Frases
Meu realise se baseará em frases, que ditas em locais e horários adequados, nunca é mal interpretada, nunca é mal recebida, são sempre bem entedidas.
"Nos vamos correr para ganhar"
Esta frase foi dita por Pedro da Gantuá quando fizemos nosso primeiro encontro e Tatiana expôs nossos objetivos até então longe deste, Pedro iria substituir a Matheusão que por motivos variados não iria mais poder correr com a gente e nosso 4º elemento seria Marcos, que já havia corrido numa formação da Olhando no CNA de 2007 que estava em Salvador a passeio e tinha a intenção de correr a running de 14 km.
Estabelecido nosso novo objetivo, para mim mais como motivador do que real, fizemos um único treino de remo em canoas caiçaras no rio do seu Bobó e tivemos a constatação que remamos lentos mas motivados, e na prova iriamos ver como ficava.
Partimos para Itaparica na sexta e depois de nos acomodarmos na casa de Tati e nos alimentarmos super bem com uma massa preparada pelo excelente cozinheiro Pugliese, essa virtude eu desconhecia, saimos para o briefing e na volta estudar os mapas, montar estratégias, preparar mochilas, etc, sempre com a supervisão e comando de Pedro.
Na largada eu e Marcos fariamos a corrida, Tati a natação e Pedro ficaria esperando e escolhendo a embarcação. Combinamos que iriamos num ritmo confortável pois era inicio de prova, mas Pedro nos procurou e disse que tinha mudado a estratégia, teriamos que socar a bota pois ele só tinha visto umas 6 canoas boas e tentariamos pegar uma destas. Sai com a 6ª colocação na cabeça e pisando forte, sem saber dosar consegui fazer o primeiro trecho rápido e cai de rendimento no final e que nos garantiu a 9ª ou 10º canoa.
"A prova está no inicio, se mativermos no bolo a noite é nossa hora"
Seguindo esta orientação saimos para o remo para bater o PC01 na ilha do Medo embolado com outras equipes e na sequência indo para Misericórdia imprimindo um ritmo muito bom, ainda mais para quem tinha treinado apenas uma vez, com o leme perfeito chegamos em 4º atrás de 03 quartetos e 01 dupla, imagina se tivessemos treinado remo?
Comecei a ver como era bom andar na frente, fui fotografado, saudado, coisa que quem anda do meio para trás, raramente consegue, rsrs.
A ordem era não perder tempo, pegamos as bikes e saimos comendo pelo caminho, Pedro navegando e orientando Tati para um melhor pedal no tipo de terreno encontrado, Marcos e eu fechando o grupo e pedalando o mais rápido possível. Neste trecho enontramos com a Makaira com problemas nas bike (de novo?) a dupla mineira, qua ainda deu tempo de uma prosinha rápida de conterrâneos, uai sô e com a Aventureiros meio em dúvidas, juntos nos localizamos e partimos para a Igreja (PC5) e depois chegamos em Baiacu onde teriamos que decidir se fariamos o caminho do Danger Zone ou atravesariamos a rio para atingir o apicum e consequentemente cortar o caminho para o PC 7 em Ponta Grossa.
"Vocês conseguem sim, vão atravessar este rio agora! não vai acontecer nada com vocês"
Precisou Pedro dar uns berros e ordenar que fizessemos esta travessia naquela hora se não perderiamos muito tempo até a maré baixar, eu estava travado de pânico, pois quem me conhece bem sabe o quanto minha natação é horrível e além do mais ainda tinha que levar minha bike nas costas, para piorar olhava para Tatiana e ela também esta paralizada e tendo muita dificuldade em carregar e atravessar, um verdadeiro tormento, que naquelas condições fui obrigado a vencer meus medos e atravessar, nadando de costas, com a bike pedurada e Pedro me dizendo que Marcos estava próximo de mim, o que só vim a descobrir que era só incentivo quando cheguei na margem e não vim ninguém próximo de mim.
Batemos o PC rapidamente pedalando pelo Apicum, largamos as bikes e voltamos pelo mesmo caminho para pegar o barco e neste momento eu estava fazendo o treeking de sapatilha porque Tatiana perdeu o tenis no rio e eu havia emprestado meu tênis para ela para uma necessidade, ai minha sapatilha estorou e passamos os dois a ficarmos descalços.
A segunda perna de remo para mim foi muito dificil, correndo na ponta fazemos um esforço muito grande e o fator psicológico também desgasta muito e sem um banquinho para ajudar senti muito a lombar e meu rendimento foi péssimo, que graças a força e companheirismo de todos conseguimos suplantar, não antes de encalharmos uma vez, encontrar com Makaira, que não sei o motivo não continuou com a gente e de darmos uma volta maior chegamos ao PC 09 em vila de Matarandiba.
Ali ficamos sabendo que somente a Insanos tinha batido os PCs 10 e 11 virtuais e saindo de lá, junto com a gente, um pouco a frente um pouco atrás, também sairiam para pegar os virtuais a Aventureiros, Gantuá, Ospato e chegando mais tarde, a Aventureiros 3000, R2 e Makaira que finalmente tinha chegado muito depois da gente. Pedro e Marcos foram e eu e Tati ficamos para descansar e tentar arrumar um tênis para Tati completar a prova, o que conseguimos com uma nativa que ofereceu um tenis tipo "conguinha", rsrsr sem cardaço mas extremamente útil naquela situação.
A Aventureiros voltou logo em 2º, logo depois Ospato e daqui a pouco Gantuá com Pedro e Marcos na cola, estavamos em 5º, mas conforme Pedro tinha adiantado, era noite, e a prova só termina quando acaba. Saimos de lá e Guerra me fez um pedido, ganhe da Aventureiros, ganhe da Gantuá, menos da Insanos.
Partimos para a fazenda do Seu Zequinha, PC13, atravessamos o rio e saimos a busca da trilha para o pc 14, Escolinha em Campinas, após muito andar e tentar achar a trilha mapeada, Pedro pediu para parar 10 minutos para que as idéias dele voltassem a funcionar, aliás, o unico tempo que paramos em toda a prova.
"Estamos na prova novamente, está tudo aberto"
Foi assim que Pedro sinalizou para nós, quando depois do descanso, voltamos e tentar achar o caminho e nos encontramos com a Insanos e a dupla mineira que estavam a muito tempo tentando achar o caminho também. Foi ótimo encontrar com minha "equipe", Diana, minha companheira de treino e super amiga, Tio David, Abel e o marrento Luciano que conforme Pedro estava navegando muito e que depois de um perrengue com um nativo que não entendeu nada de ver aquele monte de gente em frente sua casa de madrugada e que achamos que ia dar uns tiros, rsrsr, fomos juntos até o PC 14 atacando pelo lado oposto.
Lá vimos que somente Ospato tinha batido o PC, o que nos colocaria novamente na luta pelo pódio, saimos juntos para um trekking forte junto com a insanos para pegar as bikes novamente. No caminho Tati falou com David que se ele errasse um pouquinho a gente engolia eles, rsrs, foi a senha para a Insanos apertar, começar a trotar e distanciar da gente, e bater o PC colado no Ospato e com chances de passar, o que muito me alegrou, pois gosto muito desta galera.
"A Gantuá vai chegar e pode até passar, mas não vamos entregar fácil"
Pois é, quando nos arrumamos e saimos do PC 15, faltando apenas o 18 e a chegada, super feliz com nosso 3º lugar até ali, quem vemos faltando 1 km para chegar nas bikes e correndo? A poderosa Gantuá.
Sabiamos que o pedal deles é muito forte, e seis, sete minutos de dianteira não seria o suficiente para mantermos na frente, eles viriam, como confirmaram depois, pedalando em alta para nos alcançarmos e não nos restava outra coisa se não também socar a bota e não entregar fácil conforme a ordem de nosso navegador.
Essa era nossa hora, Pedro já tinha alertado, e ai começou o "show" de Tatiana, pedalando sempre acima do que ela imaginava conseguir, não aliviou o pé nem um minuto, Pedro e Marcos, que tava meio debilitado no começo do pedal, partiram mais a frente para marcar a entrada do PC 18, na Penha, com Marcos na roda e eu mais atrás incentivando e pedalando com Tati, mas sem rebocar ou empurrar, tirando dela o que ela podia dar, e foi muito. Tatiana pedalou muito, sempre preocupada se vinha alguem atrás e eu dizendo que era pra frente que tinhamos que andar, foi angustiante, eletrizante, que após o PC 18, virou extasiante e finalmente emocionante quando cruzamos a chegada em 3º nesta prova que foi uma das mais duras que participei, sem dar chances de sermos alcançados, foi pura felicidade ser recebido por pessoas tão queridas de todos nós, que tenho certeza estavam torcendo muito por nós.
A Daventura está de parabéns, principalmente Gaia, por ter nos proporcionado uma verdadeira aventura, com todos os elementos que nos fazem apaixonados por este esporte.
Marcos foi um grande companheiro de corrida, sempre sereno, forte, parceiro e um verdadeiro "corredor" na sua essência, sempre um "Olhando".
Pedro é o cara, primeiro por ser uma grande figura, um excelente lider e navegador, mas principalemente por ser sempre um grande companheiro de sua equipe, que sabe tirar de cada um de nós o nosso máximo, sendo enérgico quando precisa, afagando quando merecemos e reconhecendo a superação de cada.
Tatiana é simplesmente extraordinária, estou muito feliz por ter tido esta oportunidade de correr com ela novamente depois de nossa experiencia do Brasil Wild, não para me redimir de erros cometidos ou me deculpar, mas para olhar para frente e ver que se temos capacidade de guardar somente o melhor de cada é um, isto é o suficiente para seguirmos em frente, e ela sabe disso como ninguém.
"Como é dificil correr na ponta"
Arnaldo Maciel
Vidativa/Olhando/Rasodacata/Makaira/ e quem mais gosta da gente
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