A terceira edição da Expedición Guaraní, corrida que faz parte do AR World Series, teve como base a cidade de San Bernardino, a cerca de 50 quilômetros da capital paraguaia Assunção. Assim como ano passado, os atletas ficaram hospedados em casas particulares de alto nível, onde tiveram espaço e liberdade para se preparar para a corrida.
Alguns dos grandes diferenciais da prova são os serviços e atendimento oferecido aos atletas antes, durante e depois da competição. Os primeiros dias foram voltados à checagem de equipamentos e verificação de documentação. Os atletas também puderam testar a melhor forma de prender as bicicletas ao corpo para a realização do rapel no meio da corrida.
Com a mudança de data, a corrida deste ano foi completamente diferente em relação ao clima. Ano passado os atletas enfrentaram muito frio em alguns dias, mas este ano o calor sufocante e o sol forte foram constantes durante toda a semana de competição.
No dia anterior à largada a organização ofereceu um tradicional churrasco paraguaio a todos os atletas, assim como os moradores locais fazem aos finais de semana. Com os equipamentos quase prontos e sem os mapas em mãos (que foram entregues apenas horas antes da largada), os atletas puderam desfrutar deste conforto com tranquilidade.
O diretor do AR World Series, Craig Bycroft, esteve acompanhando de perto todos os detalhes da organização da prova.
A equipe sul-africana Cyanosis não deixou para ninguém e liderou a prova de ponta a ponta. Em alguns momentos chegou a abrir 100 quilômetros em 24 horas de vantagem. Além da força fisica, a navegação certeira do capitão Nicholas Mulder foi um dos diferenciais que levou a equipe ao titulo de campeã.
As equipe brasileiras Tubaína e Nossa Vida andaram bem durante a toda a corrida. Conseguiram se manter no primeiro grupo durante boa parte da prova, mas assim como todo mundo, acabaram perdendo tempo à procura do PC28, o posto de controle mais difícil de ser encontrado e que definiu muitas posições.
Mesmo assim, a Nossa Vida conseguiu navegar melhor e foi galgando posições dali em diante, garantindo a segunda colocação na Expedición Guarani 2017 e a melhor posição de uma equipe brasileira em uma etapa do AR World Series – leia o relato da equipe neste link.
E esta não foi a prova para a Columbia Vidaraid. Alguns dos integrantes em algum momento tiveram problemas intestinais e tiveram que parar diversas vezes para descansar e tentar se recuperar. Mesmo assim a equipe continuou a fazer força e a cada quilômetro percorrido ela se aproximava das equipes à frente.
Uma penalização de 2 horas por esquecer o rastreador obrigou a equipe a parar novamente na última área de transição. Mas a principio isso não foi ruim, porque os atletas aproveitaram para descansar um pouco mais antes do "tiro" final. E se a prova fosse alguns poucos quilômetros a mais, eles talvez tivessem alcançado a Nossa Vida, chegando apenas 12 minutos atrás.
E como nas outras edições, ao final da prova os atletas foram levados para jantar em um rodízio de carnes e o evento se encerrou com festa!