O segundo estágio do Estoril Portugal XPD Race foi "aberto” pela Team Finland na tarde de ontem (31/11) e consistia em um trekking de aproximadamente 14 quilômetros na região da cidade de Sampaio. Na verdade a seção é formada por dois percursos diferentes que formam dois loops, um curto e outro mais longo, e que as equipes deveriam obrigatoriamente iniciar pela mais longa delas.
De volta a Sampaio as equipes continuaram em trekking, mas desta vez em direção à Praia de Anicha, passando pela falésia mais alta da Europa Ocidental, localizada a 200 metros acima do nivel do mar, e que próximo dali os atletas fizeram uma seção de técnicas verticais com rapel e ascensão. Uma pequena fila se formou no começo da manhã nesta com as equipes Alpine Pro, Bike Point Jena, Castilla y León es Vida/Sole e 'uge.cyanosis se preparando para a descida.
"Se você me perguntar qual a melhor parte da corrida até agora, diria... quando o sol está brilhando", disse Nicholas Mulder sobre o clima inconstante que paira sobre a corrida, enquanto se preparava. Sobre a seção de orientação em MTB ele disse que não foi difícil, mas a lama atrapalhou bastante a progressão e além disso eles perderam cerca de 10 minutos procurando abrigo da chuva durante a noite anterior.
Pouco antes de chegar na Praia de Anicha, os competidores tiveram que passar na Lapa de Santa Margarida, onde existe a construção de uma capela dentro da gruta, onde foi colocado o controle de passagem das equipes. A gruta possui uma grande abertura pelo lado do mar, onde a luz do sol refletia na água do mar, ilumina toda a capela.
A equipe portuguesa Team Greenland/ATV aproveitou o abrigo da chuva que mais uma vez voltava a cair para se alimentar e descansar um pouco. "Decidimos não fazer a seção de orientação em MTB para chegar cedo no Porto de Palafita da Carrasqueira e evitar a maré baixa", disse Pedro Roque.
Ele se referiu ao fato de que após determinada hora, a maré baixa o suficiente para deixar os caiaques encalhados na lama, impossibilitando até que seja empurrado ou carregado, já que se a pessoa afunda se descer da embarcação.
Mas para chegar nesse local as equipes tiveram que enfrentar 41 quilômetros de canoagem em embarcações sit-on-top a partir da Praia de Anicha e cruzando o rio Sado até chegar em Tróia, onde aconteceram o Arco e Flecha e o Skimming como atividades extras.
No caso do arco e flecha, dois atletas teriam 8 flechas para completar o mínimo de 20 pontos, com o alvo localizado a cerca de 20 metros de distância. A equipe que não conseguiu conquistar a pontuação determinada, foi obrigada a buscar o PC25 no alto da colina, fato que aconteceu com muitas equipes como a Castilla y León es vida - Sole e Alpine Pro.
No skimming a regra era de que dois atletas deveriam percorrer a distância mínima de 10 metros e a penalização foi buscar o PC26 em uma duna distante do local.
Mas Tróia era ainda metade do longo percurso até Carrasqueira, um tradicional porto de pequenos barcos de pescadores, montado sobre palafitas. Já era quase noite quando a Team Finland e a Issy Adventure - Grany chegaram ao porto. Tremendo de frio, os atletas procuravam algum lugar para se abrigar e conseguir trocar de roupa, já que o local é apenas uma Zona de Transição - é permitido que os apoios recolham os equipamentos da sua equipe, mas não podem ajudá-los em momento algum. Esse contato só pode ser feito nas Áreas de Assistência.
Depois de trocados e só um pouco mais aquecidos - o frio está bastante intenso nesses dias de corrida, mesmo de dia - os atletas partiram para um trekking de 50 quilômetros até Alcácer do Sal, enfrentando um desnível de aproximadamente 209 metros mas com ascenção total de 708m e descensão de 580m. O alerta que a organização deu para as equipes nessa seção foi de tomar cuidado com a areia fina e com a navegação arisca, além do fato de não haver água potável no caminho.
Para finalizar o estágio, os atletas enfrentarão 80 quilômetros de mountain biking da prefeitura de Alcácer do Sal até a cidade de Vendas Novas, onde finalmente poderão encontrar com suas equipes de apoio. Dentre os postos de controle espalhados pela seção, o de número 40 somente será considerado caso a equipe se divida e cada um dos atletas encontrem os PC's A, B, C e D) e se reagrupem no PC40X. Como o controle de passagem nas provas do POrtugal XPD Race é feito eletronicamente, ao descarregar as informações dos aparelhos será possível verificar se a regra foi cumprida à risca.
Até a meia noite desta segunda feira, nenhuma equipe ainda tinha iniciado esta seção final do estágio 2 e nenhuma delas era esperada antes da 06h00 da manhã de terça feira.
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