Equipe SulBrasilis vence a Expedição Xokleng após 20 horas de prova

Por Wladimir Togumi - 22 Jul 2008 - 14h54
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A cidade de Laguna (SC) recebeu neste final de semana (19 e 20/07/08) a Expedição Xokleng - O Desafio das Águas, terceira etapa do Circuito Catarinense de Corrida de Aventura, que contou com a presença de equipes do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Com um percurso bastante bonito, de aproximadamente 150 quilômetros, os competidores da categoria Expedição tiveram que remar muito para conseguir chegar ao final da prova, já que a canoagem foi a modalidade mais utilizada na competição, completada com a orientação, trekking, mountain biking e técnicas verticais. Willian Lara, capitão da equipe Gost Adventure, disse que no total a equipe remou 10 horas.

Na categoria Aventura, voltada para os iniciantes, os atletas completaram um percurso de aproximadamente 40 quilômetros, nas mesmas modalidades.

A dificuldade do percurso foi subestimada pela organização e a equipe vencedora, Sul Brasilis, cruzou a linha de chegada 5 horas depois do previsto, completando a prova em aproximadamente 20 horas. Nas duplas a vitória ficou com os gaúchos da Big Wall. Na categoria Aventura quem levou a melhor foi a dupla Sul Brasilis 3.

A prova
Com a largada prevista para as 23h00 de sábado, os competidores de outros Estados puderam seguir para Laguna, localizada a 115 quilômetros de Florianópolis, com mais tranquilidade e tempo para preparar seus equipamentos. A recepção dos atletas aconteceu nas docas, próximo ao centro histórico da cidade, onde eles também receberam instruções sobre a ascensão, utilizando o nó prussik. Qualquer equipamento mecânico foi proibido nessa modalidade.

O clima durante o briefing era de descontração, com muitas brincadeiras e piadas durante a apresentação da prova. Algumas recomendações de segurança foram passadas pela Marinha, que estaria na água junto com integrantes dos bombeiros e da capitania dos portos.

O diretor da prova, Leonardo Menegotto, explicou que as coordenadas dos PC's seriam entregues somente momentos antes da largada e para matar um pouco a curiosidade dos participantes, foi apresentado o percurso no Google Earth. As etapas de canoagem pareciam intermináveis...

Por volta das 22h00 as primeiras equipes começavam a chegar de volta às docas, prontas para a largada, e pouco tempo depois se encerrava a apresentação do espetáculo "A República em Laguna", que narra a história de amor entre Giuseppe e Anita Garibaldi, que se conheçaram em Laguna, em plena revolução juliana, que pretendia tomar o estado de Santa Catarina do império português.

Os caiaques coloridos e enfileirados e os atletas com mochilas e lanternas chamaram a atenção das pessoas que assistiram à apresentação e voltavam a pé pelas margens da Lagoa de Santo Antônio, que pararam para ver a movimentação diferente na cidade e a corrida passou a ter um público diferente e inesperado naquelas horas.

Como o espaço determinado pela organização para colocar os caiaques na água era muito restrito, a organização optou por criar um prólogo e com isso aumentar um espaçamento natural entre os competidores e evitar qualquer incidente no começo de prova. Era necessário encontrar 5 pontos no Centro Histórico para que os atletas pudessem plotar as primeiras coordenadas no mapa. O procedimento de entregar as coordenadas no meio do percurso foi utilizado durante toda a corrida e assim, as equipes nunca souberam com antecedência para onde deveriam ir.

Já era quase meia noite quando aconteceu a largada. Como não havia uma ordem correta para encontrar o pontos, o grupo se dividiu e todas as ruas próximas serviram de caminho para as equipes.

Cerca de 10 minutos depois a primeira equipe já colocava seu caiaque na água e começava efetivamente a corrida. Segundo os moradores os atletas tiveram muita sorte porque normalmente,durante quase todos os dias do ano, bate um vento muito forte na Lagoa que tornaria a seção de canoagem muito difícil.

Enquanto as primeiras equipes rapidamente plotaram rapidamente os primeiros pontos e já começavam a remar, outras optaram por marcar os pontos em terra e depois entrar na água. A diferença (ou erro) de navegação podia ser visto ainda das docas, com caiques seguindo para direções diferentes.

O clima não estava tão frio quanto o esperado, mas mesmo assim os atletas terminaram a etapa de canoagem tremendo. A equipe Karuê, formada por atletas de Laguna, encerrou a prova ainda nesta primeira seção, quando os bombeiros não permitiram que seguissem adiante devido às condições dos integrantes.

Uma grande fogueira foi montada pelo dono do bar localizado na praia onde foi montada área de transição e os competidores puderam se aquecer antes de seguir adiante de mountain biking. Neste local eles receberam também as coordenadas dos próximos PC's e alguns navegadores não conseguiam escrevê-las porque tremiam demais.

O primeiro posto de controle era virtual, representada por uma bóia colocada pela organização no lago, mas infelizmente ela foi roubada e as equipes perderam algum tempo à procura dela. Após terem certeza que estavam no local correto, os atletas decidiram seguir adiante para a área de transição.

A equipe Caverá (RS) foi a primeira a chegar no AT1, mas ficou ali parada muito mais tempo que o previsto. Ao pegar as bicicletas, um dos pneus estava furado e após fazer a troca, o pneu murchou de novo, obrigando os atletas a fazer uma nova troca.

A única seção de mountain biking da prova, com 56 quilômetros, foi descrita por alguns competidores como bastante difícil, com subidas intermináveis de empurra-bike, recompensados depois com alguns downhills. Terminado o pedal as equipes voltavam para os caiaques, agora com destino ao Farol de Santa Marta, um dos cartões postais da cidade. Com 29 metros de altura, serve como guia para os navios que se aproximam do cabo e é um dos maiores do Brasil em alcance (cerca de 74 quilômetros). Esta seção de canoagem não foi tão tranquila quanto a primeira e as ondas e o vento foram os maiores inimigos dos competidores.

Em seguida as equipes seguiram de trekking pelas areias da praia, sendo o próximo destino a praia de Galheta, onde foi montada a seção de técnicas verticais apelidada de "Armageddon" pelo staff da prova. Os atletas faziam uma descida de 70 metros em rapel guiado e depois uma ascensão com o nó prussik, na categoria expedição, ou uma escalaminhada com auxílio de cordas, na categoria aventura. Em algums momentos o impacto do mar com as rochas levantava a água a alturas incríveis e dava um banho forçado nos competidores.

Para finalizar as equipes seguiam de trekking até a balsa e pegavam os caiaques para seguir de volta às docas.

Classificação Parcial
Quarteto Expedição

1 - Sulbrasilis (SC)
2 - Largatixa (RS)
3 - Caverá (RS)

Dupla Expedição
1 - Big Wall (RS)
2 - Patrulha Açores (SC)
3 - Santa Rita Adventure (PR)
3 - By Aventura (SC)

Aventura
1 - Sulbrasilis 3 (SC)
2 - Raposas (SC)
3 - Kantama Pilates (SC)

Mais informações: www.expedicaoxokleng.com.br

Wladimir Togumi
Por Wladimir Togumi
22 Jul 2008 - 14h54 | sul |
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