Sábado dia 13 de Maio largada pontualmente às 19:00hs: saí correndo pelo asfalto rumo a Serra do Forja. Peguei uma estrada de terra e no quilômetro 5 entrei numa trilha à esquerda e começa o desafio.
Comecei a subir a serra por uma trilha em mata fechada, e sobe sobe sobe, e sobe sobe e sobe. Vocês devem estar sentindo falta do plural, pois é... É uma prova solitária, fiz 70% do trajeto sozinha. Era lerda demais para o pelotão da frente (nem preciso dizer que o meu querido marido estava nesse pelotão da frente né...) e um pouco menos prego que os que estavam láááá atrás.
Enfim, cheguei ao cume... Nossaaaaaaaa desliguei a lanterna. A Lua se encarregou de iluminar meu caminho!!! Do lado esquerdo a lua cheia, no chão eu estava caminhando por cima das pedras e do lado direito a cidade lá embaixo toda iluminada, que lindo!
Bom, entrei na mata fechada de novo, lanterna ligada novamente e dá-lhe perna... Correr porque agora era só descida. Desci, desci e desci e cai na estrada. Corre mais que é plano e toda aquela galera que passei na subida, encostou e passou por mim na descida (óóóóóódio), bom, calma que ainda falta...
No quilômetro 16... entramos numa trilha e saímos num vale e quando olhei para cima vi uma lanterninha lááááááá no alto, no topo do morro.
Caracas, tem que subir tudo isso, meeeeeu que subida...
Usei os 4 apoios para subir, e quando comecei a subir a galera que tinha me passado estava ali e um deles disse:
- Vamos descansar um pouco!
Aí eu respondi:
- Não, vamos devagar mas vamos continuar andando. Não podemos deixar o corpo esfriar.
Eles resolveram ficar. Eu fui, porque corredor de aventura não pára para descansar certo? (risos) Subi muito, e passei mais alguns na subida, sabia que quando chegasse no topo teria que despencar lá para baixo como uma maluca, porque a galera quando terminasse a subida viria igual uns retardados para me passar de novo.
Bom, fiz força na subida e não poupei o joelho na descida que no final das contas nem reclamou. Desci e passei mais alguns na descida, encontrei quase no final com 2 corredores e viemos juntos conversando e correndo até o final.
Cruzei a linha de chegada feliz da vida e comemorei com o Robinson que, é claro, já tinha chegado faz tempo né...O animalzinho fez em 2:58hs.
Ficamos super felizes pois meu objetivo era completar essa prova que é a 2a pior do circuito (a 1a. é a de São Sebastião que ainda está por vir, alguém se habilita?).
Segundo a galera que fez a etapa de Extrema no ano passado, dessa vez o Fábio (organizador) não alivou... Essa etapa foi de matar!!!
Mas o melhor ainda estava por vir...
Vimos só uma parte da premiação e fui me trocar para voltarmos para SP, estava começando a ficar com frio.
Quando fomos lá nos despedir do Fábio, veio a surpresa... Eu era a campeã na minha categoria (35 à 39 anos).
Nem acreditei!!! O Robinson gritava tanto, comemorou mais do que eu!!! Fiquei muito feliz, porque atingi o meu objetivo e da melhor forma possível.
Aconselho todos fazerem pelo penos uma das etapas do circuito. É muito legal e um excelente treino para quem quer fazer provas longas. Encontramos alguns corredores de aventura por lá, não é difícil identificá-los né... Vestuário bem conhecido de todos nós.
Agradecimentos:
Robinson: muito obrigada pela torcida, foi fundamental, como sempre. E parabéns, seu tempo foi realmente muito bom, estou super orgulhosa.
Selva Aventura: pelos treinos, vocês... Não tenho palavras. Vocês são show!
Neaf: Dr. Gustavo, obrigada por cuidar do meu joelho, seu trabalho foi realmente excelente.
Sandra Simoes
Equipe UIRAPURU
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