A equipe AKSA esteve presente no Brasil Wild Extreme. Preparado física e psicologicamente para um novo desafio, o quarteto misto embarcou rumo à Bahia convicto de uma boa performance e acreditando em seu potencial para disputar com as melhores equipes o lugar mais alto no pódio.
Escrevo este relato para esclarecer aos leitores da Adventuremag e admiradores do esporte que o ocorrido com a equipe não foi uma simples desistência ou incapacidade de encarar tal desafio. No inicio da prova, sabidamente dura e bela, tivemos um problema inesperado e diferente dos que normalmente tiram uma equipe da uma prova, como falta de forma física ou uma simples desistência.
Nossa mais dura provação foi ter de abandonar uma prova, para a qual nos preparamos muito, por conta de uma cólica renal, uma pedrinha no rim da atleta Carla.
No final do primeiro trecho de remo, eu (João) e Carla ficamos no PC 0, enquanto Ricardo e Guilherme partiam com tudo para o PC 1 levando consigo a segunda embarcação. Já na chegada do remo e início do trekking, de aproximadamente 12km, Carla começou a sentir fortes dores (e quem conhece sabe o tamanho da dor de uma cólica renal) mas brigou bravamente contra elas, caminhando quase o tempo todo curvada sobe o abdômen. No km 5, Carla não agüentou mais e sucumbiu à dor. Neste momento contatei a organização pelo celular. Quero aqui relatar que uma prova com qualidade não se faz apenas com lugares bonitos, boa distribuição entre modalidades e mídia presente, mas sim também com um esquema médico e de socorro de primeira, e foi o que vimos.
Em pouquíssimo tempo após o pedido de socorro chegou até nós um carro com o médico que atendeu Carla prontamente, e que não só aliviou a dor que ela sentia como nos deu um “norte” de quais seriam as conseqüências caso continuássemos na prova. Conseguimos chegar no PC 2 onde Carla não só se reencontrou com o médico mas também com a dor, que voltou a acometê-la.
A decisão de desistir foi fácil pois não tínhamos o que ponderar, mas foi ao mesmo tempo dura por sabermos que todo o projeto e treinos que fizemos para esta prova de nada serviram. No PC 1, quando Ricardo e Guilherme chegaram, foram informados do que tinha ocorrido com Carla e, já prevendo qual seria a atitude mais coerente a ser tomada (desistência), preferiram fazer o trekking de vinte e poucos quilômetros em ritmo não competitivo.
Quero aqui, em nome de toda a equipe AKSA, parabenizar Julio e Alemão pela prova histórica e sem precedentes no Brasil, dizendo que “queremos mais”. Quero parabenizar também a estrutura de socorro, que nos surpreendeu pela prontidão e qualidade!
Quero agradecer amigos e parentes que por nós torceram e dizer que o final do ano ainda esta longe e que até lá teremos mostrado a que viemos! Quero agradecer também a compreensão e credibilidade de nossos apoios e patrocinadores que acreditam em nossa equipe e que são para nós mais do que parceiros. São parte desta família chamada AKSA.
João Castro
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