Serão mais de 50 equipes, incluindo sete das oito primeiras colocadas no Mundial 2007. No percurso, 444km da largada à reta final, passando por cerca de dez cidades, do Rio de Janeiro até próximo à divisa com Espírito Santo. Mountain bike, trekking, canoagem, técnicas verticais e, este ano, também equitação, já que um trecho deverá ser com os quatro integrantes à cavalo. Desgaste físico, sono, madrugadas intermináveis, fome, luta contra o tempo que passa, contra o tempo que muda, chuva e sol, frio e calor, trovoadas. Mas para as equipes brasileiras, nada disso será problema, cada desafio é transformado em motivação. Assim é o Ecomotion/Pro 2007, etapa do Circuito Mundial de Corrida de Aventura (AR World Series), que será disputado de 18 a 27. E, a nove dias para o início da prova, a luta já começou.
“Sem dúvida o maior desafio é largar. A prova começa bem antes da largada”, garante Guilherme Pahl, capitão da equipe Oskalunga Sundown, melhor equipe brasileira em 2005, com um terceiro lugar na Serra Gaúcha, e oitava colocada em 2006.
“Agora a briga é contra a ansiedade. A expectativa é muito grande. Quando a prova começa, sempre pensamos que poderia ser pior, por isso encaramos bem todos os perrengues. Se estamos perdidos, ficamos felizes por termos, ao menos, comida. Se esta acabou, comemoramos por não estar chovendo, e assim vai”, diz Silvia Guimarães, a Shubi, capitã do quarteto feminino Atenah Natura, que conquistou o quarto lugar na edição 2006 e foi a primeira equipe brasileira a chegar.
Este ano, o Ecomotion/Pro servirá como seletiva para o Campeonato Mundial de 2008, que será realizado no Brasil no próximo ano. Garantem vaga no Mundial os dois primeiros colocados. A premiação em dinheiro no Ecomotion/Pro 2007 chega a US$ 60 mil, divididos entre os oito primeiros classificados. E, se a expectativa já era grande, a chance de conquistar uma vaga e representar o Brasil competindo em casa, aumenta ainda mais a vontade de superação na luta pelo melhores resultados.
“Nosso objetivo é terminar entre os líderes, apesar de sabermos que esta edição será a mais dura de todas. Já vai ser um bom preparo para o Mundial”, diz Rafael Campos, da equipe Mitsubishi Quasarlontra, campeã do Ecomotion Pro em 2004 e sexto lugar em 2006.
Apenas na cerimônia de abertura, no dia 20, véspera da largada, é que as equipes conhecerão o mapa da prova, informação guardada a sete chaves até o momento. Até a largada, as equipes ficarão reunidas em Búzios, norte do Estado do Rio.
“Competimos pela primeira vez no ano passado e ficávamos tentando adivinhar o percurso, porque acaba gerando uma tensão, uma ansiedade a mais. Falávamos muito disso antes da prova. Mas, este ano vamos fazer diferente, estamos focados em nós mesmo, no nosso planejamento realizado ao longo do ano, deixando o caminho para hora que tiver que ser... Agora é aguardar o dia 20. E partir para a prova. A missão é possível e o objetivo é completá-la”, diz Zé Pupo, da equipe S.O.S. Mata Atlântica.