Relato da Equipe Bororos Adventure Team (DF), na Expedição Chauás Chapada dos Veadeiros

Por Renato Leonardi - 14 Set 2007 - 18h58
Gostaria de relatar, a seguir, a experiência de participar da Expedição Chauás, realizada entre os dias 07 a 09 de setembro do corrente, na Chapada dos Veadeiros, GO. Minha equipe, a Bororos Adventure Team (DF), ainda com pouca experiência nesse tipo de competição, gostaria de parabenizar o organizador do evento, o Lucas Gerônimo, por colocar em prática o sonho de se deslocar da infra-estrutura característica do Sudeste para os flancos do Planalto Central. Apesar de ter havido acaloradas discussões sobre os desdobramentos da prova (relargada, cortes, etc.), além do infortúnio dos ducks furados e da queimada, é sempre auspicioso contar com grandes provas de corrida de aventura na região. Esperamos que o Centro-Oeste possa entrar no calendário das competições do gênero no calendário nacional. A largada, como era de se esperar, aconteceu num dia belíssimo de sol da Chapada. Como se tratava de terreno amplamente conhecido por nós, times de Brasília, logo nos dirigimos à entrada da Fazenda Raizama, que sabíamos que nos daria boas-vindas para o enorme trekking que nos aguardava. Seguimos pelo lado direito do Rio São Miguel, enquanto percebemos que a maioria das equipes permaneciam na margem esquerda do mesmo. Ou isso significava uma decisão temerária ou uma excelente estratégia de navegação. Em pouco tempo, vimos que a opção havia nos dados frutos positivos: alcançamos uma trilha ao longo do rio e por ela seguimos, rapidamente, até o começo da estrada. A partir daí começou o pesadelo de quem é iniciante: dificuldades na navegação. Por termos treinado majoritariamente em cartas de escala 1:50.000 ou 1:25.000, começamos a sentir o peso da corrida após 4 horas de trekking pelo fantástico canyon do S. Miguel. A escala do mapa da corrida nos pregava peça a cada avanço. E os Bororos pensaram em estar perdidos em diversos momentos. Mas continuamos nossa saga até entender que o Tocantinzinho ainda nem havia mostrado sua cara. Por fim, após quase 6 horas de caminhada, chegamos ao PC1 e, para surpresa, estávamos em 34a posição, o que nos deu certo alento para a próxima etapa, a perna de canoagem. Tal alento, como todos que lá ficaram, foi logo diluído pela notícia de que não haveria duck suficiente para todos nós e que teríamos de lá dormir, ao relento. A relargada, na linda manhã de sábado, contemplou talvez uma das mais belas provas de canoagem que conheço. Minha equipe, por possuir uma integrante com pouco conhecimento na categoria, teve de ir mais devagar, o que nos fez acabar os 25km de canoagem no Tocantinzinho em 4 horas e meia. Reanimados com a beleza plástica do lugar (desconhecida de nós até então), partimos para os próximos 30km de bike, até o PC3. O trajeto nos brindou com um sol fortíssimo e um calor acachapante. Além, é claro, de pó, muito pó. A mistura desses elementos levou à desistência, por cansaço, de um de nossos integrantes. Os três restantes se arrastaram até o PC7, em São Jorge, para, enfim, somente um, bravamente, terminar a prova, em Alto Paraíso, na noite de sábado. Apesar dos imprevistos, o saldo da prova foi positivo. Como equipe de Brasília, achamos que o trajeto poderia ter contemplado, facilmente, parte da região de Cavalcante, Município a 80km ao norte de Alto Paraíso e conhecido por sua infinidade de cachoeiras e canyons. Que a Expedição Chauás na Chapada se repita em anos vindouros! Renato Leonardi Equipe Bororos Adventure Team (DF)
Renato Leonardi
Por Renato Leonardi
14 Set 2007 - 18h58 | sudeste |
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