Primeira etapa do Circuito Brasil Wild 2006 exigiu muita técnica e força fisica

Por Wladimir Togumi - 14 Mar 2006 - 03h15

A primeira etapa do circuito Brasil Wild 2006 contou com a presença de 59 equipes vindas de 11 estados brasileiros, dispostos a enfrentar os 167 quilômetros de percurso pelas cidades de Monte Verde, Extrema e Joanópolis, na divisa dos estados de São Paulo e Minas Gerais.

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Durante toda a semana a região sofreu com fortes chuvas e uma das incógnitas era se iria acontecer o mesmo durante a prova mas assim como aconteceu na etapa Paraty, São Pedro resolveu ajudar a organização, atletas e demais envolvidos no evento e não choveu durante a corrida.

A região montanhosa, localizada na Serra da Mantiqueira, exigiu bastante preparo físico e técnico dos participantes, que enfrentaram um sobe e desce constante durante todo o percurso, a pé e também com as bicicletas.

Mas o sucesso das equipes dependeu também da agilidade dos seus apoio, ainda mais em um prova dinâmica como essa, com grande quantidade de transições e um tempo bastante restrito de deslocamento em algumas etapas.

A vitória ficou com a equipe Mitsubishi Salomon QuasarLontra (SP), com o tempo de 23:59h, já considerado o bônus de 2:00h por ter encontrado o PCV 6A. Em segundo lugar ficou a SOS Mata Atlântica (SP), conquistando um ótimo resultado em sua estréia, e em terceiro, a NSK Kailash Selva (SP).

A Camelos Sinergia (RJ) foi a terceira a cruzar a linha de chegada mas a equipe optou pela estratégia de fazer uma portagem e não buscar o PC Virtual, que daria o direito do bônus de 2 horas.

A corrida - A largada aconteceu na modalidade de ride´n run, com um cavalo para cada equipe. Após 3 km os atletas deixaram os cavalos e seguiram de trekking em direção ao PC1 e primeira área de transição.

O que seria uma transição rápida se tornou um descanso cedo para algumas equipes, como a Try On Landscape (SP), por exemplo, que teve que esperar que seu apoio fosse buscar seus equipamentos. Com a grande quantidade de equipes e o pouco espaço disponível, alguns carros foram obrigados a parar longe do posto de controle.

As primeiras equipes terminaram o trecho de bicicleta em aproximadamente 1:30h e chegaram na Fazenda Nossa Senhora Aparecida para o início da primeira seção de canoagem em duck, passando por algumas corredeiras sem muitas dificuldades.

Apesar de remar bem, a equipe Phaternon (ES) teve que enfrentar outra dificuldade: uma das embarcações furou e os atletas se viram obrigados a carregá-lo nas costas pela estrada de terra até a próxima transição. Thiago Mol, capitão da equipe capixaba, tinha optado por remar sem os tênis e fez todo o trajeto descalço, revezando a carga com seu companheiro de equipe.

A equipe Oskalunga (DF) terminou o trecho de remo às 12:58h, seis minutos à frente da Mitsubishi QuasarLontra (SP). Em terceiro lugar chegou a SOS Mata Atlântica (SP), com apenas dois minutos de diferença do segundo colocado.

De volta às bicicletas os atletas começaram a subida até o PC4, no alto da Serra do Forja. Nesse ponto iniciou o trekking mais difícil da corrida, onde os atletas seguiam pela crista da serra até a Pedra do Lopo, onde iniciava a descida em direção ao PC6/AT5.

Além da escuridão as equipes que vinham mais atrás tiveram que enfrentar uma forte neblina que lhes permitia enxergar somente alguns metros à frente, tornando a navegação muito mais difícil e diminuindo cada vez mais a chance de passar pelo horário de corte no PC9.

O vento forte e a navegação exigente da canoagem entre os PC’s 6 e 7 tirou muitas equipes da corrida. Entre elas estava a Oskalunga (DF), que se perdeu e abandonou a prova.

Até o PC8 as equipes fizeram um trecho de trekking curto, mas com muita subida, de onde partiram de bicicleta para a ascensão na Cachoeira dos Pretos. Mesmo com a mudança do horário de corte para duas horas mais tarde, poucas equipes conseguiram chegar a tempo de fazer a subida nas cordas. A equipe Yak’s Raja Fitness (MG) chegou apenas 8 minutos depois do horário de corte depois de perder aproximadamente 5 horas na procura do PC Virtual na represa.

Depois das cordas as equipes voltavam para suas bicicletas e seguiam até o PC11/AT9, de onde seguiam de trekking até o rapel na Pedra Redonda e para a chegada na cidade. Mas nem todos seguiram pedalando até a última transição. Rafael Campos, capitão da equipe QuasarLontra, chegou empurrando sua bicicleta, que já vinha quebrada desde a outra etapa. Com o cubo da roda traseira danificada o pedal girava em falso, só restando a opção de empurrá-la nas partes planas e subidas.

E nesse ano já é segunda vez que ele termina a prova com a bicicleta quebrada. No mês passado o quadro da sua bicicleta quebrou quase no final da prova.

Desistências – das 59 equipes que largaram na manhã de sábado, 41 desistiram ao longo do percurso. Algumas delas tinham condições de continuar mas não conseguiriam completar o percurso no tempo limite determinado pela organização e foram proibidos de prosseguir.

Mais informações: www.brasilwild.com.br


Cobertura realizada com apoio:

Wladimir Togumi
Por Wladimir Togumi
14 Mar 2006 - 03h15 | sudeste |
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