A terceira edição do Canada Man/Woman Extreme Triathlon 2019 teve uma disputa acirrada até a linha de chegada. No final, Jérôme Bresson, da cidade de Sherbrooke, e Caroline Livesey, da Grã-Bretanha, foram os grandes campeões.
Bresson estava na terceira colocação após os 180 quilômetros de ciclismo, com uma diferença de aproximadamente 20 minutos do líder. O campeão de 36 anos completou a prova em 11h13m07 (ano passado ele venceu com 10h59m37) e terminou com menos de 1 minuto à frente do Sylvain Lafrance, segundo colocado.
Entre as mulheres, Caroline Livesey, 40 anos, terminou à frente de Lyne Bessete, defensora do título. O que parecia ser uma liderança confortável, Livesey se manteve na frente desde o início até a entrada no parque Mont-Mégantic, mas a Lyne foi tirando a diferença durante a subida e terminaram com uma diferença de apenas 10 segundos.
Uma grande saga do campeão
Apesar de Bresson ter mantido seu título, a prova não foi fácil. Sofrendo de bronquite, ele saiu da água quase dois minutos mais rápido que 2018. No ciclismo, quando estava em um terço do percurso, tinha saído do 11º lugara para o 3º, próximo à Route du Morne, em Lac-Drolet.
“Após 140 km de ciclismo, estava acabado”, admitiu o atleta. “A última súbida foi um inferno. Quando sentei na transição, não tinha mais energia. Estava cansado. Minhas pernas não respondiam no começo da corrida. Parei. Enquanto caminhava, ficava pensando no que fazer. Meu objetivo não era vencer, mas sabia que estava em uma boa posição então porque não mante-la e lutar até o final.”
Sucessão na categoria Feminina
Essa foi a primeira participação de Livesey no XTRI World Tour e ela escolheu o Canadá para debutar.
“Foi incrível, mas foi muito difícil,” disse a triatleta profissional, que começou a correr em trilha apenas quatro meses atrás. “Eu nunca tinha participado de um triatlon extremo como esse. Não achei difícil me manter focada, mas fisicamente… wow! Não consigo acreditar na dificuldade das subidas da seção de ciclismo, especialmente a última até a área de transição.”
Lyne Bessette, atleta olímpica da cidade de Sutton, esperava vencer pela terceira vez. “Teria gostado muito! Queria ter uma surpresa na manga! Mas no final, quase consegui.”
Após cruzar a linha de chegada, ela anunciou que foi sua última participação no Canada Man/Woman. “Se eu tivesse vencido, talvez voltaria,” ela explicou com um sorriso. “Mas não, acho que essa foi minha última participação.”
Bresson, a máquina humana
Oito dias antes dao Canada Man/Woman, Bresson participou do Campeonato Canadense de Ultra Trail, em Quebec. Foram 110 km em pouco mais de 12 horas, conquistando a 6ª colocação.
Em algumas semanas ele estará voando para a Suécia, onde participará do Norseman pela segunda vez, com esperanças de encarar condições meteorológicas piores que 2018.
“O Norseman é conhecido pelas condições climáticas difíceis. Sim, o percurso é desafiador, mas quando o clima está tranquilo, é mais acessível. Diria que, comparado com o Canada Man/Woman, é mais fácil em alguns aspectos, especialmente a seção de ciclismo, já que termina com 30 km de descida, enquanto aqui terminamos uma subida interminável.”
Mais informações: www.caxtri.com