Sempre é difícil de formar um quarteto para uma corrida de aventura expedicionária. Eu e meu amigo Pedro Pinheiro estávamos procurando montar uma equipe desde outubro para a etapa do ARWS Expedicion Guarani, que será entre 4 a 12 de Março no Paraguai.Tentamos, tentamos e estávamos sem muitas opções, já que a nossa atleta Paula Barros, não poderia ir conosco nessa prova.
No dia 31 de dezembro, Diogo de Sordi entra em contato para me convidar para a Expedicion Guarani e descubro que ele já tem a integrante feminina e precisa de dois atletas. Então estava pronta a nossa formação para o ARWS Paraguai: Eu, Pedro Pinheiro, Diogo De Sordi e a paraguaia Leticia Morro. Virada de ano espetacular com muita alegria.
Como não nos conhecíamos e Leticia nos convidou para uma prova de 120km em San Bernadino (40km de Assunção), nos programamos e no final de semana 28, 29 e 30 de Janeiro fomos participar do PY Aguazu Aventura. Lideramos a primeira parte da prova que foram 3km bike, 7km canoa canadense, 25km de Trekking e voltamos mais 7km de canoa até as bikes. Pegamos um novo mapa, e aí não consegui navegar bem. Os mapas utilizados não escrevem a escala e o que vale para eles é que o quadrante vale por 1 quilômetro. Mas na minha cabeça não entendi direito essa parte, pois achei que os dois mapas viriam com a mesma escala. Mas não, o primeiro mapa era de 1:50 000 e o segundo veio na escala de 1:100 000.
Outro detalhe também foi que havia ruas no mapa que não existiam no terreno, onde também perdemos uns 20'. E pra ajudar, veio também uma desitração que mostrou os sintomas repentinamente por causa do ar seco e derrubou 3 da equipe, inclusive eu. Por isso tive que passar o mapa para meu parceiro Diogo (o único que não desidratou) que estava sem porta mapas e navegou super bem. Em umas 3 horas de lentidão e paradas para recuperação, anoitecendo, voltamos a pedalar e eu voltei a navegar. A bike fluiu e nenhuma equipe nos ultrapassou. Conseguimos conquistar o 3°lugar com um gostinho de poder mais.
Enfim, nosso objetivo era de conhecer a equipe, ver onde podemos diminuir tempo, treinar mais tal parte, sincronizar o ritmo dos 4 membros. E mais uma grande lição de aprendizagem com o clima seco e mapa feito de uma forma diferente.
Apesar de o Brasil, não ter mais uma prova do ARWS desde 2015, temos ao nosso lado uma prova com alto nível de percurso e evento em si, e também com o preço mais barato de inscrição do ARWS, mas infelizmente com poucas equipes do Brasil participando. Claro que nós estamos financeiramente cortando muitos gastos, mas sempre é bom fazer um esforço a mais e aproveitar essa oportunidade de uma corrida de aventura dessas.
Bom, vamos lá. Em março estaremos na largada e se tudo der certo, completando essa prova tão técnica e bonita, com alegria.