Relato da equipe Ghost no Pro Adventure Tamarana
Depois de uma noite até que bem dormida (tirando a tensão pré-prova), saímos da cidade de Londrina onde contamos com um quartel que nos deu apoio.
Chegamos ao local da largada fomos para nossa ação social, que era plantar muda de árvores, e neste momento já começou a aventura, pois embora as mudas nos aguardassem ao lado dos buracos não era tão fácil achá-las, mas deu tudo certo.
A Largada seria no melhor estilo bóia-cross, com água congelando nossos pés até que todos tomassem posição no pórtico, que era dentro do rio. Na hora da corneta nem pensamos muito se não perderíamos a coragem.
Já na água, logo não sentíamos mais nada, nem pé, nem joelho, nem mão, a água estava tão gelaaaaaada que até pra respirar era difícil. Sorte nossa o organizador suspender boa parte do trecho temendo as baixas pela hipotermia (sábia decisão), seguimos então com treking até o PC1.
Pessoal todo de bolo, até começar o pedal onde as equipes mais fortes impuseram o ritmo. Estávamos na liderança até que fomos alcançados pela forte equipe Fênix, porém eles tiveram problemas com pneu furado (ah esses pneus), mas tivemos uma surpresa na escolha do caminho que nos colocou em segundo novamente. A partir daí traçamos uma estratégia, que ficaríamos colados atrás da primeira equipe (que era a Fênix) poupando energia para o bote decisivo. Durante a prova eles até tentaram nos despistar, mas o plano era ficar na cola desde que eles não se perdessem, pressionando, mas não assumindo a liderança e esperando o cannionig onde tentaríamos assumir a dianteira e chegar ao rapel antes deles.
Pressão e bafo na nuca e num certo momento eles não resistiram e assumimos a liderança, agora para ser definitiva. Fizemos o rapel antes e fomos para o AT das bikes, onde surpresa, pneu vazio, enchi para me afastar da linha de visão deles para não encorajá-los na perseguição. Escolhemos o trajeto que nos levava direto ao PC10, que por ser um pouco mas longo, talvez eles não pegassem, assim ficaríamos longe de sermos vistos.
Resolvido o problema do pneu continuamos nossa corrida, muita poeira, subida, sol na moleira, mais subida, e mais subida, chegamos a pensar se nunca iríamos descer mais. De repente a tão espera descida chegou, porém por um vacilo meu ao olhar para a prancheta de navegação, não percebi que meu parceiro freou e para evitar a colisão escolhi me espremer no canto da rua, péssima escolha, pois estava a uns 40 Km/h, e perdi o controle nas pedras soltas da beira da estrada, coisa de vídeo cacetada, voei por cima da bike, depois ela voou por cima de mim e eu por cima dela novamente, por sorte minha tudo isso aconteceu no mato ao lado da estrada, algumas escoriações, ralos no capacete, roda dianteira pouco torta, mas nada que comprometesse a prova.
Parecia que já estava bom por aquele dia, mas chegando no PC a corrente do Felipe abriu. Gastamos 20 minutos para resolver e para nossa infelicidade, eles apareceram. Resolvemos meio às pressas e saímos na cola, realmente não era o nosso dia ainda, depois da corrente novamente outro pneu agora da bike do Felipe. Consertamos e fomos nós, agora vai! Vai nada, aquela corrente feita às pressas abriu novamente, daí já era a recuperação.
Consertamos a corrente e fomos para terminar a prova. Pasmem, mais um pneu (meu recorde), agora do Berwanger. Já cabisbaixo depois de tanta coisa atravessada, queríamos apenas completar a prova, pedalamos o restante do trajeto sem ver ninguém, com aquela sensação que nem o pórtico de chegada estaria lá.
Contudo, Deus deve ter pensado, "TÁ BOM ACHO QUE PEGUEI PESADO, VOU DA UMA CHANCE A ESSES TEIMOSOS" e ao chegarmos percebemos todo aquele agito, e pensamos será que é pra nós, e era! Chegar já era bom, mas chegar em segundo era ótimo.
Parabéns a organização da prova e a todos os atletas participantes. Ah! Quem sabe na próxima a gente dá o troco neles.
Valeu gente até a próxima, Se DEUS deixar.
(SÓ OS LEÕES SOBREVIVEM NA ARENA)
18 Jul 2008 - 08h48 | relatos |
