O Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira – PETAR é um paraíso da aventura: Cavernas, Rios, Cachoeiras, Trilhas de mata fechada, Single tracks de bike muito técnicas, que fez com que a orientação fosse chave na prova. Foi neste cenário deslumbrante que fizemos nossa 2ª prova preparatória para o Ecomotion PRO 2006.
Largamos de bicicleta do centro de Apiaí, em direção ao PC3, na comunidade de Ribeira, onde faríamos a transição para os ducks. A bike seria muito técnica, se fosse seca, mas a chuva acabou transformando tudo num grande empurra bike, com tombos cinematográficos (eu mesmo tomei um que me deixou tonto uns 10 minutos). Chegamos ao PC3 em 10º lugar, embolados com a Na trilha e a Yak’s.
No meio da canoagem, fizemos uma parada estratégica para realizar uma travessia dentro de túneis na antiga mina de chumbo PLUMBUM. O Emerson e o Carlos André foram para a mina, e eu e a Vivi fomos plantar 2 mudas de árvore, parte das atribuições da prova. Saímos em 9º lugar, buscando não deixar as equipes da frente abrir, pois o trekking seria chave nesta prova, pois seria à noite e em trilhas de mata bem fechadas.
Ao sairmos do PC7 (mina), encontramos uma corredeira forte, e a equipe Na trilha parada na margem sem um bote. Eles perderam um duck, que ficou preso a um tronco no meio da corredeira. Descemos a corredeira, com a ajuda do Felipe e do Góes, e nos juntamos ao resto da equipe Na Trilha na margem. Depois de conversarmos um pouco, demos uma carona para eles até o outro lado do rio, onde passava uma estrada. Na estrada, a Na trilha saiu da prova, e nossa equipe decidiu fazer uma portagem de 9 km, para evitar novas corredeiras noturnas, pois o rio estava perigoso.
Mesmo sem saber, acabamos tomando a decisão certa, pois as equipes passaram sufoco descendo o rio no escuro. Mesmo perdendo 1 hora para as equipes que optaram por descer o rio, optamos pela segurança. Chegamos em 9º lugar ao PC8, com uma chuva de molhar a alma (choveu a prova toda, sem dar trégua). Fizemos uma transição rápida, e já saímos para o Trekking decisivo. Chegamos ao PC9 ainda em 9º lugar, mas bem fisicamente, e preparados para a travessia pela mata fechada.
Nesta perna, navegamos com segurança e precisão, e chegamos ao final da travessia da floresta PC10, em 6º lugar. Aceleramos o ritmo em busca da 5ª colocada, que estava 1 hora na nossa frente. Chegamos ao PC11 25 minutos atrás, pegamos nossas bikes e fizemos o downhill para a sede do parque. Chegamos 18 minutos atrás da Cosa Nostra, e corremos para fazer a travessia da caverna, buscando o 5º lugar. Qual não foi nossa surpresa quando achamos a Cosa Nostra voltando pelo caminho da caverna, pois um integrante de sua equipe não passou pela fenda, e eles acabaram por desistir. Desta forma, herdamos o 5º lugar sem precisar lutar.
A partir daí, foi só curtir a travessia da caverna, que é maravilhosa, cheia de caminhos sinuosos, com um final sensacional: um grande salão no fim do percurso!! Maravilhoso.
Pedalamos para a chegada sem maiores preocupações, pois a equipe que nos perseguia estava 3 horas atrás da gente, e a Papaventuras estava 1 hora na nossa frente. Cruzamos o pórtico de chegada após 24 horas de prova, muito felizes e animados coma 5ª colocação.
Parabéns à organização do Brasil Wild (Júlio, Alemão e equipe) pela prova montada: modalidades adicionais, como duck em corredeira, travessia de cavernas, e bóia cross acabaram por deixar a prova bem atraente. Além disso, navegação constante, trekkings técnicos com mata fechada e um visual fantástico.
Agradecemos muito às empresas que nos apóiam: Academia Competition, Curtlo, Ciclovece e Half Dome.
Um abraço e até a próxima aventura.
Equipe Competition Aroeira
Por Renato Tumang