O nome do equatoriano Gonzalo Calisto aparece como confirmado no UTMB 2020, o que seria uma grande volta do atleta ao evento no qual foi desqualificado por doping após a conquista do 5º lugar em 2015. Posteriormente a IAAF o baniu das competições por 2 anos (encerrado em março de 2018).
E para garantir que não haja desconfiança sobre sua performance novamente, desde o fim da sanção, Calisto participa voluntariamente do programa Quartz, da ITRA, que acompanha e monitora atletas de elite do trail running. Clique aqui para conhecer o programa.
Entendendo o caso
Calisto foi submetido a teste antes do 2015 IAU Trail World Championships em Annecy, França, e foram encontrados valores atípicos (n.e: em caso de doping confirmado, a nomenclatura usada é anormal).
Uma das justificativas por essa diferença seria devido ao fato dos equatorianos viverem em alta altitude e o atleta argumentou que está sempre treinando acima dos 5.500m. Sua participação é autorizada.
Neste mesmo ano o atleta terminou o UTMB em 5º lugar e foi submetido a teste de urina após cruzar a linha de chegada. Um ano depois, em 2016, a IAAF o listou como sancionado por uso de doping, pedindo sua desqualificação de provas a partir da data do UTMB (agosto 2015) e o banindo de março 2016 a março de 2018.
Em comunicado posterior ao banimento, a ITRA divulgou em comunicado que sabia dos níveis atípicos dos atletas meses antes das duas provas citadas acima e acompanhava o atleta, mas diz que sua responsabilidade não é de sancionar ou não o banimento e sim, assegurar a desclassificação dos atletas nas provas dentro do periodo ditado pela IAAF.