Conheça os vencedores do Circuito Potiguar de Corrida de Aventura

Por Redação - 25 Nov 2006 - 13h09

A idéia de encerrar o Circuito Potiguar de Corridas de Aventura – CPCA/2006 com um grande desafio, foi com o objetivo de testar o nível de evolução e de condicionamento físico das equipes e para que os atletas sentissem o quanto é necessário um bom treinamento neste esporte. Com esse propósito, formou-se uma parceria entre os organizadores da Expedição Carcará e da Trilhas Pé-de-Poeira e juntos organizaram a etapa final “O DESAFIO CPCA”, que teve como palco o Sertão do Seridó, a bela cidade de Acari, conhecida como a cidade mais limpa do Brasil, situada a 210 km de Natal, região dotada de uma rara beleza natural com suas formações rochosas e do grande açude Gargalheiras.

Às 22:30h, com a presença do vereador Sr. Israel (representante do prefeito da cidade Dr. Juarez) e do secretário de turismo Sr. Sérgio Enilton, iniciamos o briefing, com a apresentação de vídeo sobre a cidade, fotos da região e uma explanação com o detalhamento sobre a prova.

Às 00:30h, as equipes largaram dispostas a cumprir um percurso de 112 km para a categoria expedição e 72 km para a categoria aventura, nas modalidades de trekking, mountain Biking, canoagem, montanhismo com duas áreas de Técnicas Verticais (1ª área: escada de cordas, rappel (10m), ascensão em Corda Fixa (15m) e outro raprel (20m); 2ª área: via ferrata (70m) e rappel (50m)), travessia a nado e orientação com bússola.

No primeiro trecho da prova, um trekking de aproximadamente 12 km, aparentemente de fácil transposição, as equipes foram surpreendidas pela dificuldade na navegação, que seria realizada à noite e por um terreno bastante acidentado, com diversas opções de “trilhas”, conhecidas no interior do estado como “vaquejadores”. Após esse trekking, as equipes chegaram a primeira área de transição (PC 02/AT 01) na fazenda Pinturas. Algumas equipes só atingiram esse PC ao amanhecer, onde pegaram as bikes e seguiram em busca de um posto de controle virtual no Sítio Papagaio e depois se dirigiram ao Povoado Bulhões, próxima área de transição (PC 04/AT 02).

Ao chegar em Bulhões, as equipes deixaram suas bikes e seguiram em canoas caiçaras num percurso de 7 km pelo Gargalheiras. Ao final da canoagem, a categoria expedição iniciou a primeira área de técnicas verticais (uma escada de cordas, um rapel-10m, uma ascensão em corda fixa-15m e outro rapel de 20m). Ao sair desse último rappel, pegaram um pequeno trecho de cânion (0,6 km) e subiram a Serra do Abreu, passando pela casa de Zé Trovão - PC Virtual e agora, descendo a Serra, seguiram para a Pousada Pé da Serra, onde deram início à travessia a nado de 1,3 km até o outro lado do Gargalheiras.

Ao chegar à outra margem, as equipes partiram para um pequeno trecho de trekking, aproximadamente 4 km, mas considerado pelas equipes o mais duro da prova, a subida para o PC 09 - das repetidoras de TV, localizado no topo da Serra de Lagoa Sêca, com cerca de 600 m de altitude. Essa subida da Serra foi responsável pela desistência de grande parte das equipes. Engano para quem pensava que a “dureza” havia acabado, agora iniciariam a descida da Serra em direção a Bulhões, onde teriam que pegar as bikes. Uma trilha bem fechada que em certos momentos desaparecia no meio das “Juremas” (vegetação típica da caatinga) e que as equipes tiveram que transpor até achar a trilha novamente. Para as equipes que conseguiram vencer a subida - “SE SUBIR FOI RUIM, DESCER FOI MUITO PIOR - pois tiveram que enfrentar este percurso no início de mais uma longa noite de aventuras.

Após esse esforço enorme de subir e descer a Serra de Lagoa Sêca, as equipes retornaram ao povoado Bulhões para mais uma “perna” de mountain biking, agora com destino à Serra do Maracajá, onde as três equipes restantes, passaram das 22:00 horas às 05:00 da manhã para localizar o PC 11 - Virtual no alto da serra, batizado pelos fiscais de PC das Trevas, onde as equipes foram surpreendidas com uma conferência de equipamentos obrigatórios.

A prova foi considerada por todos os atletas como a mais difícil e bem organizada de todos os tempos, tanto que dos 15 PC's colocados na prova, apenas 03 equipes conseguiram chegar ao PC 11 e uma no PC 10, após 30 horas de prova. Devido ao imenso tempo gasto na busca deste PC 11, por volta das 05:30h organização e capitães das equipes que ainda permaneciam na prova, resolveram encerrar este verdadeiro desafio neste PC, uma vez que não havia tempo suficiente para que elas passassem pelo penúltimo PC antes do ponto de corte, previsto para às 06:30h no PC 13 que também era a chegada da prova, localizado Terminal Turístico de Gargalheiras, quando dariam início a parte de montanhismo com o 2º trecho de técnicas verticais - uma via ferrata de 70 mts e um rappel de 50 mts.

Das equipes que largaram na categoria expedição, apenas quatro receberam classificação, sendo: 1º lugar - Bike Sport/Os Potiguares; 2º – Tapuias/Platinum; 3º lugar - Bike Aventura/Terra do Sol e em 4º lugar - Corpo Livre Aventura.

Na categoria aventura, a classificação foi: 1º lugar – Rapanui 50º; 2º lugar – Fortcola ZN Adventure; 3º lugar – Ei Ta Perto? E 4° lugar Trinca, Mas Não Quebra.

No próximo ano o CPCA promete colocar provas de até 72 horas no Circuito, e convida a todas as equipes do Brasil para prestigiar este circuito e provar um pouco do verdadeiro espírito da Corrida de Aventura que tanto vem se banalizando pelo nosso país.

Mais informações: www.cpca.com.br

Redação
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25 Nov 2006 - 13h09 | nordeste |
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