares, nada chega perto do Adventure Racing World Series. O ARWS 2020 passará por 10 destinos ao redor do mundo nos 6 continentes e inclui algumas locações que está na lista de todo aventureiro e outras que mesmo viajantes veteranos nunca ouviram antes.
As corridas possui percursos de até 600 quilômetros que podem durar de 4 a 6 dias sem paradas obrigatórias, onde os participantes correm, andam, pedalam, remam, descem corredeiras, passam por cavernas, escalam rochas e enfrentam outros desafios inesperados também. Os participantes conhecem ilhas tropicais, vulcões, desertos, selva, campos de gelo, centros urbanos, patrimônios da UNESCO, ruínas históricas e vilas vibrantes.
A volta ao mundo
O tour da corrida de aventura começa e termina na América do Sul, começando na Argentina em fevereiro e terminando em setembro na Expedición Guaraní, anfitriã do 2020 World Championship, no Paraguai.
Os participantes do The Patagonia Raid em fevereiro, abertura do circuito, terão como pano de fundo os glaciares e vulcões dos Andes, com base na cidade de San Martin de los Andes.
A seguir o circuito segue para a Expedition Africa em Lesotho por uma região fora do circuito turístico. Na verdade, fora de qualquer caminho e as equipes serão questionadas pelos pastores nômades não acostumados a ver visitantes de fora.
A organizadora Heidi Muller comentou, “Quando as equipes verem suas condições de vida e como é fascinante esse estilo de vida, ficaremos surpresos se nenhuma equipe deixar essa região simples e agradecidos pelos seus próprios estilos de vida em casa.”
Lesotho é conhecida como ‘Reino no Céu’ e possui o ‘ponto baixo mais alto’ de qualquer outro país do mundo, portanto as equipes estarão sempre em grande altitude e apesar de estarem na África, estará frio em alguns momentos.
O PC12 Adventure Race, na Colômbia, acontecerá na região de Antioquia, onde nunca aconteceu uma corrida antes e ficou fechada para visitantes em épocas anteriores. Agora o país está aberto para ser explorado novamente e o diretor Ricardo Velez diz, “será uma competição caracterizada por campos abertos e muitas montanhas, com altitudes entre 400m e 2.700m acima do nível do mar. Nas partes mais baixas as temperaturas podem chegar a 35-40ºC e nas montanhas com clima ruim, apenas 10ºC.
“As equipes passarão por cidades e vilas que ainda usam mulas como transporte e remarão por rios cristalinos em meio à selva.”
A Expedition Oregon será o passo seguinte e acontecerá na região do The Oregon Fossil Beds e Ochoco Mountains.
O diretor Jason Magness descreve o percurso como sendo, “em sua maior parte deserto, montanhas, florestas e cânions. Região dos cowboys ranzinzas com um pouco de neve nas montanhas mais altas e alguns rios com grande volume de água para remar.” Completou ainda dizendo que a região é vasta e pouco explorada.
Saindo das Américas, o circuito segue para a Europa e duas corridas muito diferentes oferecerão umas das melhores seções de canoagem.
A Nordic Islands Adventure Race leva os participantes para uma seção urbana, com passagem pela capital Estocolmo. Outras corridas passaram por dentro de cidades antes e a NIAR trouxe de volta os velhos tempos para depois mandar as equipes para as águas selvagens do Arquipélago Estocolmo.
“Esta corrida será a primeira neste formado. Nas primeiras 24 horas teremos novas seções e espetaculares seções de cordas nas regiões centrais de Estocolmo,” disse o organizador Staffan Björklund. “Em seguida as equipes entrarão no arquipélago que possui 30.000 ilhas e locais únicos. Acredito que elas passarão por 20 parques nacionais.”
Na Adventure Race Croatia as equipes remarão na águas azuis e cristalinas do mar Adriático até chegar à costa para começar a subida dos Alpes Dináricos. Entre as conhecidas formações de pedras de calcário as equipes escalarão e entrarão em cavernas. A região é rica em resquícios romanos e locais históricos onde elas encontrarão os postos de controle.
Em junho haverá 3 corridas em diferentes continentes. O circuito volta para a América do Sul para o Huairasinchi no Equador. O país tem muitas regiões selvagens que inclui vulcões e selvas e sempre foi uma das corridas mais difíceis do mundo.
Adventure Race Malaysia é uma nova adição ao World Series, após participar como corrida de demonstração em 2019.
A prova acontecerá em Sarawak, na ilha de Borneo, e Brandon Chee promete uma jornada exótica por costeiras, cavernas, selva, plantações e rios.” Ele completou, “passaremos por 3 parques nacionais e um patrimônio da UNESCO, e as equipes visitarão grandes casas nativas onde estará acontecendo o festival Gawai Dayak.
A única corrida de demonstração deste ano será a XPD Canada, que acontecerá pela primeira vez em Okanagan Valley na Columbia Britânica. Água e vinho serão os destaques porque há mais de 100 Km de lagos na região… e mais de 100 vinícolas também! Como esperado, as equipes remarão canoas e haverá seções e natação e StandUp Paddling.
A última parada antes do mundial acontecerá na Austrália com a XPD em Queensland. A corrida tem como tema “Rios de Ouro” e é baseado na corrida de ouro que aconteceu na região. As equipes cruzarão o Great Dividing Range até as minas de ouro, remando por grandes rios e caminhando e pedalando por florestas e pelo outback.
O diretor Craig Bycroft disse, “Se as equipes tiverem sorte poderão encontrar um pouco de ouro no caminho e trazer de volta ao QG (que é uma cidade-porto da época). Elas terão que mostrar a mesma tenacidade, resistência e fazer o que os exploradores fizeram para conquistar sua riqueza e completar a corrida.”
E como dito, para finalizar as melhores se encontrarão na Expedición Guaraní, no Paraguai, onde não terão mar para remar, mas há grandes rios e cachoeiras em meio à mata. A navegação é sempre exigente e o fato da maioria dos moradores do interior falar apenas o idioma Guaraní tornará a vida dos navegadores mais complicada, sem a opção de pedir informações.
Para saber mais: www.arworldseries.com