Podemos resumir Chauás em 3 palavras: Aventura, natureza e perrengue - relato da equipe Saci

Por Rui Seabra - 21 Out 2008 - 21h08

Podemos resumir Chauás em 3 palavras: Aventura, natureza e perrengue. E foi o que fomos procurar em Pedro de Toledo. Partimos em 5 Sacis, com duas duplas mistas e um solo (Maurício o SACI Guerreiro).

Na correria de sair de casa às 19hs, acabei esquecendo comida, colete e algumas coisinhas mais. Mas nada que Lucas e sua grande família não resolvam. Depois de estudar o mapa durante a noite e aqui vale um parêntese (todo mapa do Lucas parece muito simples), saímos da pousada em comboio para o centro da cidade e a largada.

Foram muitas brincadeiras e descontração até a famosa buzina começar a gritar. Saímos para uma perna dura de trekking, já com meu amigo mineiro Euder (Advogados), saindo voando com a bandeira de Minas nas costas tal Superman.

A primeira bifurcação já separou muita gente e minutos após já estávamos sós na trilha em busca do PC1. Nossos cajados ajudaram demais pois o barro só não era maior que o tamanho dos barrancos. Sempre para cima alcançamos o PC2 e descemos rasgando para o PC3, onde plantaríamos um palmito como atividade ecológica.

Ali estávamos atrás 10 min das duas primeiras equipes, Camamu e AKSA. Pegamos as bikes e fomos encarar os 30 Km de serra. No início, um trecho sobre trilhos de trem abandonado que deixou muita gente irritada pois não progredíamos. Mas valeu o esforço e alcançamos e passamos a AKSA.

Animados saímos em busca do primeiro lugar e a chuva logo veio para não mais ir embora. Muito barro judiava das bikes, mas a disposição era alta e deixamos para trás duas duplas masculinas e um atleta solo.

Passamos pelo PC5, mais subida até alcançar o PC6 e então um downhill maravilhoso até o PC7, onde faríamos a transição para o remo. Já eram 5 da tarde.
Fomos informados que a Camamu fazia apenas 3 minutos que tinham saído. Optamos por “perder” um tempinho ali e nos alimentarmos bem, colocar roupa seca e pegar mais comida pois a noite prometia.

Carregamos o duck por uns 300 mts até o rio e iniciamos o longo trecho, cerca de 25 km. A correnteza ajudava muito e algumas corredeiras garantiam a alegria durante o trajeto. Nos animamos ao passar uma ponte que marcava cerca de 10,5 Km com apenas 1h10min e a Clarita esqueceu tudo mais. Era só uma remada atrás da outra.

Ali só dois sustos. Um peixe que pulou no meu colo no escuro e a última corredeira que controlamos e passamos bem, apesar de molhados.

Na chuva e tremendo deixamos o duck no PC8, comemos e com roupa seca, encaramos a perna final de trekking. Pelo mapa parecia mole. Mas lembrem-se do que disse lá no início. Os mapas do Lucas só parecem simples.

Iniciamos a subida da serra e após retornar de um pequeno erro, fomos alcançados por duas duplas masculinas. Continuamos subindo e discutindo o trajeto, quando nos deparamos com outra bifurcação. Na dúvida optamos por voltar até a referência anterior. Para nossa desilusão, ali já estava a AKSA e o final de prova prometia pois se a Camamu se perdesse, a disputa iria ficar entre nós.

Seguimos as 4 equipes juntas e continuamos nos perdendo, até que retornamos e descemos para encontrar o PC9 dentro de uma barraca com tudo apagado.
Encontramos a trilha de palmiteiro que descia a serra e formou-se uma fila com 8 atletas sem possibilidades de alguém se sobresair ali. Após algumas dezenas de metros, o pessoal parou e ficou procurando pela trilha que sumiu, quando um deles me disse que tinha uma trilha que continuava por ali.

Fui checar e acreditando estar correto, chamei a Clarita e descemos voando. E como diz meu amigo Galvão Bueno, com a cara no vento e sem ninguém na frente é só acelerar.

Foi o que fizemos, corremos até encontrar uma estrada e ali acabamos deixando para trás as duas duplas masculinas também. Apenas 5 Km nos separavam da chegada e do tão disputado 2o lugar. Ali você tira energia não sei da onde e chegamos finalmente cruzando o pórtico com um sorriso no rosto sem preço.

Quando me perguntam o que me move a fazer corrida de aventura, hoje mostro uma foto desse sorriso. Já diz tudo!

Nossa outra dupla, com o Fabiano e Lúcia, completou bem a prova, mesmo perdendo o PC6 e o guerreiro Maurício, deixou escapar o PC9, que para muita gente mudava de lugar com ajuda de algum SACI.

Valeu SACIs!!!
Rui Seabra
Equipe SACI

Rui Seabra
Por Rui Seabra
21 Out 2008 - 21h08 | sudeste |
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