Aventura in Sana na segunda etapa do Carioca Adventure

Por - 10 Fev 2003 - 00h28

Cachoeiras, céu azul e muita adrenalina marcaram a segunda etapa do Carioca Adventure, na qual 88 atletas do Rio, São Paulo e Brasília se aventuraram pelas belas paisagens de Casimiro de Abreu. Após uma largada estilo “le mans”, os atletas pegaram suas bicicletas para percorrer cerca de 10 km de pequenas estradas, trilhas e pastos às margens do Rio Macaé até atingir Barra do Sana.

Fotos: Érica Ferreira

Para o pessoal da Academia Estação do Corpo, a aventura começou antes mesmo da largada. O atleta Maurício Lacerda (“Ho-ho”) acabou se perdendo enquanto se deslocava da pousada para o local da largada, ocasionando um verdadeiro caos e fazendo com que cinco equipes largassem com mais de uma hora de atraso.

Pordetrax foi a primeira equipe a atingir o PC1, uma hora e vinte minutos após a largada. A partir desse ponto, as equipes seguiram de bike n’run até a Fazenda da Prata para pegar as bóias de caminhão e seguir rio abaixo por cerca de 2 km. Apesar de tecnicamente simples, a velocidade e o volume de água do Rio Macaé fizeram muitos atletas acelerarem seus batimentos cardíacos neste trecho. Passado o susto inicial, o resto foi só curtição, um verdadeiro relaxamento para garantir energia para a próxima etapa: uma pirambeira de 600m de desnível.

No PC 3, a equipe Pordetrax permanecia na liderança. Alguns minutos atrás, as equipes Kalango do Cerrado, Niterói Adventure II, Expedições, Extinction e Oriente se alternavam nas próximas colocações. Até então, a navegação não era problema, nem mesmo para as equipes mais inexperientes. Eis então que surge um problema que renderia a desclassificação da prova para algumas das equipes favoritas: encontrar a entrada correta da trilha. Desatenção e excesso de adrenalina fizeram com que os atletas da Expedições, Pordetrax, Cariocas da Lama e Niterói Adventure II se enveredassem por uma trilha paralela à trilha correta - o azimute semelhante era a garantia de que estavam no caminho certo. Após várias horas “batendo cabeça”, só restou a essas equipes se deslocar direto para o PC 9, já desclassificadas da prova.

Enquanto isso, no PC 5, a equipe Hippie assumia a liderança, seguida de perto do pessoal da Camelos Adventure, Extinction e Hippie II. Foram mais 6 km de estrada sob sol escaldante até atingir a cachoeira do Pai João no Córrego da Luz. Os atletas seguiram pelo leito do rio entre tobogãs e saltos de cascatas de 3-4 m até a Fazenda Figueira Branca (PC7). Para alguns foi um verdadeiro suplício andar sobre aquelas pedras, para outros, o momento para repor as energias. Mais 2,5 km de trekking em estrada até atingir o início da canoagem (PC 8). A surpresa dessa etapa ficou por conta das embarcações até então desconhecidas dos atletas - jangadas de bambu (bili-bili) no estilo Eco-challenge Ilhas Fiji. E os remos? Também varas de bambu. A descida de corredeiras do Rio Macaé com aquelas “traquitanas” de mais de 50 kg despertaram medo entre os atletas e a inexperiência para governá-las fez com que muitos atletas encalhassem nas pedras. À custa de muito sacrifício, os atletas iam se desvencilhando das pedras e seguindo rio abaixo. O pessoal da Hippie II, no entanto, teve menos sorte, sua embarcação ficou presa em local perigoso e os atletas tiveram que abandoná-la e descer o rio nadando, o que lhes rendeu uma penalidade de meia hora.

A equipe Hippie I deixou os bili-bilis na foz do Córrego da Luz quase meia hora à frente da segunda colocada Rapa Nui. Já exaustos, os atletas ainda tinham que percorrer mais 18 km de bicicleta morro acima até a Fazenda Campos Elísios (PC 11), onde eles tinham que fazer o plantio de mudas de árvores nativas (ipês, sibipiruna, paineira, pau-ferro, etc.) às margens da Estrada Serramar. Para chegar ao PC 11, a equipe Camelos Adventure optou por um caminho mais curto (Quilombo) ao invés de seguir pela Estrada Serramar como as outras equipes fizeram. A forte declividade da subida do Quilombo representou problemas para a equipe, que acabou completando esse trecho com mais de uma hora e meia de desvantagem em relação às demais equipes.

No PC 12, as equipes se dividiram. Um atleta seguiu pela margem direita do Rio Macaé para fazer a tirolesa, enquanto os demais iriam fazer o rapel na outra margem. A tirolesa cruzava o rio Macaé sobre uma cascata de 30 m de altura terminando com um verdadeiro “freio-hidráulico” (mergulho no rio). O rapel foi feito em um paredão vertical de 25 m, com trechos negativos. No final da etapa de técnicas verticais, a equipe tornava a se reunir para se deslocar para a chegada.

Com cerca de 12 horas de prova, a equipe carioca Hippie dos atletas Jamil, Sérgio Marcondes e Mila foi a primeira a cruzar a linha de chegada na categoria Expedição. As equipes Rapa Nui e Camelos Adventure ficaram em segundo e terceiro lugar, respectivamente. Na categoria aventura, a vitória ficou com o pessoal da Rio Sport Rápidos e Rasteiros I e o segundo lugar com a equipe Nomad – On the Rocks. A equipe Rio Offroad ficou com o troféu de melhor dupla.


Classificação Final

Categoria Expedição
1o lugar – Hippie
2o lugar – Rapa Nui
3o lugar – Camelos Adventure
4o lugar – Niterói Adventure I
5o lugar – Oriente
6o lugar – Hippie II

Categoria Aventura
1o lugar –Rio Sport Rápidos e rasteiros I
2o lugar – Nomad/On the rocks

Categoria Alternativa
1o lugar – Elementais

Categoria Dupla
1o lugar – Rio Offroad
2o lugar – Mucanho
3o lugar – Grumo Croma

A segunda etapa da Carioca Adventure contou com os apoios da prefeitura de Casimiro de Abreu, Fazenda Campos Elísios, Pousada da Cascata, On the Rocks, Nutrisport, Teva, Rudy Project, Deuter, Visual Arts e All Track Bycicles.
Mais informações: www.cariocadventure.hpg.com.br

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10 Fev 2003 - 00h28 | sudeste |
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