A terceira edição do Shimano Fest Convida, bate-papo descontraído no happy hour, promete ser bastante especial. Nesta quarta-feira (13), às 18h, Eduardo Puertollano será o convidado para falar sobre a bike, na Pizzaria Lenheira, na zona Norte de São Paulo. O uruguaio de 82 anos, que vive no Brasil desde o início dos anos 1960, competiu nos Jogos Olímpicos de Melbourne 1956, na Austrália, e foi medalha de prata no Pan-Americano de 1959, em Chicago, nos Estados Unidos.
“Fui em todas as edições do Shimano Fest. É uma coisa diferente das feiras em geral. É um evento mais familiar, em que você encontra todo mundo. Amigos, comerciantes. Assim, une o ciclismo comercial e o esportivo. É um momento bem bacana e agrada a gente estar presente. Sinceramente me dá vontade de ir todos os dias e ficar lá o dia inteiro, batendo papo com as pessoas. É sensacional e o Brasil merece algo deste nível”, conta Eduardo Puertollano, que na primeira edição, em 2010, recebeu uma homenagem, junto com Renata Falzoni, Eduardo Ramires e Fernando Louro, pelas histórias pessoais de dedicação à Bicicleta.
O rumo da vida do uruguaio Puertollano mudou em 1959, quando veio para o Brasil disputar a Prova Ciclística 9 de Julho. Foi no evento que conheceu Ângela, sua esposa e mãe de suas duas filhas, Erika e Elizabeth. “Me sinto muito honrado e orgulhoso de saber que os brasileiros me adotaram como um filho do País. Todos os eventos lembram-se de mim. Não sei se por toda minha história e os muitos anos trabalhando com a bicicleta. Tenho tantos amigos no nosso ramo que é interminável o número. Isso faz parte da lembrança e da amizade. Eu sou uruguaio mas me sinto brasileiro, por ter minha esposa daqui e minhas filhas nascidas no brasil. Amo esse País e sou grato por tudo que tive e pude fazer aqui”, agradece Puertollano.
Após iniciar o namoro à distância com Ângela, o ciclista mudou-se definitivamente para o Brasil em 1962. Dois anos depois, abriu sua loja, a Eduardo Puertollano Bicicletas, no Tremembé. Após 12 anos na sede inicial, a bike store mudou de local e completa 42 anos no endereço atual, no começo da Serra da Cantareira. “Minha loja é caminho de quem vai fazer trilha ou então fazer ciclismo de estrada. Antigamente era o local de treinamento de todas as equipes na Estrada de Santa Inês”, relembra.