Solo Series, em sua segunda edição sedimenta as provas solo no estado de Pernambuco e juntamente com a Solo Potiguar, formata um Circuito Nordestino de Corridas Solo, que já nasce com 6 provas: 3 em Pernambuco, 2 no Rio Grande do Norte e uma na Paraíba; todas validas pelo RBCA.
A primeira etapa do Solo Series foi realizada no município de Gravatá no agreste pernambucano, localizada na Serra das Russas a uma altitude de 600 a 800 metros. Com vegetação agressiva característica do agreste nordestino, existem resquícios de mata atlântica e pastos.
O congresso técnico foi realizado no local da largada, centro de informações turísticas da cidade, onde o secretário de Turismo João Carlos deu as boas vindas aos 22 atletas (pernambucanos, paraibanos e potiguares) com um excelente café da manhã com sucos e frutas da estação plantadas no município. A organização agradece a prefeitura de Gravatá o inestimável apoio à realização da prova e deixa registrada que o sucesso do evento se deve muito ao esforço do Secretário João Carlos e sua equipe.
Após a recepção os atletas receberam os kits com uniformes, mapa e race book e foi realizado um rápido congresso técnico para explicar dinâmica da prova.
Nas provas do solo series quase todos os PCs são virtuais, pois leva-se ao extremo o significado do termo “solo”. Para a definição dos PCs escolhe-se sempre estruturas fixas como construções ou marcos que sejam impossíveis de serem roubados ou escondidos, os o local é registrado em foto e definida alguma marcação ou característica do objeto que o atleta deve informar. O race book com registro fotográfico não deixa dúvida sobre o PC nem sobre a informação e só existe uma resposta certa.
Às 09h55min da manhã largaram os atletas para o trecho de trekking. Como de costume a adrenalina estava lá em cima, a velocidade parecia corrida de rua no plano, mas a partir do quinto quilometro a velocidade foi baixando, pois o desnível era forte. PV1 e PV2 alcançado depois seguia uma forte descida e PV3 já era estória, mas o PC4/AT1... Caraca!!! Que subida foi aquela!!!???? Que besteira... 2,5 km de subida com inclinação de uns 25% foi pra matar.
Na prática serviu para separar um pouco os atletas que até o momento formavam 2 pelotões e passaram a ficar pulverizados em pequenos grupos de dois ou três.
Chegando na área de transição, mudança de trekking para a bike. Como a região é muito quente e seca foi providenciado agua gelada para os atletas que chegavam bufando do esforço. Isso deu uma energizada na turma, que montou na bike e saiu voando para o trecho mais longo e trabalhoso.
No trecho da bike aconteceu a divisão das categorias, a dupla seguia no sentido anti-horário e a solo no sentido horário, isso porque o número de embarcações era inferior ao de atletas e essa foi a estratégia utilizada pela organização para que todos remassem. As duplas chegaram ao remo e podiam escolher entre o duck ou caiaque. Seguiam 1,5 km buscavam a marcação que receberam na entrada do PC e retornavam com a mensagem. Era para ser feito com 40 minutos tranquilamente, mas a natureza não quis deixar nada fácil e em virtude de muita chuva na cabeceira do rio 3 dias antes do evento, ele subiu 1,5 metros e a força da água aumentou muito. A média de tempo dentro d’água passou para uma hora e vinte minutos de remo forte na volta. As duplas venceram o desafio e seguiram pelos estradões buscando os pontos.
PV 8 e 9 eram os mais difíceis para as duas categorias tanto que muitas duplas se encontraram com os atletas da solo ainda perdidos no topo da serra de Mandacaru. Deu trabalho, mas quase todos acharam os pontos certos. A dupla seguiu para o ponto PV11 e chegada.
A solo fez o caminho inverso e seguiu para o PV 6 e 7 para alcançar o PC5/AT2 onde estava a canoagem. O rio já tinha baixado um pouco, mas mesmo assim remar foi duro. Os atletas que escolhiam o duck poderiam ir junto formando uma dupla e se ajudando, isso aconteceu muitas vezes, porém o caiaque continuava sendo mais rápido e proporcionou algumas ultrapassagens e capotagens bem engraçadas.
Após esfriar a cabeça nas águas do Rio Ipojuca, aliviando o calor que beirava os 40 graus, os atletas seguiam num trecho curto e muito rápido de bike até a chegada.
Para a categoria solo a organização se viu obrigada a criar um “dark zone”, aquela velha parada no tempo do atleta que teve de esperar a embarcação para continuar a prova.
"A corrida apresentou aos atletas uma pequena parte do município de Gravatá, excelente local de treinos e passeios com estrutura de 1º mundo de hotéis, restaurantes, comercio e serviços. Este ano estamos focados no agreste do estado e usaremos Gravatá como ponto de partida para os vários eventos do calendário da Eco Capibaribe", disse Camilo Dias, organizador.
Classificação:
Solo masculino
1. Renato Barbosa (Terra de Santa Cruz)
2. Emanuel Bening (Terra de Santa Cruz)
3. Jairo Marques (Direction)
4. Wanstamptom Lourenço (Caboclos de Lança)
5. Vitor Hugo (Caboclos de Lança)
6. Roberto Bastos (Malungos)
7. Jovaldo Bastos (Malungos)
8. Helder Guimarães. (Terra de Santa Cruz)
9. Romero Bandeira (Coyote)
10. Alexsandro Araujo
Solo Feminino
1. Juliana Bezerra (Caboclos de Lança)
2. Cristiane de Albuquerque (Direction)
3. Luciana Van Drunen (Coyote)
Duplas aberto
1. Tapuia (Patrik Freire/Alejandro Dominguez)
2. Papatrilhas (Maurício Cabral/Murilo Vasconcelos)
3. Extremos. (Joel Salgado/Helane Soares)
Mais informações: www.soloseriespernambuco.blogspot.com
Copyright©2000-
Adventuremag - Informativo sobre corrida de aventura - Política de privacidade
Proibida a reprodução, modificação e distribuição, total ou parcial de qualquer conteúdo deste website