Uma prova tão esperada e uma aventura tão inesperada... Plagiando o relato da Luli (Equipe Uirapuru)
Sobre nossa ida e volta de ônibus , vide relato 'Relapso' da Equipe Uirapuru.
Briefing:
Ficamos felizes e adrenados ao ver tantas equipes boas e de outros estados presentes na Chauás. Provas com característica de expedição (onde os atletas devem ser auto-suficientes) e onde a experiência faz a diferenca.
Ficamos comovidos com o comentario emocionado do Lucas sobre o fogo destruindo a Chapada. A natureza, que cria também destrói com uma força enorme que nos faz refletir o que somos diante dela: nada!
Projeto Social:
Turma que Faz - Doroty Marques diretamente de São Jorge, uma mulher impressionante que se apaixonou pelo lugar e resolveu ficar para desenvolver trabalhos de arte, cultura e educação com as crianças locais. Um trabalho simplesmente lindo! Ainda bem que existem pessoas assim, dispostas a mudar um pedacinho do mundo no mundo.
Largada:
Após um minuto de silêncio (a Chapada estava de luto) pedido pelo organizador, ele falou emocionado: 'Senhor, abençoe essa corrida e proteja esses atletas... 10,9,8,7...'
Iniciou a contagem regressiva da prova tão esperada por todos nós.
PC1:
Saímos num trekking que seria nossa única modalidade na prova. Após um trekking lindo, dificil, sob um sol escaldante, muito calor e ar muito seco, chegamos ao PC1.
Lá tivemos a triste notícia de que vários ducks estouraram devido ao forte calor, e que por isso deveríamos esperar a chegada dos ducks que estavam sendo utilizados pelas outras equipes, haveria um revezamento. Até aí tudo bem.
O que pegou mesmo foi que o prazo de espera agora (após discussões, sugestões e votações) seria de no mínimo 12 horas.
Dormiríamos no PC1 e no dia seguinte pela manhã haveria uma nova relargada, com todas as equipes saindo ao mesmo tempo.
Um nova sugestão foi dada no lugar da relargada, que então as equipes fossem saindo conforme a ordem de chegada no PC1, para não prejudicar quem tinha chegado primeiro e beneficiar quem tinha chegado depois. Novamente uma votaçao e a maioria optou pela relargada do dia seguinte.
Conversamos entre nós (Apoena, Guaranis I e II) e optamos por desistir da prova e seguir de trekking até o PC7 (local da largada - São Jorge - 35km) e de lá até Alto Paraíso com o próprio ônibus da organização ou de outro jeito.
Comunicamos o Doc Ive sobre nosso plano e seguimos.
Nos divertimos muito com possíveis abduções de Et's, boiadas, algumas competições internas com barulhos estranhos e um bando de gente à toa junta, imaginação não faltava... Se ela fosse usada para o bem... rs
Fizemos nosso 'treininho de trekking' e encerramos nossa aventura no PC7.
No caminho encontramos o ônibus, e 3 de nossos atletas resolveram pegar carona até São Jorge. E de lá 2 deles, seguiram de bike até Alto Paraíso, o outro ficou dormindo mesmo e por isso está devendo flexões pra equipe. Brincadeira, ele está super cansado e foi a melhor escolha, porque o trekking foi bem desgastante.
Apenas uma observação importante. Foi publicado na cobertura on-line o texto abaixo:
"As equipes Apoena, Guaranis e Guaranis II resolveram abandonar a prova, sem dizer nada a ninguém do PC1.
Entretanto, Lucas ainda quer oferecer a possibilidade de eles continuarem na prova, a partir do PC7, de onde partiriam para um MTB.
As equipes partiram para um trekking e estão incomunicáveis. Elas não concordaram com a decisão da maioria de permanecer no PC1, até às 4h, para então partirem ao remo."
Não saímos de lá SEM DIZER NADA A NINGUÉM DO PC1, como foi relatado. Não somos irresponsáveis a ponto de abandonar a prova e não avisar a organização. Sabemos muito bem o que isso acarreta.
E também não estávamos incomunicáveis, o Doc Ive e organizador sabiam onde estávamos e para onde íamos. Inclusive cruzamos com o carro do organizador, várias vezes pela estrada durante o trajeto.
Sandra Simões
Equipe Apoena