Aconteceu nos dias 20 e 21 de maio uma prova sem precedentes na capital baiana. Um desafio que mobilizou 72 atletas em uma verdadeira aventura urbana. No dia 20 de maio aconteceu a largada da pré-qualificação, realizada nas trilhas do Parque Metropolitanode Pituaçú. No percurso de orientação, montado exclusivamente para o evento, os atletas correram para encontrar prismas de controle dispostos ao longo do terreno.
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Esta pré-seleção determinou uma tomada de tempo que seria transformado em penalidade na corrida que aconteceria no dia seguinte. Quem pensou que na prova urbana o elemento navegação teria seu peso diminuído, teve uma grande surpresa com essa pré-qualificação. A melhor equipe foi a Gantuá que, com uma navegação impecável, obteve êxito em 1h43m, seguido pela Makaira em segundo e Espírito Selvagem em terceiro, todas estas coletaram todos os prismas. Já era noite quando a última equipe saiu das trilhas.
Após o primeiro dia de aventuras, os atletas se reuniram para discutir os últimos detalhes da prova com a organização. Foi durante briefing ocorrido no píer do hotel Sol Victoria Marina que além de informações da prova, os atletas puderam apreciar a culinária tailandesa ao som da banda Tudumundo. Na oportunidade ainda foram exibidos vídeos de etapas do CNA – Circuito Nordestino de Aventura e da final nacional do TryOn Adventure Meeting.
21 de maio, domingo
7h00 - Concentração -
Foi no Shopping Aeroclube Plaza Show que todas as 21 equipes, separadas em 13 quartetos e 8 duplas, se encontraram para buscar as informações sobre os postos de controle da prova. Momentos antes da largada, as equipes plotaram os postos de controle e receberam os race books. Última chance para as equipes de apoio ajustarem toda a logística para a prova.
Expectativa a mil, um dia perfeito com céu azul e poucas nuvens, um visual deslumbrante do mar dali de cima do morro da área verde, local escolhido para largada da competição
9:10 - Largada - Finalmente chegou a hora da largada. Antes do apito inicial houve uma homenagem ao montanhista Vitor Negrete com 1 minuto de silêncio, devido a seu falecimento na tentativa de escalar a face mais difícil do Monte Everest sem o auxílio de oxigênio.
A largada foi na modalidade de Bike'n Run, seguindo pela orla marítima e entrando no parque de Pituaçu onde chegaram na área de Transição (PC 01) a aproximadamente 6km. A primeira equipe quarteto a chegar foi a Makaira com apenas dois minutos de vantagem para o segundo colocado. Já nas duplas a equipe Batráquios alcançou este posto em primeiro.
As equipes partiram de trekking em direção ao Quartel do 19º BC e na seqüência do trajeto encararam uma pista de orientação onde tiveram que coletar 5 pontos de prisma. Neste trajeto além das trilhas, as equipes tiveram que enfrentar travessias de lagos por pontes de cordas e ainda descidas em túneis de treinamento militar para recolher os prismas.
Saindo do 19º BC (PC 02) de mountain bike, percorrendo 12km no total, os atletas desceram as ladeiras do Cabula em direção ao Aquidaban, e subiram para o PC 03, situado no plano inclinado no Santo Antônio, e seguiram para o PC 04 no Elevador Lacerda. Nessa altura da prova o centro histórico da cidade de Salvador já havia sido invadida por uma multidão de corredores com suas bicicletas envenenadas. Este trecho determinou um dos melhores visuais de toda a Baía de Todos os Santos, onde encontram, na Igreja da Conceição da Praia, mais um PC 07 /AT, deixando as bikes.
Da Conceição, elas se prepararamm com equipamentos para a natação e foram de trekking até o Solar do Unhão num percurso de 800m, onde cairam na água e seguiram nadando por mais 1 km até o píer do Victória Marina (PC 08). Ao chegar os atletas enfrentaram ainda uma tiroleza que os levava direto ao mar em busca de um PC-submarino, que foi uma das novidades dessa prova.
Subiram as escadas do Victória Marina até o terraço e realizam um rappel muito lindo com 105 metros de altura, o ponto mais alto de técnicas verticais de Salvador. Neste ponto pagaram a penalidade da pré-qualificação (do dia 20, sábado), e seguiram de trekking por 500 m até a Igreja da Vitória (PC 14), no largo da Vitória, onde realizaram mais uma transição com apoio.
De montain bike, os atletas seguiram em direção a um PC bem escondido nos entrames do bairro da Barra, e seguiram por 2,6km para o Farol da Barra, já pela tarde, com a bela vista do farol da barra e o céu mais azul do mundo. Em um trecho rápido e de muitas descidas, deixaram as bikes, trocaram algumas roupas, pegaram o colete salva-vidas e o capacete – equipamentos obrigatórios para a próxima modalidade, e partiram.
Os competidores seguiram por 6,7km pulando pedras e correndo na areia, onde alguns ressaltaram a beleza dessa costeira “parecia que eu não estava em Salvador, e sim na trilha da Cachoeira do Sossego, na Chapada Diamantina”, disse Sabrina Castro, da equipe Espírito Selvagem. Passaram pela orla inteira, vindo da Barra, Ondina, Rio Vermelho e no Quartel de Amaralina, eles pegaram mais um PC e trocaram de modalidade: primeira vez em Corridas de Aventura que se aplica o PC-Buzú (PC19), onde o competidor pode pegar um ônibus até o próximo trecho ou seguir de trekking. Neste trecho aconteceram muitas situações engraçadas vivenciadas pelas equipes que, dentro de um ônibus, sujos, suados, cansados, deixavam as pessoas curiosas, perguntando “moça, o que é que tá acontecendo?”.
Os atletas desceram do ônibus no Jardim dos Namorados (PC20), percorrendo mais 3,4 km, onde o apoio já os espera para o próximo trecho. Nessa altura da prova os favoritos já se consolidavam: na categoria quarteto a equipe Gantuá passou em primeiro, seguida 33 minutos depois pela equipe Espírito Selvagem. Nas duplas a equipe Extreme 2 já estava 19 minutos à frente da segunda colocada, a equipe Brabus Insanos.
Seguiram então para a busca de mais um PC técnico, localizado nas entrâncias do bairro da Pituba. Após este PC 21 as equipes seguiram para os fundos do Centro de Convenções, onde estava localizado o PC 22. Este trecho da prova foi o mais veloz da competição donde foi possível observar verdadeiros “rachas” entre algumas equipes da prova. Um dos mais emocionantes foi a da Caiporas com a Aventureiros do Agreste, sendo que desta vez a primeira se saiu melhor.
A primeira a chegar foi um quarteto, a Gantuá Integral Médica Rhanc Fitness, uma equipe favorita que desde o ano passado têm mostrado sua competência, ganhando o circuito 2005 e neste ano levou a 1ª etapa do Tryon Adventure Meeting – Paletada 2006. A equipe fez a prova em um tempo que superou a previsão dos organizadores em 20 minutos, completando em 6h32 minutos.
Na categoria Dupla, uma novata comemora a vitória, a equipe Extreme 2, chegou às 18:02 hs e terminou a prova em 8h52m comemorando muito, pois foi a primeira prova que dupla participava.
Num total de quase 50 km de competição, envolvendo 7 modalidades esportivas em um só dia, e sendo uma prova técnica, com trechos de bastante navegação, muita decisão de percurso, trechos rápidos com ladeiras, sempre acompanhada de paisagens belíssimas e visuais deslumbrantes, a prova foi marcada por grandes surpresas e acima de tudo muitos momentos divertidos.
Além do percurso inusitado a prova também teve inovações no campo das provas sociais, onde todas as equipes tiveram que conseguir um doador de sangue. Ao todo foram arrecadados cerca de 21 litros de sangue colhidos em um banco de sangue de Salvador.
Mais informações: www.paletada.com.br
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