XTERRA começou a temporada 2018 em Mangaratiba

A centésima etapa do XTERRA no Brasil também foi a primeira da temporada 2018. Em dois dias ensolarados de competições na área externa do Portobello Resort & Safári, em Mangaratiba, no Rio de Janeiro, o XTERRA Costa Verde contou com mais de 2.500 atletas amadores e profissionais. O festival contou com a modalidade de Aquathlon (1 km de natação + 5 km de corrida) pela primeira vez na sua história e teve resultados inesperados, com favoritos sendo superados no Triathlon, na Trail Run 21 km e no Swim Challenge 1,5 km.


© Thiago Lemos

Triathlon
A principal modalidade do XTERRA teve sua primeira prova do ano lotada e com resultado surpreendente entre os homens. Na categoria feminina a atual tetracampeã Sabrina Gobbo começou a nova jornada vencendo com facilidade, com mais de 9 minutos de diferença para a segunda colocada, Brisa Melcop. O paranaense Felipe Moletta, que já ganhou o ranking em seis oportunidades (2011, 2012, 2014, 2015, 2016 e 2017), travou uma disputa acirrada com o paulista Fernando Toldi, que debutou no mundo off-road com uma vitória marcante e significativa. O objetivo era diversão somente, mas agora Toldi passa a sonhar também com o título anual.

“Foi divertido demais, adorei a prova e o clima do XTERRA. Agora eu vou tentar também competir pelo título, pois percebi que é possível. Obviamente não vou conseguir ir em todas as etapas porque tenho outro foco no momento, mas gostaria bastante de ser campeão”, assume. “Acredito que venci no percurso de MTB, pois ali eu realmente me superei e consegui chegar bem parelho com o Moletta, tinham trechos muito escorregadios e técnicos. Como não tive o treinamento específico fiquei meio inseguro, mas me saí até melhor do que esperava. Depois eu sabia que dificilmente ficaria para trás na parte da corrida”, completa Toldi, analisando a prova.

xterra-Sabrina-Gobbo-voltou-a-vencer-o-Triathlon-feminino© Thiago Lemos

Aquathlon
A prova inédita de 2018, o Aquathlon, teve 200 atletas competindo na praia particular do Portobello. A competição foi dominada pelo carioca Eduardo Gonzalez e pela paulista Clarissa Brito. Nadadores há mais de 20 anos, Dudu e Clarissa abriram vantagem no trecho da natação e aceleraram na corrida, que teve o caminho bem escorregadio devido à quantidade de lama oriunda das chuvas em dias anteriores.

“O percurso estava muito difícil, choveu bastante nessa semana e a distância de 5 km pareceu ser 10 km na verdade. Estava bem deslizante e tive que explorar bastante a técnica. Mas foi tudo excelente, o XTERRA está de parabéns e é sempre uma viagem maravilhosa por evento. Não são 100 etapas à toa”, explicou Dudu Gonzalez.

Trail Runs (10 km e 21 km)
Nas Trails Runs o percurso estava extremamente desafiador, um dos mais difíceis até hoje segundo depoimento de vários corredores, que contavam aos risos a quantidade de escorregões. E o inesperado aconteceu. O atual campeão do ranking Antônio Gonçalves perdeu os 100% de aproveitamento na história do XTERRA Trail Run 21 km. Agora com 8 vitórias em 9 participações, o mineiro natural de Piau correu no sacrífico, com uma lesão por estresse na coxa direita e um tratamento prévio à base de muita injeção. Apesar da contusão, ele chegou atrás somente de Raphael Valverde. Entre as mulheres nada mudou, Geisla dos Santos, campeã de 2017, venceu com sobras e permanece sendo a candidata ao título de 2018.

Na menor distância, a Trail Run 10 km, os destaques foram Nilton dos Santos e Solange Mariano, que dominaram do início ao fim. O XTERRA Kids contou com mais de 150 crianças de até 13 anos de idade correndo em pequenos percursos de 50m a 1km.

xterra_trailrun-Mangaratiba© Thiago Lemos

Swim Challenge (1,5 m e 3 km)
Nas provas de natação em mar aberto os atuais detentores dos títulos entre os homens permaneceram nos lugares mais altos do pódio. Daniel Cunha (1,5 km) e Artur Pedroza (3 km) seguem sem dar chance ao azar e dominantes em suas respectivas modalidades. Nas categorias femininas, a atual vice-campeã da distância de 1,5 km, Clarissa Brito, não obteve o sucesso constante de 2017. A paulista, que triunfou no Aquathlon, chegou em terceiro lugar em sua especialidade. “Ah, fiquei um pouco triste porque tive um imprevisto com a roupa de natação e aí não pude aquecer direito. Não sei se venceria a prova, mas gostaria de ter competido com a preparação prévia de sempre”, lamentou Clarissa Brito.

A grande campeã foi a atleta profissional do Club de Regatas Vasco da Gama, Gabriela Alves, que posou sorridente com seu 1° troféu XTERRA e deu o primeiro passo rumo ao título do ranking.

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