Rota do Vulcão é opção para aproveitar o feriado prolongado durante o Desafio CIMTB XCC

Criada pela Associação de Ciclistas de Poços de Caldas (ACPC), a Rota do Vulcão é o único cicloturismo do mundo a ser feito ao redor de uma caldeira vulcânica

Região avaliada por muitos como ideal para a prática do MTB, o Sul de Minas vai além na sua vocação para esportes de ação e aventura. Entre as mais variadas atrações turísticas, está a Rota do Vulcão, um cicloturismo desafiador e com visuais deslumbrantes dos locais por onde passa. Assim, quem vai participar do Desafio CIMTB Short Track – XCC, nos dias 4 e 5 de novembro, no Parque do Cristo, em Poços de Caldas (MG), pode aproveitar o fato de o evento acontecer em um feriado prolongado – Finados – para chegar alguns dias antes e fazer alguns trechos da Rota.

Na Rota do Vulcão, os ciclistas podem percorrer até 350 km ao redor de uma caldeira vulcânica, passando por 13 municípios, com um acúmulo de altimetria de mais de 9 mil metros. Há também a possibilidade de fazer trechos das rotas, que no total são 13, além de uma rota extra. Além de Poços de Caldas, a rota passa por São Roque da Fartura, Águas da Prata, Andradas, Ibitiúra de Minas, Santa Rita de Caldas, Caldas, Pocinhos do Rio Verde, Santana de Caldas, Bandeira do Sul, Botelhos, Palmeiral, Caconde e Ribeirão de Santo Antônio (Divinolândia). Todas as informações sobre a Rota estão disponíveis no site: https://rotadovulcao.com.br/.

A Rota do Vulcão foi criada pela Associação de Ciclistas de Poços de Caldas (ACPC) e contou com o apoio dos 13 municípios que a compõem, contando com marcações nos postes e placas em todo o seu percurso. A ACPC é uma instituição sem fins lucrativos e se mantém através de doações que sustentam os projetos desenvolvidos, inclusive a Rota do Vulcão. Todo trabalho é feito por voluntários.

“A Rota do Vulcão, como o próprio nome diz, fica ao redor de uma caldeira vulcânica de 80 milhões de anos, com 800 km quadrados de extensão e 30 km de diâmetro. Um percurso que envolve muitas subidas e também descidas, tendo que tomar muito cuidado quando se está descendo. Um passeio que é recompensado pelas belas paisagens. A principal cidade de partida é Poços de Caldas. Porém, por se tratar de uma rota circular, o ciclista pode começar do município que quiser. Cachoeiras, mirantes e plantações diversas, além de lagos e represas, fazem parte do percurso”, explica Arison Danziger Siqueira, presidente da ACPC.

Todos que concluem a Rota do Vulcão, podem entrar em contato com a organização da rota, para adquirir seu Certificado de Conclusão. No site da Rota do Vulcão, estão disponíveis também a forma como é feita a sinalização da rota, manual de como utilizar o aplicativo Wikiloc, que tem toda a rota traçada para auxílio via GPS, e gráfico de altimetria e distâncias. 

O que é uma caldeira vulcânica
Poços de Caldas se encontra em uma região de origem vulcânica. Há cerca de 80 milhões de anos, a região, onde hoje se encontra Poços, sofreu uma intrusão de rochas alcalinas. Um movimento intenso de rocha e magma do subsolo fez a região ‘subir’. As rochas romperam a crosta terrestre, elevando a região a 500 metros de altitude. Com o tempo, essas rochas foram esfriando e o solo da região central sofreu um ‘afundamento’, originando o chamado Planalto de Poços de Caldas.

A caldeira  vulcânica é uma depressão circular (ou quase), uma grande estrutura vulcânica de colapso no topo de alguns grandes vulcões. Depois que a região se estabilizou, há cerca de 60 milhões de anos, houve diversas manifestações vulcânicas, sob a forma de pequenos vulcões, dentro do planalto. Tal atividade deu origem às águas sulfurosas e às riquezas minerais que fazem do Complexo Alcalino de Poços de Caldas um dos mais notáveis do mundo e o único que tem a sua estrutura.