O America’s Cup é a competição de vela mais antiga do mundo e considerada a Fórmula 1 do mar, misturando força física e tecnologia avançada.
Para quem em algum momento assistiu a vídeos da competição, viu tripulantes girando um equipamento com a mãos, sozinho ou em dupla, e são chamados de Grinders. Em uma embarcação normal o trabalho deles seria movimentar a vela, mastro, guinchos, foils e tudo mais que está acima da linha d’água, mas no America’s Cup a função é manter pressão no sistema hidráulico que faz a movimentação desses controles.
Anos atrás a equipe de Nova Zelândia inovou e colocou ciclistas para essa função, os chamados Cyclors. A mudança foi banida nos anos seguintes, mas em 2024 a regra foi alterada e o uso do Cyclors agora é oficialmente permitida.
O atleta olímpico Simon Van Velthooven é um dos Cyclors de renome que faz parte do America’s Cup. “É sobre acompanhar RPM, energia, watts, cadência, muita turbulência, balanços, bater a cabeça nas laterais do barco e tentar acompanhar seus dados em uma tela, ao mesmo tempo que acompanha os comandos dos marinheiros e o que estão fazendo e tentando antecipar os níveis de energia necessários para a próxima manobra.”
Normalmente as pernas produzem mais energia que os braços e as equipes estimam que há um ganho de 25-30% na energia produzida por atleta. Uma equipe de Grinders consegue produzir 400 watts por mais de 20 minutos.
Inside Britannia: Rise of the cyclor 🐺⚡After a seven-year hiatus, the cyclors return to the @AmericasCup
— INEOS Britannia (@ineosbritannia) August 19, 2024
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