Muito frio e dificuldades de navegação na etapa noturna do Circuito Pro Aventura
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Talvez tenha sido a lembrança da corrida noturna do ano passado, quando a previsão de chuva era nula, mas acabou caindo uma tempestade, e por isso decidiram não arriscar.
O começo da manhã na cidade já dava uma amostra do que aconteceria à noite: neblina, vento e frio, muito frio.
Na tarde de sábado aconteceu o briefing e os atletas receberam as últimas informações sobre os cuidados a serem tomados durante a prova, como a travessia de pontes de madeira antigas e o que fazer quando estivessem próximo ao trilho de trem e o mesmo estivesse passando.
A largada estava prevista para as 19h00, mas meia hora antes eram poucas as equipes presentes em frente ao Museu Zequinha de Abreu, montado em uma antiga estação de trem, com data de construção de 1889, e local da largada e chegada da prova.
Ou elas se atrasaram na arrumação dos equipamentos ou se programaram para ficar o menor tempo possível parados no frio, que já intenso e que era aumentado ainda mais pelo vento gelado. Gorros, luvas, fleeces e anoraks foram equipamentos “obrigatórios” para conseguir pelo menos largar.
Os atletas pedalaram em comboio até a saída da cidade, quando foi soada a buzina de largada e os atletas desapareceram rapidamente na escuridão.
A organização já previa uma grande dificuldade na navegação neste começo de prova, principalmente após o PC1, mas para a equipe WRR1 o desafio começou cedo. Os atletas perderam a entrada da trilha certa e foi a última equipe a passar no PC1, algumas horas atrás do primeiro colocado.
Realmente a dificuldade prevista aconteceu, mas foi além do que a organização esperava. A grande maioria das equipes “bateu cabeça” para encontrar o caminho correto e por volta das 23h00, apenas 5 delas tinham passado pelo PC2.
Com as dificuldades e o frio, outras tantas decidiram voltar para a cidade e abandonar a prova, entre elas as equipes Bactéria, ARS São Francisco (mista), Voitto e Pé Vermelho.
Nesse mesmo horário a equipe Lente do Céu chegava no PC3, local da primeira transição. Formada por atletas locais, a dupla fez a transição e partiu ao longo do trilho de trem em direção ao rapel com aproximadamente uma hora de vantagem da segunda colocada, a ARS São Francisco.
As duplas Saci, primeira mista, e Irmãos Metrilhas foram as próximas a chegar na transição e completar o pelotão que conseguiu passar no horário de corte. Nesse meio tempo a organização já iniciava a busca das outras equipes. Felizmente não choveu e o céu estava limpo e claro, iluminado pela lua, que mudava de crescente para cheia. Era até possível andar com as luzes apagadas.
Nessa confusão de equipes perdidas logo no começo da corrida, um dos fatos que chamou a atenção foi a classificação de equipes menos tradicionais, como a Botucudos, na frente de outras mais conhecidas. Infelizmente a equipe de Botucatu teve diversos pneus furados e ficou sem câmaras sobressalentes, e foi obrigada a desistir.
Apenas um dos atletas fazia o rapel na ponte férrea (PC4) e a equipe se reunia novamente no final da descida para seguir em frente. A equipe Lente do Céu enfrentou dificuldades de navegação neste trecho e perdeu a posição para a ARS, que além de conseguir diminuir a diferença, abriu mais quarenta minutos de vantagem e foi a primeira a cruzar a linha de chegada. Arthur Rizzi, capitão da equipe, disse que encontrou mais dificuldades de navegação entre os PC's 4 e 5 do que no trecho anterior.
Entre as equipes mistas a vitória ficou com a Saci, formada por Rui Seabra e Clarita Balestrin, e a única da categoria a conseguir passar no horário de corte e fazer o rapel.
A última etapa do circuito 2007 está prevista para acontecer no dia 30 de setembro em local a ser definido.
Classificação Final
Dupla Masculina
1 – ARS São Fransciso
2 - Lente do Céu
3 – Irmãos Metrilhas
Duplas Mista
1 – Saci
2 – Lebreiros
3 – Wild Turkey
Mais informações: www.proaventura.com.br
31 Jul 2007 - 00h42 | sudeste |
