Tudo começa muito antes do início da prova. É preciso conhecer o local, pesar muito bem as adversidades e principalmente, garantir a segurança das equipes. Cada detalhe deve ser levado em conta. Foi assim que nestes últimos finais de semana trocamos o trabalho pela conversa frouxa, o computador por um bom e velho par de tênis e os compromissos todos pelo prazer de caminhar, observar e conhecer.
E caminhamos tanto que até nos acostumamos ao acizentado da paisagem. Perdemos a conta das porteiras que abrimos e fechamos e quantas e quantas vezes fomos e voltamos pelo mesmo lugar. Checamos mapa, descobrimos algumas trilhas e descartamos outras. Nos perdemos um par de vezes, mas até disso tiramos proveito.
Acompanhar a montagem de uma competição como essa, feita com tanta dedicação e responsabilidade, é também dar-se conta de que apesar de tão acostumados com a vida na cidade, nossa essência está no mato, no convívio com a natureza.
Na subida da serra às 3h da manhã, nos detivemos algumas vezes para apreciar as estrelas e as luzes da pequena cidade. Ouvir o acauã, sentir o cheiro da terra e descobrir as trilhas de sementes que as formigas carregam a noite toda, mas que abandonam assim que o sol nasce pra recomeçar na noite seguinte. Incrível como o silêncio da montanha chega a ser ensurdecedor!
E eu, como acompanho as corridas de aventura há um bom tempo, sei que organização, orientação, força, rapidez, preparo físico e companheirismo são requisitos básicos para os competidores. Sei também que além de superar os próprios limites físicos e emocionais, o trabalho em equipe é fundamental para um bom resultado. Isso sem falar no equilíbrio de forças e na harmonia das personalidades dos integrantes da equipe. É preciso buscar o meio termo entre razão e emoção. Manter o sangue frio é importante mas é importante também que alguém seja todo motivação, que chame pra briga, que mantenha o espírito de competição. Cada um com suas vantagens e virtudes que devem ser usadas a favor da equipe. Mas o maior facilitador pra tudo isso é que nossa adaptação à natureza é nata! E mesmo alguém como eu, que não curte tanto a corrida quanto é apaixonado pela aventura, pode dizer com certeza que é imperdível!
Rosemary Guillen – empresária
Organização Try On Adventure Meeting/RN
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