Atletas de corridas de aventura são destaques na abertura do Brasileiro de Canoas Havaianas

Por - 11 Mar 2003 - 01h20

A canoa havaiana, esporte milenar e que chegou ao Brasil há três anos, está atraindo a atenção dos principais atletas de corridas de aventura do País. Dos 12 competidores brasileiros que participaram da Eco Challenge 2002, em Fiji (a mais importante e dura prova do Mundo), 10 estarão competindo na etapa de abertura do Brasileiro de Canoas Havaianas 2003, no próximo dia 29, na Baixada Santista, litoral de SP. A competição terá um percurso de 80 km, entre mar e rio, exigindo muita força, habilidade e, acima de tudo, resistência dos atletas. A previsão é que os times completem o desafio em 9 horas, isso se as condições do mar estiverem propícias.

Integrantes das três equipes que estiveram em Fiji - a Atenah, conhecida pela força das mulheres, a Canon Quasar Lontra Radical, que conseguiu o honroso 12º lugar, e a Ema Brasil – aderiram ao novo esporte. “Por ser um esporte coletivo, onde todos têm de trabalhar juntos para que o resultado seja eficiente, e por estar totalmente ligado com a natureza, a canoa havaiana vai atrair cada vez mais gente”, afirma Eduardo Coelho, que dos 10 atletas que estiveram na Eco Challenge é o único com experiência na competição de canoas havaianas.

Ele é um dos integrantes da forte equipe masculina do Paulistano atual bicampeã brasileira e vencedora da primeira prova internacional realizada no País, no final de 2002, no Rio de Janeiro. Já as meninas da Atenah, Karina Bacha, Sílvia Guimarães, a Shubby, e Eleonora Audrá, que competiram em inúmeras provas internacionais reforçam a equipe mista do Paulistano, que em 2002 venceu as três etapas do Brasileiro de Longa Distância e também foi campeã de velocidade.

Junto com elas, o time contará, ainda, com Gisele Volpi, outra renomada corredora de aventura. Os quatro atletas da Quasar Lontra Radical, Rafael Campos, Marina Verdini, Fabrízio Giovaninni e Victor Lopes, o Vitão, formaram uma equipe que promete dar muito trabalho, pela grande experiência. No ano passado, eles competiram com canoas havaianas na decisão da Ecomotion, em Angra dos Reis, prova organizada por Said Aiach, que também está no time.

 “As canoas são apaixonantes. O espírito de equipe é evidente e este esporte tem tudo para crescer. Esta prova de endurance é o que os atletas de aventura gostam. Vão ter desafios durante o percurso, ter de vencer o cansaço. Vai ser uma prova memorável”, comenta Said. Quem também merece grande destaque é Carmen Lúcia da Silva, sem dúvida, uma das mais fortes remadoras do País. Ela vai competir pela equipe PBL e trouxe junto Pietro Carlo, que também esteve em Fiji, acompanhando os times brazucas.

A prova terá também a participação de outros competidores de corridas de aventura como os integrantes das equipes Gesner e Lobo Guará. As duas equipes resolveram juntar forças e formar uma equipe para participar do evento.

REVEZAMENTOS COMO NO HAVAÍ - Coloridas, as canoas havaianas são feitas em fibra de vidro, material que substituiu a madeira Koa, por questões de preservação da natureza. No passado, eram feitas de um único tronco. As embarcações medem 14 metros, pesam 180 quilos, mas apesar de compridas e pesadas, são bem finas, com apenas 50 centímetros de largura. Para compensar a falta de estabilidade, têm um estabilizador lateral, chamado de ama, que é fixado por dois suportes de madeira, os yakos. 

 Por ser uma prova longa, as equipes poderão fazer revezamentos (troca de atletas) durante o percurso, assim como acontece nas tradicionais provas no Havaí. Os remadores substitutos estarão na água e subirão na canoa em movimento. Estarão em disputa duas categorias, a masculina e a mista (obrigatoriamente três homens e três mulheres remando).

Cada canoa leva seis atletas, sempre remando em conjunto. Todos os remadores têm uma função específica. O nº 1 ou voga (quem fica na frente), por exemplo, dá o ritmo do barco. Já o nº 6 ou leme (que fica na outra extremidade) é o responsável pela direção do barco. Os times poderão ter até nove atletas, sendo que na categoria mista é obrigatório a presença de três remadoras na canoa durante todo a prova.

A competição passará por três cidades da Baixada Santista, no litoral paulista. A largada será na Ponta da Praia, em frente ao Aquário Municipal, em Santos. De lá os atletas seguem pelo mar passando por todas as praias de Guarujá, completando metade do trajeto. Depois, em Bertioga, pegam um trecho de rio até o Porto de Santos, com a chegada na Ponta da Praia. Mais informações no site www.canoahavaiana.com.br.

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11 Mar 2003 - 01h20 | General |
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