De volta aos circuitos de corridas de aventura, a Chauás cumpriu todas as promessas pré-prova da etapa Ilha Comprida, no litoral Sul de São Paulo. Cerca de 70 equipes, entre quartetos e duplas e outros 20 atletas da solo puderam comprovar a reestréia da ainda considerada uma das provas mais duras do país.
O percurso 100% plano, como havia prometido a organização, não deixou de lado a dureza de uma Chauás, que nesta etapa contou com o apoio integral dos moradores da pequena vila de Pedrinhas. Além da torcida de crianças e adultos até altas horas da madrugada, muitos colocaram a mão na massa, seja trabalhando como PCs, preparando as refeições pré e pós prova para os famintos atletas, fazendo apresentações de danças da cultura local ou ainda cedendo as próprias casas para a hospedagem dos competidores.
A Prova – A largada aconteceu na própria Vila de Pedrinhas, pouco mais das 14hrs, sob forte Sol, apesar do inverno. Contagem regressiva e dada a famosa buzinada do organizador, duplas e solo partiram para um nada fácil trekking em areia fofa até o PC1. O pelotão da frente se empolgou e acabou passando a entrada do PC, de onde seguiriam no vara-mato de volta à vila. Outra promessa cumprida, muitas bromélias cortantes já no primeiro trecho indicavam o quão duro seria transpor a vegetação. Alguns tiveram dificuldade maior neste de trecho, quando foram literalmente atacados por um enxame de abelhas.
Não menos difícil estava o remo das duplas, que ficaram com a responsabilidade de abrir o mangue em um canal extremamente estreito, por onde mais tarde passariam os atletas da solo e os quartetos, estes na direção contrária. Entre as duplas, o atleta Vinícius Cruz, de volta às corridas de aventura, marcou presença na Chauás após longas férias da equipe Quasar Lontra.
De Pedrinhas, os atletas da solo partiram para o mesmo caminho das duplas, enquanto os quartetos iniciavam um lento trecho de bike nas areias fofas até um mega single-bike. Muitos quartetos tiveram dificuldade de encontrar a saída para o PC das dunas e acabaram passando direto a saída da trilha. Quem achou logo, caso das equipes Selva NSK Kailash e Quasar Lontra Máster, que brigavam pela primeira colocação, seguiu pedalando por quatro quilômetros de praia até o PC5, onde largavam as bikes e partiam em trekking. O percurso plano obrigou as equipes a imporem um ritmo forte, dando à competição cara de prova curta, com muita explosão.
Do PC6, os quartetos podiam optar por um vara-mato infestado de bromélias e com muito mangue ou, para quem estava melhor preparado fisicamente, retornar pela trilha aberta e correr alguns quilômetros a mais. Embora tenha assinado a planilha do PC 7 em primeiro, a Quasar Lontra Máster deixou a prova para a Selva NSK Kailash quando optou por uma entrada errada e um vara-mato desnecessário. Logo atrás, Curtlo Lobo Guará, LifeGuard e Sundown Audax disputavam colocações.
De bike, os quartetos retornaram à Pedrinhas para o encontro com as caixas de reabastecimento e continuaram pedalando pela areia rumo ao último trecho da prova, de remada, cuja dificuldade dependeria da maré e da capacidade de navegação noturna. Algumas equipes reclamaram que o PC no meio do percurso do duck estava do lado errado do rio e que por isso acabaram se perdendo.
Na chegada, completando a prova com mais de duas horas acima da previsão da organização – como sempre sub-estimada -, a equipe Selva NSK Kailash levou o troféu de artesanato local, confeccionado especialmente para os campeões. Na seqüência, a Curtlo Lobo Guará ficou com a segunda posição. O terceiro lugar no pódio foi disputado a partir do estreito canal de mangue, quando a paranaense Sundown Audax encostou na Lifeguard, que demorou a decidir pela navegação e perdeu colocação.
Chegada cinematográfica na categoria solo - Em primeiro, o atleta sulista Marcelo da Silva Santos, que surpreendeu os paulistas, que ficaram com um ponto de interrogação tentando descobrir quem era o competidor que ninguém conseguia alcançar. José Reginato e Pedro Viana disputaram homem-a-homem toda a prova e também decidiram o pódio nos metros finais. Com o coração na boca, venceu o experiente José Reginato, que ficou com a segunda colocação e, milésimos de segundos atrás, Pedro Viana, com a terceira.
Nas duplas, os mineiros da Advogado Aventureiro ganharam na mista e na masculina, recebendo troféu também na terceira colocação da masculina. Em segundo, troféu para a dupla masculina Aksa Merrell / Mormaii / Webike. Na mista, já com uma coleção de troféus da Chauás a Wild Turkey ficou com a segunda posição e na terceira a Outzone.
Quartetos
1º Selva NSK Kailash
2º Curtlo Lobo Guará
3º Sundown Audax
Duplas masculinas
1º Advogado Aventureiro
2º AKSA Merrell / Mormaii / Webike
3º Advogado Aventureiro
Dupla mista
1º Advogado Aventureiro
2º Wild Turkey
3º Outzone
Solo
1º Marcelo da Silva Santos
2º José Reginato
3º Pedro Vianna
Mais informações: www.chauas.com.br
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