Uma nova equipe, com uma proposta diferente, está sendo formada pelo atleta José Pupo. Além do objetivo de conquistar bons resultados a equipe estará trabalhando junto com a Fundação SOS Mata Atlântica na coleta e análise das águas por onde a equipe passar. A Fundação SOS Mata Atlântica é uma entidade privada, sem vínculos partidários ou religiosos e sem fins lucrativos e seus principais objetivos são defender os remanescentes da Mata Atlântica, valorizar a identidade física e cultural das comunidades humanas que os habitam e conservar os riquíssimos patrimônios natural, histórico e cultural dessas regiões, buscando o seu desenvolvimento sustentado.
Mario Mantovani, da Fundação SOS Mata Atlântica, e José Pupo, capitão da nova equipe |
Segue abaixo a entrevista com José Pupo, capitão da nova equipe:
1 - A Fundação SOS Mata Atlântica é bastante conhecida pelo trabalho
realizado em todo o país. O uso do nome será somente institucional?
Não, o projeto prevê atuação da equipe na preservação do meio ambiente,
com ações concretas e sólidas. Estaremos participando no ano de 2006 do
Projeto Rede das Águas. Será uma ótima experiência, visto que somos
canoístas de formação.
2 - Como serão realizados esses trabalhos e a duração deles?
Nossa missão será colher e analisar a água de todos os cursos d'água que
a equipe passar no ano de 2006, seja em treinamento ou em competição.
Além disto, em alguns locais específicos, estaremos firmando parcerias
com entidades locais (ONG's, Escolas, etc) para fazer acompannhamento da
qualidade das águas por 24 meses, criando assim futuros polos de
preservação ambiental. Todos os resultados de nossas pesquisas serão
divulgados ao público.
3 - Como será a formação da nova equipe?
Teremos 6 atletas de percurso: Zé Pupo, Márcinho, Macuco, Fabinho,
Cinthya e mais uma atleta feminina a definir; e 4 atletas de apoio: Fátima, Adriana, Jesus e mais um apoio masculino a
definir.
Quase a totalidade dos integrantes mora em São Paulo e o caráter principal da equipe é a curtição da preparação para as provas (todos somos unâmines que o mais gostoso das corridas é a preparação para as provas, a convivência entre os amigos, e o trabalho em equipe) e a vontade de atuar de forma mais concreta pela preservação do meio ambiente, além é claro, da vontade de disputar para valer as corridas.
4 - Qual será o objetivo da equipe para os próximos anos?
Por se tratar de uma nova formação, temos que ir galgando aos
poucos cada degrau. Desta forma, pensamos primeiro no cenário nacional,
e não deveremos sair do país neste primeiro ano. Queremos batalhar muito
para, quem sabe, terminar o ano entre as 5 equipes melhores colocados no
Ranking Brasileiro de Corridas de Aventura. O circuito Brasil Wild e o
Ecomotion Pro serão nossos principais objetivos.
Queremos também fazer todo o possível para colaborar com a SOS Mata Atlântica no projeto Rede das Águas. Estamos muito empolgados com a possibilidade de estar fazendo algo de concreto pelas nossas águas.
Para finalizar, outro objetivo muito importante é solidificar uma estrutura profissional de equipe, atuando em parceria com Parceiros, Apoios e Patrocinador, para que todos atinjam plenamente seus objetivos com este projeto.
5 - Quando acontecerá a primeira participação da equipe?
Seguramente nosso primeiro compromisso confirmado é a primeira etapa do
Brasil Wild 2006, porém estamos estudando a participação em outros
eventos, mas por enquanto, não temos nada definido, são apenas
possibilidades.
6 - Qual sua opinião sobre o cenário das corridas de aventura no Brasil
hoje?
Acredito que as Corridas estão evoluindo bastante. A APCA já é uma
realidade, e com certeza trará grandes benefícios para o esporte. Nós
brasileiro temos a chance de inovar no mundo, e ser vanguarda, já que
mesmo no exterior as Corridas são organizadas como shows, onde o
objetivo principal é atender aos objetivos do Organizador.
Acho que já é o momento para darmos o devido valor aos atletas e os aspectos competitivos. O atleta deve ser privilegiado, afinal ele é quem vai para campo, e faz com que tudo se realize. Acredito ser possível conciliar os objetivos da organização e dos atletas, e o Brasil Wild 2005 é a maior prova disto.
Temos muito a trabalhar, mas confio que teremos um regulamento que preserve o lado competitivo, do atleta, além de muitas outras ações que vão ajudar no crescimento organizado das Corridas, e na preservação do meio ambiente.
Falando sobre as equipes, acho que 2005 consolidou definitivamente o cenário que se desenhou em 2004 (excessão do Ecomotion Pro em Itacaré), firmando Oskalunga Brasil Telecom como a principal equipe do país, muito bem vigiada pela Mitsubishi QuasarLontra e Cligth Salomon Atenah. A Saracura, quando pôs a "cara a bater", como diz o Zé Caputo, não decepcionou.
Temos também equipes emergindo, como Caverá, Pata da Cobra, OZ, que já se juntam a Selva, Curtlo Lobo Guará e Try On Landscape, entre outras, como canditadas a incomodar o pessoal da ponta.
Enfim, temos tudo para tornar o Brasil em um dos principais polos das Corridas de Aventura do mundo. O Ecomotion Pro promete muito, e tem conquistado os gringos com percursos dinâmicos, lindos e inteligentes, e nossas equipes já estão conquistando o seu lugar ao sol nas provas internacionais. Estamos nos profissionalizando e nos unindo, e o cenário é de muita motivação e alegria, com o desenvolvimento das Corridas pelos quatro cantos do país.
Mais informações:
SOS Mata Atlântica - www.sosmatatlantica.org.br
Projeto Rede das Águas - www.rededasaguas.org.br
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