(Editado) AKSA e ARS São Francisco vencem o Pro Aventura Ipeúna

As equipes ARS São Franscisco (masculina) e AKSA (mista) venceram neste domingo (20) a segunda etapa do Circuito Pro Aventura 2007, realizada na cidade de Ipeúna, em uma prova bastante dura, com muita subida, opções estratégicas logo no começo, bastante navegação e bem longa. A primeira equipe cruzou a linha de chegada com aproximadamente 7 horas de prova, e para permitir que todos pudessem cruzar o pórtico, diversos cortes foram criados ao longo do percurso.

Como os mapas foram entregues na noite de sábado, as equipes tiveram bastante tempo para planejar sua estratégia e arrumar os equipamentos, mas poucos minutos antes da largada algumas delas ainda trocavam informações sobre as melhores opções de caminho para chegar nos postos de controle.

A chuva fraca que caiu durante a madrugada e a garoa no começo da manhã pareciam querer contrariar a previsão de sol para o domingo e sob o céu nublado e ameaça de chuva, as equipes largaram do centro da cidade para os 55 quilômetros de corrida, sendo 45 quilômetros de mountain bike e o restante de trekking e caverna.

Logo na largada as equipes tiveram a opção de escolher entre dois caminhos para chegar no PC1, um mais longo, mas com um bom trecho em asfalto e subidas pouco íngremes e uma mais curta, mas com uma subida forte. Apesar da diferença, as primeiras equipes de cada caminho chegaram praticamente juntas no posto de controle.

E para chegar no PC2, mais uma decisão estratégica deveria ser tomada: encarar um trecho com bastante navegação por meio de canaviais e diversas estradas ou optar por um caminho mais longo pela estrada principal, mas sendo necessário subir e descer a Serra de Itaqueri, alcançando um desnível de aproximadamente 350 metros. Isso levando em conta que para alcançar o outro PC eles deveriam subir a serra novamente. Enquanto as equipes tomavam suas decisões e seguiam por caminhos diferentes, a Mitubishi QuasarLontra perdia um tempo importante consertando um pneu furado e acabou passando no PC1 em último lugar.

A ARS São Francisco não pensou duas vezes e decidiu pela força física, assim como a Lebreiros e a Trópicos AON Solo, e a estratégia a princípio deu certo. Ela foi a primeira a assinar o PC2 e comemorou bastante, mas para surpresa de todos, seis minutos depois a Mitsubishi QuasarLontra apareceu pelo canavial, fazendo uma prova de recuperação e assinando em segundo lugar.

As líderes foram alcançadas pela Paradofobia e as três equipes andaram juntas durante o restante da prova formando um pelotão à parte e bem distante dos outros participantes. Em quarto lugar na classificação geral vinha a equipe Saci, garantindo a liderança na categoria mista. O céu nublado da largada já não era mais lembrado e a previsão se confirmou e o sol forte e o calor começou a ser mais um desafio para os atletas.

No PC5 as equipes deixaram suas bicicletas e iniciaram o trecho de trekking e caverna. Montado estrategicamente no alto de um morro, o local do posto de controle permitia uma visão panorâmica da região e ajudava também na visualização do melhor caminho a ser seguido, mas a pressão de não deixar nenhuma equipe desgarrar e se distanciar do pelotão de frente fez com que as líderes seguissem juntas pelo caminho mais longo. Sem pensar muito, quando a primeira começou a descer a montanhas as outras seguiram atrás.

Ao contrário das primeiras colocadas a Barbabrothers perdeu um bom tempo até conseguir decidir o que fazer. Os atletas olhavam o mapa, apontavam em direção ao PC, subiram e desceram o morro, tentaram rasgar o mato, voltaram para o PC e depois de tudo isso acabaram seguindo pelo mesmo caminho dos líderes. No pouco tempo que fiquei no local, apenas a equipe Saci fez o caminho previsto pela organização.

E as equipes novamente subiram a Serra de Itaqueri, desta vez a pé para chegar na primeira caverna da prova, a Fazendão, formada por 4 salões. Para ajudar na navegação, as equipes receberam um croqui com algumas referências para no PC.

Em seguida as equipes seguiram caminhando até a segunda caverna, conhecida como Boca do Sapo, formada por arenito e com um impressionante pórtico de entrada de 30 metros de altura. Sem saber que as equipes chegavam e saíam pela mesma trilha, um carro foi deixado próximo ao começo dela, e os atletas acharam que dificilmente isso aconteceria e passaram a procurar pela entrada da trilha certo em outros lugares, perdendo quase uma hora na busca.

Paradofobia e QuasarLontra foram as primeiras a chegar na caverna e quando estavam saindo, a ARS chegou. "Vamos pegar eles", dizia Arthur Rizzi para seu companheiro de equipe enquanto desciam a trilha de volta. Na hora de voltar para as bicicletas a Paradofobia optou por descer pelo pasto e tentar um caminho mais curto ao invés de voltar para a estrada, o que acabou sendo uma decisão ruim. A ARS conseguiu ultrapassar as duas equipes no trekking e foi a primeira a pegar as bicicletas. "Nesse trecho conseguimos impor um forte ritmo, e abrir uma grande vantagem, pois era um trecho de bastante subida, nossa especialidade no mountain bike", disse Leonardo Ribeiro. A QuasarLontra tinha o segundo lugar garantido mas teve novamente um pneu furado e foi ultrapassada pela Paradofobia.

Na categoria mista a Saci, que liderou toda a prova, perdeu a corrida no final. Os atletas pegaram a trilha errada para chegar na Boca do Sapo e foram ultrapassados pela ARS São Fransciso Mista e pela AKSA, que acabou conquistando a vitória após um série de dificuldades para conseguir largar (ouça áudio no menu lateral).

A próxima etapa está programada para acontecer no dia 28 de julho em local a ser definido em breve. Esta será uma etapa noturna e exigirá muito mais dos navegadores, além de ser uma época de frio.

Classificação Parcial
Dupla Mista
1 - AKSA (Merrell / Mormaii Eyewear / Ciclovece - Central de serviços)
2 - Saci
3 - ARS São Francisco Mista

Dupla Masculina
1 - ARS São Francisco
2 - Paradofobia
3 - Mitsubishi QuasarLontra

Informações: www.proaventura.com.br

Por Wladimir Togumi
21 Mai 2007 - 00h40 | sudeste |