Marumbi Depimiel.com vence a última etapa da Extremaventura e fica com o título da temporada

Por Redação - 20 Nov 2006 - 11h29

A temporada 2006 do Circuito Extremaventura, válido pelo ranking paranaense de corridas de aventura, será lembrado pelos 144 participantes da Etapa Itambé – Caminhos de Balsa Nova, como um momento de glória para poucos e muito “perrengue” para a grande maioria.

Ao final dos 65,9 quilômetros da prova mais difícil do ano, a equipe Marumbi foi a primeira a cruzar o pórtico de chegada, na fábrica da Cia. de Cimento Itambé, em Balsa Nova, por volta das 17h45, exatas 8h04min27s após ter ouvido a buzina de largada da prova, na região da jazida que fornece calcário para que a Itambé seja uma das principais empresas do setor no Brasil.

A Marumbi corre o Circuito desde a temporada 2003 e conquistou seu primeiro título de temporada. E a vitória só confirmou um ano quase perfeito, com três vitórias e um terceiro lugar. Na prova de sábado, os integrantes do time revelaram ter sido uma vitória que exigiu esforço, adrenalina e persistência.

Clodoaldo Adriano Pasquini, capitão da Marumbi relatou que foi o percurso mais difícil das últimas cinco etapas promovidas pela Extremaventura. “As condições climáticas complicaram ainda mais o percurso montado pela organização, que foi muito exigente”, ponderou Pasquini. “Pegamos muito sol”, completou.

O atleta se mostrou surpreso e satisfeito com os desafios montados pela direção de prova, para disputa da corrida de sábado. Embora a navegação tenha sido muito exigente, ele elogiou o posicionamento dos PCs, que estavam bem colocados e orientados. O visual, foi um show a parte na opinião de Pasquini. “Os trechos escolhidos pelo Julio (Camargo, organizador) são realmente muito belos”, opinou o capitão, lembrando que o título é mais que merecido, pois a Marumbi venceu três das quatro etapas. “Só não vencemos Ponta Grossa”, ponderou o campeão, que recebeu o troféu da organização do evento. Com o título da etapa, a Marumbi levou para casa um cheque de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais).

Na segunda colocação, ficou o quarteto da Tramontrip, que recebeu R$ 800,00 (oitocentos reais) por ter completado a prova em 9h03min50. O terceiro melhor tempo foi do quarteto Paranaventura, com 10h02min42, e levou pra casa um cheque de R$ 500,00 (quinhentos reais). Os demais times não completaram todo o percurso da prova.

Na categoria Expedição, o título da Etapa Itambé ficou com a equipe Saracura-Anfíbios, de Três Coroas (RS), que completou o percurso em 8h32min47, recebendo um cheque de R$ 800,00 (oitocentos reais). O segundo lugar foi para a Aventureiros do Fogo I, que chegou após 9h08min31, embolsando um cheque de R$ 600,00. Completando o pódio, o terceiro lugar ficou com a Aventureiros do Fogo II, após 10h27min43s de muito esforço e o prêmio de R$ 200,00. Todas as outras equipes não completaram o percurso.

Entre os times da categoria Aventura, o título foi para a Bike Aventura, de Ibirama (SC), que completou os 40,8 km de percurso em 8h06min50. Eles ganharam como prêmio a inscrição gratuita para a etapa inicial da temporada 2007. Em segundo, chegou a dupla Amigos da Copel, de Curitiba, com 8h08min37 - levam pra casa um desconto de 50% na inscrição para a primeira etapa do ano que vem e mais duas mochilas da Extremaventura. Em terceiro, ficou a Papaléguas, com 8h18min50. Eles ganham 25% de desconto e mais duas mochilas da Extremaventura.

A seguir chegaram as equipes: Vegetarianos e Furiosos (8h19min02), Tomb Rider (8h19min56) e em sexto Pangea (10h01min22). As demais não completaram o percurso.

Todos os premiados receberam ainda troféus e medalhas especialmente confeccionados para a Etapa Itambé – Caminhos de Balsa Nova.

A prova - Após as checagens de equipamentos e materiais obrigatórios, e a entrega do chip de verificação de tempo aos capitães das equipes participantes, às 9h da manhã todos os participantes embarcaram em ônibus da organização no ponto de encontro agendado, que foi a fábrica da Cia. de Cimento Itambé, seguindo pelos 21 km que ligam uma área à outra da empresa: a jazida ou mina.

Quarenta minutos depois de deixarem a fábrica, e já posicionados para o início do desafio, foi acionada a buzina de largada para os competidores das três categorias. Os primeiros a partirem foram os atletas da categoria Pro (quartetos mistos). Exatamente às 9h40, eles partiram para percorrer os cerca de 65 quilômetros de prova. Cinco minutos depois, foi a vez das duplas da Expedição, que enfrentariam o mesmo percurso, largarem. Finalmente, às 9h50, as 36 duplas da Aventura partiram para vencer o percurso de 40,8 quilômetros previstos para sua categoria.

Rapidamente, os primeiros quartetos da Pro alcançaram o primeiro Posto de Controle (PC), situado próximo a uma das curvas do Rio Açungui. Eles demoraram pouco mais de vinte minutos para vencer os primeiros cinco quilômetros de bike, embora algumas equipes tenham tido problemas de navegação e perdido algum tempo.

No Açungui, as últimas equipes entraram por volta das 10h40, partindo para os oito quilômetros e meio de remada. Em virtude da pouca quantidade de chuvas dos últimos dias na região, o rio estava com baixo volume de água, o que significou mais esforço para os competidores.
Entre o PC2 e o PC3, os competidores tiveram que enfrentar uma íngreme e exigente subida de serra, por uma estrada de terra. O calor na região era a principal reclamação dos atletas, naquele momento da prova.

A Tramontrip, equipe da categoria Pro, segunda em sua categoria a alcançar o PC3, estava muito animada, principalmente com o visual muito belo da região. Porém, consideraram que os 29 graus de temperatura daquele momento e a subida muito exigente, era desgastante para o grupo.

Na categoria Expedição uma guerra entre bombeiros. Os militares do Paraná, contra um bombeiro civil do Rio Grande do Sul. Marciel Soares, o catarinense que corre pela equipe Saracura-Anfíbios (RS), enfrentava seus colegas de profissão do Paraná. E naquele momento da prova os paranaenses lideravam, com cerca de 13 minutos de vantagem sobre a dupla Saracura, que assinou o PC às 12h45.

No PC5 a liderança entre os quartetos da categoria Pro, seguia com a Marumbi. Eles assinaram a planilha do posto às 13h51. Na cola, vinham os Aventureiros do Fogo (14h10) e logo depois apareceu a Tramontrip (14h15).

Já para a categoria Aventura, vantagem para a Pé na Trilha. A dupla foi rápida e às 12h54 já assinava o PC4, correspondente ao PC5 da prova mais longa. Logo depois passaram por este PC, a Bike Aventura, (13h09) e Papaléguas (13h29).

Entre as duplas da Expedição, a liderança estava com o time Aventureiros do Fogo I chegou ao PC5 às 13h35, seguido pelos garotos da Saracura (14h04), e a Aspira, que chegou ao PC5 às 14h08.

A equipe Nefelibatos foi a primeira a ser cortada da prova. Embora quisessem continuar, a direção de prova convenceu-os a se retirar, pois Márcio Lazar sofreu um corte na cabeça, atingido por espinhos quando estavam remava no Açungui, e a direção preferiu cortá-los.

No fim da tarde, por volta de 17 horas, com os competidores ainda em meio a trilhas, escarpas e montanhas, a região onde fica a fábrica da Itambé, foi atingida por uma tempestade. A chuva torrencial, aliada a rajadas de ventos em várias direções, causou muitos contratempos na estrutura montada no estacionamento do restaurante da fábrica da Itambé para a chegada dos atletas.

Os equipamentos de informática do Emit (sistema de verificação do tempo das equipes), e a aparelhagem de som teve que ser transferida para o espaço Afisc. Apesar do contratempo, os problemas foram contornados.

Percalços e belezas - A dificuldade da prova ficou patente com o alto número de desistências e declarações dos atletas neste sentido. Os problemas variaram desde a falta de manutenção de parte do equipamento utilizado por atletas até um inusitado ataque de enxame de abelhas. Um dos principais “problemas” relatado pelos atletas diz respeito ao grande número de subidas. “Existe tanta subida neste trecho da bike, que ao invés de mountain bike temos que empurrar as bicicletas morro acima”, choramingou Diego, da equipe Hedgehoges.

A exigência ainda foi acentuada pelo grande número de subidas nos trechos de trekking e mountain bike. Trilhas em meio à mata fechada e a ocorrência de chuvas a partir da segunda metade da prova deixou a competição ainda mais escorregadia em diversos trechos.

A direção de prova ainda foi obrigada a cancelar a prova de caving (caminhada em cavernas), para resguardar a segurança dos atletas.

Mas mesmo a exigência do percurso e o “choro” de alguns atletas, um bom número de participantes demonstrou o espírito aventureiro. Além de elogiarem justamente as dificuldades montadas pela direção de prova (íngremes subidas e trechos novos e cheios de adrenalina), esses atletas elogiaram a escolha de locais por onde a prova passou pela sua grande beleza cênica natural.

Mais informações: www.extremaventura.com.br

Redação
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20 Nov 2006 - 11h29 | sul |
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