Cosa Nostra Caverá no AR World Championship 2006

Por Redação - 05 Set 2006 - 00h16

A equipe de corrida de aventura Cosa Nostra – Caverá, uma das duas equipes a representar o Brasil no Adventure Race World Championship- ARWC 2006-, que tinha como um dos integrantes o convidado Rafael Melges da equipe PARADOFOBIA, não terminou a prova de aventura mais difícil do mundo. Depois de inúmeros problemas com equipamentos e suplementos alimentares extraviados pela companhia aérea, tentaram resolver esse imprevisto alugando equipamentos a um valor maior que o de compra e contar com a ajuda da organização com empréstimo de alguns equipamentos, a equipe acabou desistindo da prova no quinto dia de competição.

“Logo no início da prova havia um trecho muito técnico de mountain-bike sobre pedras. Aí já sentimos a falta de alguns equipamentos extraviados e que não conseguimos repor. Perdemos oito horas só nesse trecho, tempo precioso em uma prova tão desgastante como essa”, relatou Rafael.

A partir de então, as coisas só pioraram para a equipe brasileira, que foi pega de surpresa por uma mudança de clima que trouxe chuva forte. Já atrasados em algumas horas, a equipe acelerou o passo, mas sempre encontrando muita dificuldade pela frente. “Falei com o organizador e ele me disse que escolheu o percurso mais difícil e que quis levar os atletas até o limite”, comenta Rafael. Na primeira noite, os quatro integrantes dormiram apenas 15 minutos.

A prova também não foi somente sacrifícios, alguns poucos momentos de diversão ajudaram a relaxar os membros da equipe. “Depois da largada de Kickbike, fomos para um canion muito bonito e divertido. Acho que a única parte da prova de pura diversão, com vários saltos de cachoeiras, escorregadas em tobogãs naturais e água muito gelada e transparente”, lembra Rafael.

No quarto dia de prova a equipe prosseguiu fazendo downhill de mountainbike com ventos congelantes. Ao chegarem ao posto de controle da Canoagem, a organização teve que deixar as equipes aguardando devido a um problema com a logística dos caiaques que estavam demorando pra chegar. Dessa forma, foram mandadas para outro PC e tiveram que passar a noite por lá e aguardar a decisão da organização. Depois de 10 horas parados e por já estarem no quinto dia de prova sem comida, sem dinheiro, equipamentos que não estavam acostumados a usar e próximos ao corte devido ao tempo, a equipe decidiu não prosseguir na prova, evitando correr riscos maiores.

“Até ali já estava bom. Valeu muito a pena ter participado da prova, deu para entender porque essa é a prova mais difícil do mundo”, finaliza Rafael.

O atleta, que tem como patrocínios a Cobra Automotiva e a Puma, volta para sua equipe de origem, a Paradofobia, que tem como próximo desafio o Ecomotion Pro, a maior corrida de aventura da América do Sul com 500 quilômetros de percurso.

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05 Set 2006 - 00h16 | geral |
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