Na próxima sexta-feira, 27 de outubro, acontecerá, na Indomit Costa Esmeralda, a estreia da distância de 100 milhas em território nacional. Lançada em abril deste ano, uma das corridas mais longas do Brasil teve suas 70 vagas esgotadas em menos de 72 horas e uma lista de espera com muitos pretendentes. Além das 100 milhas, a quarta edição do evento terá as distâncias de 100km, 80km, 50km, 21km e 12km entre sexta-feira e sábado, nas cidades de Bombinhas e Porto Belo, em Santa Catarina.
Nas 100 milhas, os destaques são Emerson Ramos Corrales, atual campeão dos 235km da Ultramaratona dos Anjos Internacional, Joelso Cordeiro, vice-campeão da Jungle Marathon de 2016, Rosália de Camargo, atual campeã dos 135km da Ultramaratrona dos Anjos Internacional, Debora Simas, Fabiola Otero e Elizabete Prado. Nos 100km, as atenções estão voltadas para Cleverson Pohlod e Keila Blumen, campeã dos 100km da Indomit Caribe 2017. Nos 80km, Gerson Ignacio vai buscar o tetracampeonato. Nos 50km, os principais atletas são Gillard Pinheiro, campeão da primeira edição da Indomit Costa Esmeralda e octacampeão da Indomit Bombinhas, dividirá as atenções com Leandro dos Santos Oliveira, Raïsa Zortea e Lisiane Finkler da Rosa.
Para Juan Carlos Asef, diretor do Circuito INDOMIT, o projeto das 100 milhas foi elaborado durante quatro anos. Sua principal preocupação na elaboração foi com a segurança dos atletas. Por isso, a novidade deste ano, as 100 milhas, ficou quatro anos em estudo até sua implementação.
“A modalidade de ultra trail está dando seus primeiros passos no Brasil. Há muito para crescer, mas isso tem que ser feito com muito cuidado para não se cometer erros que possam custar a vida de um atleta”, afirma Asef. "Pensamos muito antes de saltar de 100km para uma distância maior, como é o caso das 100 milhas."
O bom conhecimento do mercado fez com que Asef apostasse na boa aceitação desta nova distância entre os ultramaratonistas brasileiros e latinos. Para ele, com a criação das 100 milhas, esses atletas não precisarão mais viajar para correr essas grandes distâncias.
"Observávamos a grande quantidade de brasileiros que iam correr provas de 100 milhas no exterior, como nos Estados Unidos, por exemplo, onde há mais de 100 competições deste tipo. Planejávamos realizar uma prova dessa aqui, com poucos corredores, algo em torno de 30, mas não imaginávamos tamanha procura em três dias após a abertura das inscrições, em maio último", disse o diretor da INDOMIT.
Essa procura surpreendeu positivamente a organização, que refez seu planejamento de segurança e parte técnica, com aumento de equipes, para atender aos ultramaratonistas.
"As 50 vagas que disponibilizamos se esgotaram rapidamente e, por causa dessa procura, adaptamos o planejamento de segurança e monitoramento para 70 participantes. Entretanto, tentamos não aumentar muito os riscos e, para preservar a integridade do ultramaratonista, colocamos o tempo limite de 28 horas para a conclusão das 100 milhas. Sonhamos com um crescimento responsável da modalidade como é no exterior”, diz Asef.