Organizadores relatam como foi o Desafio das Montanhas 2007

Por Redação - 23 Nov 2007 - 01h09

Quando iniciamos a montagem do Desafio das Montanhas 2007, sabíamos que não poderíamos “dar mole” na organização, pois com certeza equipes de diversos lugares do país estariam presentes, portanto teríamos um grande objetivo: agradá-los de tal forma que a presença para o evento do ano seguinte já estaria confirmada ao final da prova.

A prova teve início no dia 15/11, com a recepção dos atletas, checagem de equipamentos e briefing, onde os atletas puderam estudar os adversários, mesmo que já os conhecessem de longas datas. Para as equipes locais foi um momento de grande aprendizado, pois quando se reúnem grandes atletas em alguma corrida, dificilmente não se forma aquela rodinha de bate papo, para saber o que fazer em tal situação, o que comer, como se agasalhar e outras perguntas.

No dia 16 aconteceu a largada promocional dentro da cidade que nos hospedou, Afonso Cláudio. Os atletas percorreram 3 km por dentro da cidade para agradecer à população a recepção do dia anterior. Logo após esse trecho as bikes foram guardadas novamente nos carros e o comboio seguiu para o distrito de Aracê, aos pés da Pedra Azul, um local muito lindo, porém, a névoa que se encontrava sobre o local não possibilitou a visualização da mesma.

Às 09:50 finalmente foi dada a largada e os atletas seguiram para um trecho rápido de 13km de corrida, com as equipes se alternando  na liderança. Em seguida, pegavam as bikes e iniciavam um downhill de aproximadamente 30km até a cidade de Castelo, onde faziam a transição na praça central e novamente partiam para um trekking de 24km, sendo que 7 desse total seriam a subida da rampa de Ubá, local de renome internacional para pilotos de parapente. Após muita subida e navegação, a equipe Advogados Aventureiros e Cia chegou ao PC 4, 19 minutos à frente da Trópicos AON que liderava a categoria quarteto, mas eram apertados pela equipe da casa Sinergia, que vinha logo atrás.

Nesse ponto, as equipes iniciavam novamente mais uma perna de bike de 40 km, agora até a cidade de Alfredo Chaves, onde seria realizada a canoagem. A organização previa que as primeiras equipes terminassem esse trecho em aproximadamente 2 horas e trinta minutos, porém, os acontecimentos que viriam mudariam todo o rumo da história. Caiu uma chuva torrencial nesse trecho, obrigando os atletas a diminuir muito a velocidade das bikes, pois freios já não existiam e os tênis passaram a ser utilizados para tal finalidade. Equipes se perderam e pararam em casas para dormir, pois não tinham condições físicas e nem psicológicas para continuar. É importante lembrar que há 04 meses não caía uma única gota de água no ES, inclusive com cidades em estado de calamidade por esse motivo; até o rafting, que seria parte integrante da prova teve que ser cancelado 1 dia antes do briefing devido ao rio Jucu estar muito baixo, sem condições de descida. Com isso, as melhores equipes fizeram um tempo pouco acima de 5hs e a canoagem não foi permitida, pois a tromba d´agua que caiu deixou o rio Benevente muito perigoso, obrigando a organização a cancelar tal modalidade.

Por esse motivo, a organização decidiu que os carros pegariam os atletas em Alfredo Chaves e os levariam até Anchieta, local onde terminaria a canoagem. As equipes teriam 3 horas para fazer esse trecho de carro...e também não poderiam largar antes desse tempo acabar.

Nesse ponto era iniciado um trecho de 16 km de trekking, sem muita dificuldade na navegação, a exceção da cidade, que a equipe Team Paggo do RJ perdeu cerca de 1 h para sair da mesma. Chegando ao PC 7, as equipes pegavam as bikes e iniciavam o trecho mais duro da prova, um up hill de 48,5 km, com muita navegação e chuva. Nesse ponto algumas equipes pararam para dormir algumas horas e foi nesse momento que as equipe AKSA e Trópicos de SP se distanciaram das demais, pois seguiram em frente, debaixo de muita chuva.

Com esse descanso, a equipe Advogados se deu muito bem nesse trecho, pois todas as equipes fizeram acima de 9 horas e a Advogados conseguiu realizá-lo em 7 horas, seguindo para o trecho final de trekking mais inteira fisicamente.

Chegando ao PC 9 os atletas deixavam as bikes e iniciavam o último trecho da prova, 25km de trekking com navegação bem complicada. Algumas equipes pegaram um trecho de asfalto proibido pela organização e foram penalizados em 1h, mesmo assim isso não afetou a colocação final da prova, que teve a equipe Trópicos AON chegando em 1º lugar geral, com o tempo de 33:18h de muita chuva e vencendo a categoria quarteto. Já nas duplas, a Advogados Aventureiros se deu bem, chegando com o tempo de 33:48h e conquistando a vitória nas duplas.

O capitão da equipe Trópicos AON, Pablo Bucciarelli, elogiou muito o mapa, dizendo ser um dos melhores que existe no Brasil e que com certeza a equipe estará presente no ano que vem para defender o título. O apoio da equipe AKSA, João Bali, que não correu nessa prova por estar machucado também elogiou o nível de prova e garantiu presença em 2008. No fim, todos os atletas afirmaram que quem não veio perdeu e que sairiam falando muito bem da prova.

Após todos os elogios, tivemos a certeza que o trabalho havia sido bem feito, apesar de alguns pequenos problemas, mostramos que no ES também existe Corrida de Aventura de qualidade.

Em 2008, a prova acontecerá no feriado de Corpus Christi, de 22 a 25 de Maio e terá percurso de 320km.

Agradecemos aos nossos patrocinadores, que muito nos apoiaram durante todo o processo de montagem da prova: Oi Paggo, Prefeituras Municipais de Afonso Cláudio, Castelo, Alfredo Chaves e Domingos Martins, Cobra D’agua, Hans Matrizes Gráficas, Gravidade Zero mochilas.

Thiago Mol e Vinicius Moysés - organizadores

Mais informações: www.focae.com.br

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23 Nov 2007 - 01h09 | sudeste |
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