A preocupação de não ter feito uma preparação como gostaria e ter adoecido antes da prova agora se aliava ao estresse normal do recebimento da carta da prova, escolher o melhor caminho, buscar a melhor estratégia, fazer os cálculos necessário dos trechos, preparar a mochila e tudo isso com um tempo curtíssimo...
Tudo bem, corrida de aventura é assim mesmo. Largamos para fazer um trekking de 18 km tranqüilo, sem se preocupar com colocação, e foi como começamos... de fato só começamos com calma, porque a competitividade não deixou e logo depois de bater o PC 1 já estávamos num ritmo forte... a trilha com algumas bifurcações nos ajudou a pular para a liderança por algum tempo, mas logo fomos alcançados e abrimos passagem, ficando num pelotão de 4 equipes. Éramos a 3ª e num raro momento onde a trilha dava condições de ultrapassagem ouvi a Taritza falando para passar e passamos, fato que acabou ajudando a bater o PC 2 em 1º lugar e principalmente a sair dele pela trilha certa. Muitas equipes saíram do PC 2 pela mesma trilha que chegamos e isso nos ajudou a abrir alguns minutos no PC3/AT1.
Fizemos uma transição para as canoas caiçaras e fomos embora com uma boa estratégia de canoagem. Batemos no PC4 e fomos em direção ao PC 5. Tudo caminhava bem atá chegarmos uns 2km, no máximo, do PC 5/AT 2 e um vento na lateral do barco trazendo algumas marolas fez nosso barco afundar... puts, de novo (3 vezes em competições pelo CPCA e 2, numa Carcará).
Acredito que perdemos um hora nadando e chegamos no PC 5/AT 2 em 3º lugar, juntos com a UsBão que acabavam de chegar em 4º.... foi engraçado porque foi a 1º vez que fiz uma transição sem trocar de modalidade... de travessia para travessia.... depois de bater o PC 5/AT 2 fizemos mais 2,5km de travessia para o PC 6/AT 3. Chegamos em 4º lugar e fizemos a transição para a bike...
Saímos e logo com 15 min de pedal não estava bem... droga, não estava bem e isso me incomodava muito. Fiz uma esforço enorme para acompanhar a equipe até que próximo ao PC 7 peço 40 minutos - "Não estou bem e não estou rendendo nada..."
Paramos e ao amanhecer saímos para o PC 8, onde fomos ultrapassados pela Terra de Santa Cruz que trazia junto minha carta que eu havia perdido e tinha percebido fazia pouco tempo (Valeu Terra ").
No PC fomos informados que estávamos em 5º lugar... Seguimos sem problemas para o PC 9 e PC 10/AT 4, onde fizemos um rápido trekking até as técnicas verticais no PC 11, e pegamos as bikes no PC 12/AT 5. Fomos ao martírio do PC 13 onde passamos horas empurrando as bikes nas subidas e nas descidas e chegamos em 4º lugar no PC 14. Havia um ponto de corte às 17 horas e passamos sem problemas. No PC 15 fomos informados que éramos os últimos a passar pelo ponto de corte garantindo assim, no mínimo, o 4° lugar...
Apesar de ficar na liderança da prova por algum tempo fomos para a Carcará sem muitas expectativas e sabíamos que não poderíamos fazer nada além do que fizemos e então, numa estratégia de poupar os atletas, esperamos por quase 4 horas o ponto de corte do PC 16, que era às 2 da madrugada do domingo. Fizemos o belo trecho do PC 15 ao 16 e ao receber o corte fomos direto para a chegada em Currais Novos em 4º lugar...
Renato Moicano
Valeu Carbono Zero UNICRED pela compreensão