Para quem vê de longe, um corredor de aventura é uma espécie de super-homem com um parafuso a menos. Mas quem entende do negócio garante que não é bem assim e que, mais que isso, os atletas são tão ou mais disciplinados e certinhos que praticantes de esportes tidos como tradicionais.
Corrida de aventura é um rali humano, que pode durar de horas a dias ininterruptos. Nas provas, as equipes devem usar suas habilidades para cumprir etapas de trekking, mountain bike, técnicas verticais, cavalgada, alpinismo, natação, canoagem, vela e rafting, orientadas por mapas e bússolas, administrando os horários para alimentação e sono até que seja cruzada a linha de chegada. É uma mistura de expedição e competição pelos locais mais inóspitos da Terra, onde vence a equipe que se deslocar unida no menor tempo, passando por todos os postos de controle estabelecidos pela organização.
De acordo com André Medeiros, capitão da equipe Unimed-Rio Ecolabore, mais do que preparo físico, as corridas de aventura exigem um alto conhecimento técnico, além de um grande controle da emoção. “As corridas de aventura exigem conhecimento técnico, estratégia, controle emocional, espírito de equipe, amor e respeito à natureza. O que aos olhos dos espectadores é ainda considerado loucura, para nós, atletas, trata-se de um teste de resistência física e psicológica”, afirma André, que além de capitão da equipe ocupa também o cargo de o secretário da Associação de Corridas de Aventura do Estado do Rio de Janeiro (ACAERJ).
No Brasil, a corrida de aventura existe há dez anos, e, portanto, é um esporte novo. Porém, é um dos que mais cresce em número de praticantes. Recentemente, a equipe fechou patrocínio com a Unimed-Rio, o que mostra que grandes empresas também começam a voltar os olhos para o esporte. O patrocínio permitiu que a equipe, em 2008, estivesse presente na Brasil Wild Extreme e que conquistasse a posição de melhor equipe do Rio no Ranking Brasileiro de Corrida de Aventura (RBCA) e 18º melhor do Brasil.