Subidas intermináveis exigiram força dos participantes da Haka Expedition 150 Km

Por Wladimir Togumi - 13 Out 2009 - 00h34

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A Haka Expedition 150 Km se mostrou muito mais exigente que os esperado. A grande variação de altitude a todo momento, o calor durante o dia e o frio durante a noite foram algumas das dificuldades enfrentadas pelos competidores. Contrariando a previsão de tempo nublado para o final de semana, o sol mostrou sua força logo cedo enquanto os competidores chegavam para a checagem de equipamento e finalização da parte burocrática.

Às 10h30 o organizador Leonardo Barbosa iniciou o briefing pré-prova e passou as últimas instruções para os muito iniciantes em provas acima de 100 quilômetros que se misturavam com participantes mais experiêntes de São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Paraná.

A largada aconteceu de mountain biking e os participantes foram obrigados a seguir o carro-madrinha e batedores da polícia militar até um ponto de relargada fora do centro da cidade. Nestre trajeto os participantes já tiveram uma pequena amostra do que teriam pela frente, e alguns participantes seguiam lentamente pelas subidas ainda asfaltadas.

A poucos quilômetros da relargada e pouco antes de cruzar o viaduto sobre a Rodovida Fernão Dias os atletas uma bela visão do primeiro objetivo a ser alcançado: a represa do Jaguari-Jacareí, aonde fariam a primeira seção de canoagem. Mas antes tiveram que seguir até o bairro de Água Comprida, onde fizeram a transição do mountain biking para o trekking.

Na canoagem as duplas e atletas solo remaram nos caiaques individuais e os quartetos, nos duplos. Como as embarcações não estavam na margem, os atletas tiveram que fazer força para colocá-los na água e seguir em direção ao PC5.

A saída da canoagem não foi fácil porque assim como no início, os competidores tiveram que carregar suas embarcações até um ponto estabelecido e desta vez foi uma longa e íngreme subida. Difícil para os quartetos e duplas, pior para os atletas solo.

Um dos favoritos, Xikito chegou a abrir quase uma hora de vantagem sobre o restante do pelotão e rapidamente iniciou a subida para a Pedra do Guaraiúva, local do PC7. Quase no final da tarde de sábado todos os participantes já tinham iniciado a subida e o clima começava a mudar. Algumas nuvens escuras começaram a aparecer e a Pedra só podia ser vista ocasionalmente entre uma nuvem ou outra. Mas São Pedro desta vez estava do lado da prova e decidiu apenas deixar as coisas mais frias, sem chuva.

Era quase noite quando Xikito, ainda na liderança, iniciou a descida para Joanópolis, mas a dupla mista ARS São Francisco Clínicas e o atleta solo José Reginato conseguiram diminuir sua vantagem pela metade. Entre os quartetos a liderança estava com a Competition Aroeira e nas duplas masculinas, Pé de Cobra.

O frio ficou mais intenso com a chegada da noite e as equipes de apoio aguardavam ansiosas pelos atletas na Praça do Bosque. Qualquer luz que apontava no final da rua já chamava atenção de todos. Vale destacar a presença das equipes Lebreiros, de Ribeirão Preto, que esteve presente com 3 duplas correndo e mais um "batalhão" acompanhando a prova e fazendo o apoio.

De volta para as bicicletas as equipes tinham até as 00h00 para chegar no PC12, horário limite de corte estipulado pela organização. Quem não conseguiu passar antes deste horário fez um longo mountain biking de volta para Bragança Paulista e quem conseguiu, um duro trekking até o início da canogem na represa Atibainha e o mountain biking final até a chegada.

Neste posto de controle foi montada uma arena pela Liofoods, onde os competidores tiveram a oportunidade de experimentar a linha de comidas desidratadas da empresa. Mas os competidores tiveram que tomar cuidado para não perderem noção que estavam em uma corrida, pois o local era muito confortável e ultimamente não têm sido normal ter comida quente nas transições de uma corrida de aventura.

José Reginato já estava em primeiro lugar quando, por razões ainda desconhecidas, Xikito decidiu abandonar a prova depois de sair e voltar para o PC12. Para alguns ele disse ter medo de escuro e para outros, que viu uma vaca com 4 cabeças - e todas usavam headlamp! 

Reginato levou aproximadamente 8 horas do PC12 ao PC15. Foram quase 5 horas de trekking e mais 3 horas de canoagem na fria madrugada. Eram 4 horas da manhã de domingo quando ele pegou sua bicicleta e seguiu para a chegada. Logo depois chegaram o quarteto Competiton Aroeira e as duplas ARS São Francisco Clínicas. Poucos antes de amanhcer chegaram ainda a dupla Pé de Cobra e o atleta catarinense Pedro Gonsalves.

E as subidas continuaram até a volta para Bragança Paulista, exigindo muito força na perna até o último momento. Às 7h20 da manhã de domingo José Reginato cruzou a linha de chegada, garantindo a vitória na categoria Solo e na classificação geral. Entre os quartetos a vitória ficou com a Competition Aroeira; nas duplas mistas, ARS São Francisco Clínicas; nas duplas masculinas, Pé de Cobra.

A etapa de encerramento do circuito Haka Race 2009 está programada para acontecer no dia 05 de dezembro.

Mais informações: www.hakarace.com

Wladimir Togumi
Por Wladimir Togumi
13 Out 2009 - 00h34 | sudeste |
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