Para quem conhece as provas da Chauás, é fácil imaginar o perrengue que esta por vir, quando o próprio Lucas diz que a navegação seria difícil. Dito e feito, foi cruel com todas as equipes que acordaram num sábado chuvoso para largar em mais uma prova animal!
O pedal inicial foi tranqüilo e fizemos os 30km em um bom tempo e logo deixamos as bikes para iniciar o primeiro trekking e primeiro desafio. Seis quilômetros até a travessia do rio, que estava gelado mas bom para reanimar e entramos na trilha rumo ao PC 3a. Tudo estava lindo e de acordo com nossos azimutes até encontrarmos duas casas. Confirmamos o caminho com os moradores e ouvimos as instruções de sempre: “Pode ir sempre reto que a trilha é boa” Hahahaha, que trilha?
Pouco mais adiante embolamos com nossos amigos Senta Pua, Goiabada Power, Guaranis, Tatus, Lobo Guará e outras tantas equipes que buscavam o ponto certo para começar o vara mato.
Os Guaranis acharam uma trilha e fomos com eles. Não durou muito para ficarmos rodando para achar a saída dessa trilha, até que decidimos traçar um azimute e começar a brincadeira. A mata era bem fechada e cheia de espinhos. Insistimos sob a liderança do Togumi e do Marco e caímos em uma “avenida” que nos levou à estrada e enfim ao PC.
Depois de vários tombos, barulhos estranhos no mato e muita água, iniciamos os 11km de remo para encontrar a maravilhosa caixa. Perguntei ao PC como estava a maré e para que lado o rio estava correndo. Ele disse que tínhamos dado sorte e que o rio estava parado naquele momento. Bom, foi só colocar o duck na água e olhar pra frente que vejo uma “ilha de mato” descendo o rio com bastante velocidade. Isso anunciava as 3h de remo contra a corrente e com duck murcho que enfrentamos.
Chagamos no reabastecimento às 23h e saímos molhados mesmo para fazer novamente a natação e colocar a roupa seca antes de entrar na mata de novo. Secos e aquecidos, fomos em 8, Guaranis e Uirapuru, determinados em achar o PC4.
Poucos minutos depois, tivemos que atravessar outro rio e as roupas secas já estavam molhadas novamente. Achamos as trilhas, a ponte de bambu e o rio. O Togumi e o Marco pareciam loucos atrás da trilha que deixava o rio e logo estávamos no caminho certo.
Porém, daí pra frente, foram só tentativas...
Ficamos das 00h até as 7h procurando a trilha certa e o ponto para começar o vara mato e nada. Calculamos o tempo e vimos que iríamos terminar a prova muito tarde, isso sem nenhum erro. Resolvemos voltar a pé até as bikes e finalizar a prova.
Como sempre, aprendemos muito e vimos que temos que confiar mais na nossa navegação e que aquela região é um pântano.
Valeu equipe, por mais esta.
Valeu Guaranis pela companhia e pela ajuda.
Valeu todos os amigos que encontramos nas trilhas
Valeu Ciclo Caravelle por cuidar das nossas bikes e olha que dessa vez elas estão sujas, hein!
Que venha a próxima na Chapada.
Aprendi com uns caras aí: É bom porque é ruim. Seria melhor se fosse pior!
Abraços
Rafael Niro