Chauás abre temporada paulista de corrida de aventura com polêmica

Por Wladimir Togumi - 09 Fev 2009 - 15h49

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A Chauás Baía dos Golfinhos abriu neste final de semana a temporada 2009 das corridas de aventura em São Paulo. Com um nível de dificuldade relativamente fácil (comparando com outras provas realizadas pela Chauás), nenhuma equipe “virou” a noite no percurso e a corrida foi oficialmente encerrada às 2h00 da manhã de domingo. Mas não se engane, a prova manteve características da Chauás, como trilhas fechadas e travessias de mangue.

Explorando 3 ilhas do litoral sul paulista - Ilha Comprida, Ilha do Cardoso e Cananéia – os competidores cumpriram os percursos de 80 Km e 45 Km nas modalidades de orientação, trekking, mountain biking e canoagem.

O percurso sem variação de altitude e navegação pouco exigente tornou a corrida rápida. O céu nublado também ajudou um pouco a aliviar o sofrimento dos participantes, mas o clima era quente e abafado. A chuva começou a cair durante a tarde, mas ficou inconstante, parando e voltando a todo momento.
Os atletas foram transportados de escuna até a Ilha do Cardoso, onde foram recepcionados pelos golfinhos que nadavam próximos à praia.

Para algumas equipes mineiras as dificuldades começaram mais cedo. A caminho da prova, e ainda no sul de Minas Gerais, o motor do carro fundiu e eles tiveram que alugar outro, para conseguir chegar em Cananéia, o que aconteceu apenas na manhã de sábado, a poucas horas da largada.

Dentre os participantes que se preparavam para a largada estava Ana Elisa Boscarioli, que circulava anonimamente entre o grupo mas que possui um currículo de dar inveja a muita gente. A escaladora de alta montanha é a primeira e única mulher brasileira a chegar ao cume de uma montanha com mais de 8.000 metros (Monte Cho Oyu, 8.201 metros, Tibet, 2005) e ao cume da montanha mais alta do mundo (Monte Everest, 8.850 metros, Face Sul, Nepal, 2006). Foi ainda a primeira mulher brasileira a atingir o cume do Monte Aconcágua (6.962 metros) pela Via Direta da Rota dos Polacos, guiada por Vitor Negrete.

Voltando de uma lesão sofrida durante a Expedição Aman Dablam, ela foi convencida a participar pela primeira vez da Chauás por seus companheiros da equipe “Tropa Du Mato”. (ouça áudio no alto da página).

Após a largada as duplas participantes da Fast e atletas da Solo partiram para um lado e as duplas participantes da Light, partiram para outro, mas com o objetivo em comum de chegar no Poço das Antas, local do PC2 para todas as categorias.

Para seguir para a ilha seguinte, os atletas percorreram a estrada denominada Trans-Cardoso, uma longa estrada que os levou até os ducks, que os aguardavam para a canoagem em direção à Ilha Comprida.

Como alertado pela organização, a maré fez sua parte na canoagem e muitas equipes sofreram ao tentar seguir pelo meio do rio ao invés das margens ao enfrentar a força contrária e passar muito tempo sem sair do lugar.

O trekking até as caixas de reabastecimento foi tranqüilo, mas a volta... As duplas da Light foram poupadas (um pouco) e obrigadas a percorrer um trecho mais tranqüilo ao sul da estrada que chegava na balsa. Os atletas solo e as duplas da Fast foram obrigadas a seguir pelo norte, enfrentando muito mangue.

Enquanto os atletas da Light voltavam ao centro de Cananéia para a seção final de mountain biking, o restante do grupo enfrentou uma seção mais longa de canoagem e um outro trekking bastante difícil até as bicicletas.

Na categoria solo a liderança ficou o tempo todo com Erasmo Cardoso, o Xikito, mas logo atrás vinha o atleta Marcelo Santos, do Rio Grande do Sul, que a cada quilômetro percorrido diminuía a sua diferença. Apesar de ter chegado na frente, Xikito perdeu a vitória por não carregar dois itens obrigatórias, e o primeiro lugar ficou com Marcelo.

Entre as duplas da Fast, tanto masculina quanto feminina, aconteceu o mesmo. Através de recursos prévios e reclamações durante a cerimônia de premiação, equipes caíram e outras subiram ao pódium pela aplicação de penalizações, em ambos os casos, sobre o não-uso de colete salva-vidas durante a etapa de canoagem. As equipes penalizadas foram a Tildren e a Adventure Camp G'nus.

Isso tudo gerou uma polêmica, com pessoas concordando e outras discordando e argumentos de ambas as partes sobre a validade da decisão tomada pela organização, mas é fato que a observação de “uso obrigatório de colete salva-vidas” estava descrito nas instruções entregue às equipes e atletas, e também a penalização a ser aplicada.

Veja abaixo como ficou o pódium:
Fast - 80 Km
Dupla Mista

1 - Território Mountain
2 – Ogros
3 - Saci

Dupla Masculina
1 – Carranca
2 - Irmãos Metrilhas
3 - Cia de Aventura

Solo - 80 Km
1 - Marcelos S. Santos
2 - Sergio Sanchez
3 - Alexandre Menezes

Chauás Light - 45 Km
Dupla Mista

1 - Carranca Full Stop
2 - Guepardos da Selva
3 - Iron AKSA

Dupla Masculina
1 – Xingu
2 – Zion
3 - Carranca

Wladimir Togumi
Por Wladimir Togumi
09 Fev 2009 - 15h49 | sudeste |
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