Então, mais uma vez estamos partindo para a Ecomotion Pro, maior corrida de aventura da América do Sul. Estamos com uma caravana; Nutricionista (clinica 449), mecânico (bike cicle), fotógrafo, vídeo maker, motorista e familiares. Partimos de Brasília com um objetivo claro em nossas mentes: ser a melhor equipe do Brasil. Tudo certo para largada! Adrenalina a 1000, coração na boca mas cadê o banheiro?
Foi dada a largada, seriam aproximadamente 50km de caiaque na Baía de Guanabara, sinistro. Acredito que foi a etapa que mais judiou da equipe, nosso ritmo estava péssimo e para piorar a maré estava baixando. Gastamos um tempão procurando o tal do PPO1, que só depois fomos descobrir o significado: Ponto Para Otário. Não existia ninguém, não tínhamos que fazer nada neste ponto, vamos nessa.
Mais algum tempo remando e chegamos onde seria o local do PC1, é aqui, cadê o PC? Voltamos um pouco e percebemos que era lá mesmo, dane-se o PC1 vamos para o PC2. Ficamos imaginando o que poderia ser PC1 por que já sabíamos o que era PPO. Várias equipes bateram cabeça na mesma situação.
Estávamos descontentes mas não derrotados, fé inabalável, temos um objetivo. Pedalamos, encontramos com nosso apoio e saímos para um trekking que seria o "coelho na cartola" da equipe. Acredito que era a nossa melhor modalidade, corríamos quase todo o tempo. Neste momento da prova estávamos em 11º e éramos a 5º equipe brasileira. Na metade da etapa nos encontramos com as equipes brasileiras que estavam à nossa frente, estavam todas juntas. Fizemos uma pequena parte do trekking juntas. O tempo mudou geral, começou a chover, ventar e o frio ficou insuportável. Quando estávamos procurando a descida encontramos um abrigo e a equipe SOS Mata Atlântica. Todas pararam no abrigo e foi aquele caos, dá-lhe cobertor de emergência.
Enquanto todos se preparavam para descansar a nossa equipe estava inquieta. Vislumbramos uma chance, uma oportunidade de passar todas aquelas outras que lá estavam. Assim que todos estavam aquecidos e quase dormindo, saímos de fininho. Fomos procurar a trilha e lá estava ela. Agora vamos botar para baixo que a vantagem é nossa.
Terminamos essa etapa e encontramos a equipe de apoio, foi a maior festa, todo mundo comemorou muito, estávamos em 7º. Aproveitamos a vantagem e fizemos um longo descanso até que a equipe de trás chegasse ao PC7/AT. Assim que eles chegaram, nós saímos. A partir deste momento começamos a segurar nosso ritmo e manter uma distância confortável para a equipe que estava em nosso encalço.
Durante a segunda etapa de trekking, após o excelente trabalho de navegação do Guilherme, encostamos nas equipes Merrel (6°) e Bjurfors (5º). Disputamos o final do trekking e realizamos a etapa do cavalo juntos. Nesse momento decidimos não disputar diretamente com eles, poderíamos colocar tudo a perder. Estávamos conscientes do ritmo que as equipes estavam imprimindo e quem sabe alguma delas quebrasse e nós ganharíamos posição sem fazer força (nada feito).
Estava tudo correndo bem! Partimos para a etapa de MTB de 56km que não parecia grande coisa, mas a coisa foi ficando feia, as bicicletas já não funcionavam como deviam com tanta lama. Chegamos exaustos no AT e tivemos que dormir algumas horas para recuperar as forças. Fomos para mais uma etapa de trekking e depois era o tal carinho de rolimã.
Assim que encontramos o apoio foi a maior bagunça, vamos nessa, vai ser muito divertido, duas horinhas, pega nada, IURU!!! Mal sabíamos que nosso maior pesadelo estava por vir. Após sobreviver a um acidente da pesada, tivemos que carregar o carinho no lombo por umas duas horas. Terminamos o trecho em 4h40min. Nesse momento eu estava com um piriri lascado, coitada da equipe que estava atrás. Toda hora que parava para desenterrar o carrinho eu dava uma carimba.
Chegamos na estação e pagamos nossa última hora obrigatória. Acordei muito mal, pensei que nem completaria a prova, todo mundo estava maluco - caraca Lico o que é que você tem? Bebe isso, come aquilo e de repente pimba, botei pra fora o mal que me assolava, uma carne moída que tinha comido horas atrás. Após vomitar, parecia que tinha colocado o dedo na tomada, fiquei bom no mesmo segundo. Bora galera, vamos nessa.
Mais uma pequena etapa de bike e chegamos para a última etapa da prova, 26km de caiaque usando vela. Assim que passamos a arrebentação, levantamos as velas e foi só curtir a paisagem. Chegamos umas 11h da manhã de quinta feira. Foi só alegria e a sensação de dever cumprido. Obrigado a todos!
Agradecimentos:
Sundown Bikes, Tecfire, Top Sport, UniDF, Companhia Athletica, Clinica 449, Green's, Viva Brasília.com, VO2max, BikeCicle.
Aos apoios: Bárbara, Chicão, Fernando, Karen, Marcelo, Diana, Daniel
Especiais: Janaina, Zé Nicolau, Manoela, minha família, as famílias dos meus companheiros e a Deus
Muito especiais: Guilherme, Camila e Carrijo
Que venha 2008!
Abraço,
Lico
Mais informações: www.oskalunga.com.br
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