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A comemoração dos 10 anos de corridas de aventura no Brasil não poderia ter sido em melhor estilo. A emoção da presença do pai das corridas no país, Alexandre Freitas, o belo dia de Sol no topo da Serra dos Remédios, em Paraibuna (SP) e a heterogenia entre dinossauros e novatos, marcou a largada ou a re-largada da REMAKE, ou simplesmente EMA. Outro momento que ficará na lembrança dos ali presentes aconteceu pouco antes da largada, quando um grupo de pioneiros, formado por Valdir Pavão, Francisco Perez, Shubi Guimarães, Cristina de Carvalho, Victor Lopes Teixeira, Renato Natale, Gisele Volpi, Pedro Morganti e do idealizador do evento, Sérgio Zolino, posou para uma histórica foto junto com Freitas.
Re-largada porque há dez anos, no mesmo cenário, porém debaixo de chuva e com exatos 99 competidores inexperientes no esporte, era dada a largada da primeira corrida de aventura brasileira. Semelhante àquele 20 de outubro de 1998, em que os carros atolaram na lama na subida da serra, neste 1º de agosto de 2008, longa fila de carros parou algumas vezes para que os automóveis mais simples pudessem pegar embalo nos trechos mais íngremes. Os carros de apoio seguiram em um lento comboio por 25 km, levando seus atletas ansiosos para também entrarem para a história ao repetirem o feito de percorrer 230 km, em mountain biking, canoagem em canoa canadense e trekking.
Após a execução do hino nacional e algumas palavras de Elza Henriques, em nome de seu marido Alexandre Freitas, às 9h45 de sexta-feira a buzina soou pelas mãos de Zolino, quando as 33 equipes – mesmo número da primeira edição -, de três atletas cada, partiram para 26 km de mountain biking, com direito a um downhill alucinante de aproximadamente 10 km até a barragem de Paraitinga.
No primeiro encontro com os apoios, os atletas deixaram as bicicletas e partiram para uma remada de 38 km. Diferente da primeira edição, os atletas de 2008 tiveram a sorte de encontrar calor, tempo limpo e sem neblina na represa cheia de braços, o que dificultou em muito a navegação 10 anos atrás. Aparentemente todos treinaram muito bem a remada nas canoas canadenses e seguiram tranqüilamente pelas águas da represa.
A QuasarLontra, formada pelos atletas Rafael Campos, Erasmo Cardoso (Xiquito) e Sabrina Gobbo, liderou a prova até saída do remo, no bairro de Capim D’Angola do Cedro, quando as equipes partiam para um curto trekking de 4 km até o reencontro com os apoios Djalma Dutra, que estava presente em 1998, e Marina Verdini, ex-integrante da equipe e atualmente preparando sua volta após o nascimento do seu filho.
Na transição para a mountain bike, a emoção ou o peso da liderança pesou e a Quasar simplesmente esqueceu de levar um dos dois mapas do trecho de cerca de 92 km por trilhas noturnas na Serra do Mar, que os levariam até São Sebastião. Embora a Remake repetisse o percurso da Ema 98, nenhum dos três integrantes da QuasarLontra havia participado da primeira prova.
A equipe acabou perdendo a liderança para a Econsenso Brasil / Núcleo Aventura, da atleta Cris Carvalho, que esteve presente em 1998 e de Miguel Mitne e Laurent Garnier. Enquanto a Econsenso abria distância, a Quasar Lontra se virava para encontrar o caminho correto apenas com uma mini-planilha de bike montada pelo Xiquito.
A primeira colocação da Econsenso durou até a equipe perder a balsa, que liga São Sebastião à Ilhabela. Enquanto colocavam roupas secas à espera da próxima balsa, a Econsenso recebeu a companhia indesejada da Quasar Lontra, que chegou alucinada cinco minutos depois.
Num pelotão a lá Tour de France, as duas equipes chegaram emboladas ao PC9, no hotel sede da organização, em Ilhabela. No desespero, as equipes largaram as bicicletas e saíram em disparada para o trekking de 40 km. Eram aproximadamente meia noite de sábado, quando a Ecosenso saiu na frente, seguida de perto pela Quasar Lontra.
A QuasarLontra se deu bem no trekking, que passava pelas praias de Castelhanos e cruzava em trilha fechada para o Bonete, ao Sul da Ilha, e foi a primeira a chegar ao PC 11. Parte da conquista da liderança se deu graças ao conhecimento da atleta Sabrina, que é bióloga e trabalhou por muito tempo em Ilhabela.
Como estratégia e apoio experiente contam muito nas corridas de aventura, a Quasar ainda tirou vantagem no trecho final da prova, quando saíram para um pedal de 26 km em bicicletas com pneus finos, ideais para o asfalto que estaria por vir.
A Quasar Lontra, venceu os 230 km da Remake, com pouco mais de 24 horas de prova, bem abaixo das 39h57 da edição 1998, vencida pela equipe New Zeland. A Econsenso, levou a segunda colocação, com quase 26 horas de prova. O pódio se completou com a equipe Oskalunga, de Guilherme Pahl, Bárbara Bonfim e Camila Nicolau, que começou a não se sentir bem após se alimentar na espera pela balsa e por isso, durante o trekking, precisou descansar por cerca de quatro horas para se recuperar. A equipe passou por dificuldades antes mesmo da prova começar porque teve parte dos equipamentos perdidos durante um acidente a caminho da corrida Carrasco, realizada no mês passado na Chapada Diamantina (BA) e conseguir completar a corrida foi uma grande vitória.
Durante a premiação a atleta Cristina de Carvalho brincou que como presente de aniversário, a equipe deixou a QuasarLontra ultrapassar e ganhar a corrida. Aniversariante no domingo, Rafael Campos, entrou na brincadeira e disse que se soubesse, não teria feito tanta força.
Classificação Remake 2008
1º lugar -
Quasar Lontra – 24h10 de prova
2º lugar -
Econsenso Brasil / Núcleo Aventura – 25h45 de prova
3º lugar -
Oskalunga Sundown – 29h39 de prova
Classificação EMA 1998
1º lugar -
New Zealand 13 (Nova Zelândia) – 39h57 de prova
2º lugar - Pedal Power/Can Air (Brasil) – 46h17 de prova
3º lugar -
Southern Traverse (Nova Zelândia) – 46h39 de prova
Com os resultados de 2008, das 21 equipes que completaram a Ema Remake, as 16 primeiras ficariam à frente da campeã da primeira Expedição Mata Atlântica, em 1998.
Mais informações: www.adventurecamp.com.br
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