Relato da participação da equipe pernambuca Direction na Grande Peleja (AL)
Arruma daqui, ajeita dali. Pronto! Já estamos indo para Alagoas. Mais uma Peleja nos espera. Desta vez, “A Grande Peleja”.
Largamos a meia-noite em ponto e já divididos em duplas. Optamos por enviar nossos melhores corredores para um longo trecho de trekking até o PC1. Os outros iriam de bike acompanhados por um motoqueiro até o PC2, onde nos reagruparíamos novamente.
Fizemos um trekking muito forte, acompanhando de perto as equipes Oskaba e Terra, que seguiam um pouco a frente até a entrada do canavial. Mas para surpresa de todos, a navegação para o PC1 foi complicada e acabamos chegando ao PC2 na nona posição, porém somente 40 minutos atrás dos primeiros.
Transição rápida e seguimos pelo asfalto. Entrada rapidinha, atravessamos “a ponte que caiu”, pegamos o PC3 e seguimos para o PC4. Daí seriam 10km para a cidade de Branquinha, mas por um vacilo de interpretação, confundimos Branquinha com Lajinha. Lá se foram 40 minutos. E nessa hora demos de cara com Terra e Caboclos de Lança. O que nos confundiu mais ainda.
Refeitos do erro partimos para o PC5 em direção ao alto da Serra da Barriga, local do Quilombo dos Palmares e de muita história. Um local que vale a pena voltar como turista. A visão do alto da serra é deslumbrante. E ainda nos perguntam por que gostamos desse esporte!
No alto da Serra, depois de uma escalaminhada animal e de chuparmos muitas laranjas mimo em abundância no caminho, fizemos as verticais, aguardamos 40 minutos (parada obrigatória para todas as equipes) e seguimos para o AT pegar novamente as bikes. Estávamos na sexta colocação, logo atrás de Makaíra e Caboclos.
Pedalamos o mais forte que pudemos em direção à Santa Efigênia, passando antes pela serra de não sei o que. Só sei que uma subida daquelas. Nessa subida, aliás encontramos os amigos da Makaíra novamente e chegamos quase juntos à cidade. De lá, após uma rápida parada para o “almoço” (sardinha com bolacha...eita pau!) seguimos para o AT opcional. Chegamos no AT já em quarto. Neste AT usamos uma boa estratégia e dividimos a equipe em 3. Esse fator nos aproximou de Terra e Usbão. Saímos do AT em direção ao PC10 todos praticamente juntos e no aslfato para o PC10 foi um duelo bem legal.
Fizemos uma transição bem rápida e iríamos sair em segundo deste PC, mas quando iniciamos a pedalar em direção ao PC11 o câmbio da bike de Alexandre quebrou totalmente. Perdemos muito tempo arrumando e decidimos seguir sem o câmbio em uma marcha fixa. A essa altura queríamos manter a posição, pois seria muito difícil brigar com a bike daquele jeito. A corrente não encaixava e pulava muito. Não dava para pedalar rápido. Nas subidas empurrávamos e conseguíamos um pouco de velocidade, mas estava difícil.
Logo em seguida, um pneu furado fez com que perdêssemos mais tempo.
O PC11 foi uma história a parte e prefiro não relatar o que houve. Nele soubemos que Terra estava com problemas e seguimos em frente, agora em terceiro.
Do PC11 para o PC12 foi o trecho mais difícil da prova. Estávamos com duas bikes sem freios, o que nos impedia de fazer descidas fortes. E nas subidas a bike de Alexandre, com câmbio fixo, dificultava as subidas. Mas isso não foi nada perto do dilúvio, o mar de lama e água que pegamos no caminho. Precisamos passar por duas serras em uma ravina durante um dilúvio vindo água de todos os lados e com uma navegação nada trivial, pois era quase impossível distinguir qualquer estrada, trilha ou qualquer coisa parecida. Era tudo rio. Uma verdadeira odisséia.
Chegamos no PC12 (mais uma contagem de degraus!) quase amanhecendo e daí para o PC13 era caminho conhecido e de navegação fácil, mas “longe pra dedéu”.
Chegamos no PC13 um pouco antes das 6 da manhã e para nossa surpresa soubemos que o remo foi cancelado devido às condições da lagoa Mundaú e que a prova terminava ali. Éramos “Segundão” de “A Grande Peleja”.
Parabéns ao PC que preparou uma prova de alto nível.
Que venha o “Desafio Costa do Sol”!
Equipe Direction
08 Jul 2008 - 22h11 | nordeste |
